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Responsabilidade Social e Governança

Por:   •  13/1/2019  •  Dissertação  •  3.303 Palavras (14 Páginas)  •  160 Visualizações

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ATIVIDADE INDIVIDUAL

        

Matriz de atividade individual

Disciplina: Ética e Sustentabilidade

Módulo: 2 Responsabilidade social e governança

Aluno:

Turma: 17º MBA Liderança Inovadora

Tarefa: Atividade individual

Introdução

A Ética, de modo geral, consiste no estudo dos comportamentos humanos que levam ao bom convívio social. Em termos mais específicos, chamamos de ética, ou mesmo ética profissional, aquele conjunto de regras que, dentro de um determinado ramo de trabalho ou profissão, deve ser seguido pelos profissionais para garantir que a sua função social seja cumprida. A Ética se diferencia das leis porque enquanto esta se preocupa com as consequências dos atos praticados pelos indivíduos, aquela se preocupa com o comportamento em si, e os valores e crenças que os motivaram.

No mundo atual, os conceitos de ética têm passado por mudanças rápidas, nem sempre acompanhados pelas leis ou mesmo pela cultura das comunidades envolvidas, gerando um problema onde atitudes que são culturalmente aceitas e praticadas se tornam antiéticas e, portanto, questionáveis ou mesmo puníveis no contexto profissional. No contexto brasileiro, onde abarcamos a ética capitalista e liberal ocidental sem termos passado pelas etapas de mudança cultural que levaram a ela, como a revolução industrial e a reforma protestante, a dissonância entre cultura e ética se mostra ainda mais presente, e causa um grande problema de identificação entre as expectativas da sociedade e o comportamento dos agentes públicos e empresariais.

Nesse trabalho vamos apresentar como essa expectativa não cumprida no comportamento ético, em especial nas áreas de sustentabilidade, responsabilidade social, consumo consciente e desenvolvimento sustentável, afetam as relações entre o Estado, o Mercado e a Sociedade como um todo.

Desenvolvimento

O tema Ética é difícil de ser tratado. Fala-se sempre em agir eticamente, mas pouco se fala sobre o que é agir eticamente ou sobre como fazê-lo. Por envolver questões complexas como natureza humana, cultura e valores, as palavras ética e moral não são tratadas em profundidade dentro das organizações, sendo comum encontrarmos dentro do ambiente organizacional jargões como a de “levar vantagem em tudo” ou “jogar de acordo com as regras”.

1. Estado

A principal fonte de valores para o comportamento ético dos agentes do estado é a Constituição Federal. Nela estão claramente expressos os princípios básicos que regem a ação do estado. Expresso no caput do artigo 5º, está o princípio primordial, que norteia todo o nosso ordenado jurídico e do qual derivam todos os outros preceitos éticos na administração pública: "Todos são iguais perante a lei". Desse princípio de igualdade deriva o princípio da impessoalidade do serviço público. Essa impessoalidade é que garante que os interesses pessoais não sejam colocados acima do interesse público. Enquanto a sustentabilidade não está expressa diretamente na constituição, é passível interpretar que ela está indiretamente incluída nos valores de "exercício dos direitos sociais e individuais, a liberdade, a segurança, o bem-estar, o desenvolvimento, a igualdade e a justiça" citados ainda no preâmbulo, e nas suas diversas expressões ao longo dos capítulos I e II (Constituição Federal, artigo 5, capítulos I e II)

Essa relação pode ser vista também, de acordo com (MOURA, RIBEIRO e MONTEIRO - 2017), no conceito de responsabilidade social:

"O conceito de RS (N.A: Responsabilidade Social) está intimamente relacionado com o conceito de sustentabilidade/Desenvolvimento Sustentável, no qual estão integradas as vertentes económicas, social e ambiental (Bandeira, 2010; Fernandes & Gonçalves, 2009) que interagem e se relacionam mutuamente:

- Ambiental (ou ecológica), através da sustentabilidade ambiental. Por via da limitação do consumo dos recursos que não são inesgotáveis, da redução de resíduos e da contaminação, da conservação energética e da reciclagem será possível manter, ao longo do tempo, a continuidade dos recursos ambientais.

- Social, através da sustentabilidade social. Significa satisfazer as necessidades básicas atuais das pessoas e simultaneamente garantir que as gerações futuras possam também satisfazer as suas, por outras palavras, implica garantir a equidade intergeracional.

- Econômica, através da sustentabilidade econômica. Mediante uma combinação ótima entre o desenvolvimento económico e a conservação dos recursos naturais que permita atingir o equilíbrio econômico."

Em termos de Brasil, observa-se que a responsabilidade atribuída ao Estado, no que concerne ao bem-estar do cidadão, não tem colhido os resultados esperados pela sociedade. O governo parece ter esquecido sua função primeira, a de prestar serviços à sociedade. O Estado não tem sido capaz de desempenhar, sozinho, grande parte das suas funções sociais do bem-estar social ao desenvolvimento, passando pela proteção ambiental, buscando soluções alternativas e cooperativas.

Dessa forma, entendemos que a ética do serviço público está diretamente ligada a responsabilidade social, ou seja, colocar o bem-estar social acima dos desejos do indivíduo, e com isso, à sustentabilidade em seus 3 aspectos.

