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Resenha sobre a Ascenção do dinheiro

Por:   •  3/12/2015  •  Resenha  •  1.547 Palavras (7 Páginas)  •  1.012 Visualizações

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Resenha sobre a série: Ascensão do Dinheiro de Niall Ferguson: Episódios 1 e 2

A série conta a história do dinheiro, como ocorreu o desenvolvimento do sistema financeiro e a ascensão do crédito, questões que foram fundamentais para o desenvolvimento da economia mundial.

A Europa percebeu que ouro e a prata poderia ser transformado em moeda, começando a explorar prata e ouro do território Inca, conseguiu grande riqueza através da exploração das minas daquele lugar, contudo, mesmo com tanto ouro e prata, a Europa começou a entrar em declínio, pois havia muita moeda em circulação o que fazia os preços aumentarem. Perceberam que o dinheiro corresponde à confiança, não a quantidade ou tipo de material que são confeccionados. Não importa se será representado por ouro ou prata, ele pode ser representado por tijolo, papel, etc., o que vai determinar sua validade é a confiança.

Na Itália, 1200 A.C., não havia essa ideia de confiança, foi Fibonacci quem criou métodos de converter os números romanos em números naturais, o que depois foi utilizado para simplificar cálculos de câmbio, porcentagem, lucro, etc. Fibonacci percebeu a matemática do empréstimo.

Mas foi Shylock que soube tirar proveito disso. Em Veneza, no Banco Rosso que iniciou o empréstimo primitivo (agiotagem), que era a cobrança de juros pelo dinheiro emprestado e custa de sangue caso não houvesse o pagamento.

Eram os judeus quem emprestavam dinheiro e pediam uma compensação em troca, o que hoje é chamado de juros. Os judeus sentavam nos seus bancos atrás de mesas, foi assim que surgiu o nome “banco” usado atualmente. Nessa época, cobrar juros era considerado ato de pecado pela igreja cristã, os cristãos eram proibidos de praticar ato de cobrança de juros, isso atrapalhava o desenvolvimento da economia da Europa.

Os agiotas tinham o objetivo de se tornar mais ricos e poderosos, mas tinham que equilibrar a inflexibilidade com a generosidade para não tomar prejuízos. Foi assim que na Itália, no século XV a família Medic revolucionou o modelo de agiotagem e proporcionou a ascensão do crédito, conseguiu juntar grande fortuna através do poder do crédito, eles perceberam que podiam trocar moedas internacionais o que hoje podemos chamar de operação de câmbio. Geovanny di Bicci di Medici quem teve a ideia de criar multiplicidades de unidade de operação, como a igreja proibia a cobrança de juros, ele escreveu um livro de operações de contabilidade onde demonstrou a ideia de conversão de moeda, comissão, juros e crédito, deste modo reduziu riscos e custos. Foi assim que o conceito de agiotagem passou a parecer mais com um modelo de banco.

Geovanny di Medici constituiu um respeitado e lucrativo banco, sua atividade de prestamista de rua passou a ser a mais poderosa força da Europa. A ascensão do dinheiro proporcionada por Medici foi o nascimento do sistema bancário moderno.

Nos EUA a penhora de veículos, leilão de bens são coisas comuns, é uma característica dos americanos, muitos preferem ir à falência, que cumprir suas obrigações, lá a falência é um direito inalienável, há profissionais que trabalham para garantir esse direito pois culturalmente os americanos acreditam na recuperação através da reorganização pessoal, segundo a teoria americana essa lei existe para encorajar o empreendedorismo, facilita a criação de novas empresa e dá chance às pessoas quando as coisas não estão indo bem. Eles acreditam que o falido de hoje pode ser o milionário de amanhã.

O autor no final levanta a questão quanto à importância dos bancos na economia mundial, se os bancos são a solução para o crescimento da economia, por que eles fizeram o mundo entrar em crise em 2008.

No segundo episódio do documentário, Niall Ferguson aborda mais um pilar do sistema financeiro atual, em adição ao mercado de crédito: o mercado de títulos públicos.

Provocativamente, o docente declara o que parece ser uma lei das finanças governamentais: os governos tendem a gastar mais dinheiro do que arrecadam, particularmente em tempos de guerra. Como já vimos, a mera impressão de mais papel-moeda tem um efeito pernicioso: a inflação. Para financiar seus gastos em excesso, surgiram os mercados de títulos públicos na Itália renascentista.

Em primeiro lugar: o que são títulos públicos? São papéis que registram uma dívida de um governo e que podem ser negociados num mercado secundário, o mercado de títulos. Um título possui um valor de face e um cupom, que representa o juro pago anualmente sobre o valor de face ao portador do título. Assim, um título público do governo brasileiro com valor de face de R$ 1.000,00, cupom de 5% e vencimento em dez anos renderá, ao seu portador, dez parcelas anuais de R$ 50,00 e, ao final do vencimento, a restituição dos R$ 1.000,00. Mas isso pode parecer pouco atrativo. Quem entregará esse montante ao governo durante dez longos anos? Aqui podemos introduzir o mercado secundário: o portador de um título público pode vendê-lo a outro investidor livremente, de tal forma que o valor dos títulos públicos varie frequentemente ao sabor das forças da oferta e da demanda. Na prática, então, o investidor não recebe um rendimento, como juros, de 5%, conforme o exemplo dado. Seu rendimento depende do valor pago pela aquisição do título. Se aos investidores lhes parece que há risco de moratória, o valor dos títulos públicos cai no mercado secundário de R$ 1.000,00 (seu valor de face) para, digamos, R$ 500,00. Ao adquirir esse título, o investidor recebe, como juros, 5% (o cupom) sobre o valor de face (R$ 1.000,00); como, na prática, desembolsou apenas R$ 500 reais por tal papel, receberá um rendimento anual de 10%. O mesmo vale para flutuações positivas no valor do título no mercado secundário.

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