Resenha Zootopia
Por: mobiza • 19/5/2016 • Resenha • 346 Palavras (2 Páginas) • 762 Visualizações
Zootopia é uma história que se aproveita das várias fábulas e conceitos que estabelecemos perante os animais através dos tempos. Consegue falar de preconceitos sem ser pedante e ainda constrói uma história que é capaz de surpreender, de maneira divertida, pessoas de todas as idades. Em meio a tantos assuntos já trabalhados de maneira exaustiva no cinema, esta animação vai trazer para você uma forma moderna de compreender conceitos como superação, altruísmo e amizade.
O que começa com uma visão simples de uma coelhinha que acredita que pode ser o quiser na sua vida, toma proporções capazes de incitar longos debates sociais. O roteiro é muito bem planejado e as alusões a um mundo onde animais deixam de ser selvagens e passam a conviver em cidades como se fossem humanos, apresentam uma crítica ao modelo de convivência e evolução do ser humano. Em algum lugar da história você vai se identificar, seja no interior onde coelhos caipiras produzem cenouras e morrem de medo das raposas da cidade grande ou até mesmo na cidade grande onde um Leão (predador) é o prefeito e a ovelha (presa) é o vice- prefeito.
Aliás, um ponto muito interessante é a relação que acontece entre predadores e presas. A história inteira gira em torno deste embate. Todos os questionamentos recorrentes na história, acontecem perante uma polarização entre estes dois pontos. As presas por sua vez são a grande maioria, entretanto, as posições mais importantes são dos predadores. Se fizermos uma comparação rápida com o nosso momento político atual, podemos perceber que temos o mesmo debate de um lado contra outro, talvez ambos predadores e presas ao mesmo tempo (risos), contudo temos uma minoria que governa para uma maioria e essa é a alusão mais forte do filme, pois todos os preconceitos nascem a partir disso, quanto todos estão divididos. As críticas do filme sobre como a sociedade funciona é tão inteligente e sutil que se você não prestar atenção, não vai perceber que comparam o funcionário público a um bicho preguiça, que há um predador gordo e gay, entre outras coisas muito sutis.
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