Resenha Ser o Que É UFV
Por: Gabi Vitória • 3/10/2022 • Trabalho acadêmico • 602 Palavras (3 Páginas) • 78 Visualizações
Inicialmente o autor defende que o ser humano tende a buscar sentido e finalidades para sua existência desde os tempos remotos. Tais sentidos e finalidades são os mais variados desde glorificar a existência de Deus até alcançar bens materiais, status e ou poder. Ainda neste contexto o autor apresenta um estudo realizado por Charles Morris onde identificou-se cinco dimensões entre jovens de diferentes nacionalidades, todavia Rogers considerou as dimensões levantados por Morris insuficientes e insatisfatórias uma vez que estas não contemplavam os objetivos de seus clientes, que posteriormente foram definidas como “ser o que realmente se é”. Para Rogers, esta definição só é alcançada quando se tem livre arbítrio, porém muitas vezes esse livre arbítrio não é encontrado, devido à uma “obrigação social” de desempenhar um certo papel para atender aos "padrões” que a sociedade constrói.
Em seguida o autor começa a retratar as direções que geralmente são tomadas pelos clientes, sendo que de início destaca-se o receio e a hesitação que os mesmos tendem a apresentar. Ainda que os próprios clientes não saibam os motivos de suas próprias hesitações, eles se afastam e desviam desse algo desconhecido definindo o seu eu negativamente. Esses receios levam o cliente a se esconder por trás de personagens criados para serem “aquilo que se deve ser” ou, em outras palavras, para atender as imposições morais e sociais criadas coercitivamente. Desta maneira é normal que se perceba clientes fugindo daquilo que lhe é esperado segundo sua cultura, uma vez que após anos se subjugando aos ideais de outrem, o indivíduo ao se ver livre tende-se a se modificar segundo seus próprios desejos e ideias. Normalmente eles definem seus objetivos e intenções baseando-se nas direções que não querem seguir e se respaldando na liberdade e na segurança de algumas relações compreensivas. Neste cenário de mudança, usualmente, os clientes passam a preferir não esconder seus sentimentos de si mesmo e nem daquelas que amam, assim como rejeitam o imperativo do “você deve ser isso” imposto pela sociedade, não permitindo-se moldar segundo ao agrado de terceiros ou serem definidos por forças exteriores.
Segundo o autor a mudança é gradual e inicia-se a partir da busca do cliente pela autonomia, quando este começa a optar pelos seus próprios objetivos. Nesse período é que começam a definir quais comportamentos e atividades são relevantes ou não para si. A busca pela liberdade de ser quem é exige muita responsabilidade e confiança em si, de maneira que os indivíduos tendem a ser cautelosos nesse processo. O processo ainda implica em analisar as opções e aceitar as consequências de cada escolha. Desta maneira percebe-se que a latência de ser tudo de si mesmo que era muito comum aos indivíduos, com esta mudança aos poucos vai cedendo espaço para a aceitação da complexa mutação vivenciada pelos mesmos À medida que o indivíduo passa por essa transformação e se aceita, ele também passa a compreender e aceitar melhor as experiências de terceiros.
Baseando-se nos tópicos abordados pelo autor, acredito que o autoconhecimento é essencial para a construção do nosso ser, é necessário buscarmos identificar o que nos convém e o que nos é dispensável, assim como reconhecer quais são nossas vontades e desejos e aquilo que é coerção ou imposição de terceiros. A ausência desse autoconhecimento pode nos levar a situações de crises existenciais, podem abalar nosso psicológico e emocional, além de propiciar um cenário onde nós nos encontramos em maiores condições de sermos subjugados. Desta maneira torna-se necessário buscarmos ferramentas de autoconhecimento a fim de moldar cada vez mais o nosso comportamento para que possamos desenvolver a nossa melhor versão a cada a dia.
...