Resenha O Som ao Redor
Por: Thiago Araujo • 10/10/2016 • Resenha • 702 Palavras (3 Páginas) • 653 Visualizações
O Som ao Redor
O som ao redor é um filme brasileiro, que trata sobre o cotidiano de um bairro
de classe média, O principal é mostrar o cotidiano dos vizinhos nas situações mais
comuns, uma aula de inglês, uma nova namorada, um baseado, uma reunião de
condomínio… mas, nessas mesmas condições rotineiras, vemos também o
individualismo como no caso do porteiro que está para ser demitido, após 13 anos de
trabalho, por justa causa devido suas repentinos cochilos durantes seus plantões e o
quanto as pessoas, livres, se engaiolam dentro de casa. Certas situações não tem nem
mesmo um final, aparecem no filme e desaparecem, apenas para mostrar essa rotina.
No Artigo Inicialmente a autora fala sobre o conceito de enclaves fortificados que
são espaços fechados, privatizados e monitorados que são utilizados para moradia,
consumo ,trabalho, etc. Nota-se facilmente no filme o Som ao Redor diversos
exemplos, como a quantidade grades no bairro onde se passa o filme, aparentemente
de classe média, onde todas as portas de entrada das casas tinham grades, onde os
muros eram altos, um bairro onde se priorizava a segurança.
João ao tentar vender um imóvel insiste em quanto o prédio pode ser seguro,
dizendo sobre os seguranças e a formas de proteção do condomínio, quando
questionado se não poderia fazer um desconto pelo fato de um morador ter se
suicidado, foi imediatamente negando o pedido, mas o medo fez logo com que a
senhora não fechasse negócio devido a coroas fúnebres no play. Porém há outra
ligação nesse trecho com o artigo, onde a autora analisa alguns anúncios de
condomínios publicados no Jornal e mostra que a segurança-fator de isolamento-, têm
sido usada como artifício de venda de imóveis e foi o que ele fez, usando a segurança
como atrativo do apartamento.
No filme, também pelos problemas ocorrentes na vizinhança aparecem um
pessoal disposto a fazer a segurança da rua, ao serem questionados se eles utilizariam
de armas de fogo, dizem implicitamente que "sim" ao responderem que não poderiam
dizer que não. É o que acorre no cotidiano, chamados de "Milicia", geralmente, ex
policiais formam uma segurança paralela ao estado, cobrando uma quantia menor do
que o Estado nos consome em impostos, uma segurança mais próxima e que temos
um contato direto pode ser instigador. Mas ao concordar ao ser pedido por francisco
(waldemar josé solha) que não mexesse com seu neto Dinho (Yuri Holanda), que
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