O país tem uma imensa dívida social, em áreas básicas como saúde, educação e alimentação, que ultrapassa a capacidade de solução por parte do Estado. Em face desse cenário, deverá ter um árduo trabalho pela frente, tendo que realizar inúmeras reformas estruturais para resgatar seu déficit social e tornar-se uma sociedade mais justa e humanizada.

2. Mercado

Apesar de o tema sustentabilidade ser pouco frequente na alta administração de algumas empresas – e isso se deve, em parte, ao desconhecimento sobre os impactos das questões socioambientais no futuro das organizações e na aceitação dos stakeholders – as organizações econômicas estão saindo da trivialidade de obedecer às leis e regulamentos (compliance) e partindo para a internalização dessas normas e regras como práticas da empresa.

Tais práticas, como a Governança Corporativa (GC), Sustentabilidade e Responsabilidade Social (RS) têm sido o novo alicerce de diversos conselhos administrativos de grandes empresas que buscam, principalmente, assegurar a perspectiva dos negócios, o crescimento sustentável e a geração de valor da empresa em longo prazo. O mercado tem grande influência sobre a ética e a sustentabilidade. Enquanto a adesão à ética, sustentabilidade e responsabilidade social por parte do estado é mandatória e parte dos princípios constitucionais, essa adesão por parte das empresas é voluntária, e, portanto, ditada por pressões externas. Seja por incentivos e punições por parte do estado, onde couber, seja pelos incentivos econômicos gerados pelo mercado.  A importância do mercado no desenvolvimento sustentável pode ser vista no governo de Blairo Maggi, no Mato Grosso. Durante a campanha eleitoral, ele afirmou ao New York Times

"To me, a 40 percent increase in deforestation doesn't mean anything at all, and I don't feel the slightest guilt over what we are doing here".

Essa afirmação lhe valeu o anti-prêmio "Motosserra de Ouro" por parte do Greenpeace em 2005. Entretanto, de acordo com Alex Cuadros, a pressão do mercado internacional, com ameaças de boicote da soja mato-grossense por parte da União Europeia, foi tão grande que ele mudou sua posição sobre o assunto. Em apenas 5 anos, o Greenpeace voltou a premiá-lo, desta vez com um prêmio real, pelo sucesso da implantação do programa MT Legal, que visava promover o licenciamento ambiental sustentável da agroindústria mato-grossense (Citação no New York Times, disponível no endereço eletrônico:    https://www.nytimes.com/2003/09/17/world/relentless-foe-of-the-amazon-jungle-soybeans.html). Acesso em 26 de novembro de 2018).

Para diminuir ou mesmo erradicar essas desigualdades, o país deveria acordar para um novo tempo, de desenvolvimento sustentável, educação, saúde, justiça social, ou seja, de bem-estar geral da sociedade. Não necessariamente estas ações têm sido implementadas pelo governo. Muitas estão sendo substituídas pelo que se convencionou chamar de responsabilidade social empresarial. Pelo menos nas duas últimas décadas, tem-se observado que o mundo tem sido constantemente afetado por decisões que são tomadas em escritórios. Como consequência, muitas vezes tanto o meio ambiente como o próprio homem sofrem, inadvertidamente, os resultados dessas decisões. Segundo (Vergara & Branco, 2001)[1], as empresas são construções sociais, isto é, sujeito e objeto da realidade da qual fazem parte. São, portanto, partícipes dos problemas sociais e, atualmente, uma das instituições mais influentes nos rumos da sociedade. Sob o ponto de vista conceitual, a empresa que, além do seu negócio, prevê a colaboração corporativa efetiva na construção de uma sociedade mais justa e ambientalmente sustentável, exerce o que se convencionou chamar cidadania corporativa. A organização ou empresa-cidadã que exerce responsabilidade social conduz seus negócios de tal maneira que se torna parceira e corresponsável pelo desenvolvimento social. A empresa socialmente responsável é aquela que possui a capacidade de ouvir os interesses das diferentes partes (acionistas, funcionários, prestadores de serviço, fornecedores, consumidores, comunidade, governo e meio-ambiente) e conseguir incorporá-los no planejamento de suas atividades, buscando atender às demandas de todos e não apenas dos acionistas ou proprietários.

A responsabilidade social é essencial e de extrema importância na contemporaneidade, em razão da crescente integração global fruto da globalização, sendo este, um indicador necessário para que as empresas cresçam e destaquem-se. Sendo assim, a sustentabilidade que engloba a responsabilidade social, ensejando a cidadania nesse grupo de alta relevância para os negócios e estratégias das empresas, antes focado somente nos negócios e na geração de lucro.

Essa crescente preocupação com a sustentabilidade e com os princípios norteadores da dignidade humana se alinham com a necessidade de otimizar os recursos e utiliza-los de forma eficiente e ordenada, pensando em seus efeitos e consequências para o mundo em que vivemos, em detrimento da escassez dos recursos e da destruição gradual do meio ambiente.

Nesse contexto, insere-se também o conceito de cidadania empresarial, que consiste na atuação de uma empresa em sua comunidade de forma responsável, atuando como se cidadão fosse pensando assim, no bem comum de todos e não somente no bem da empresa, expressado no lucro.

A perspectiva da responsabilidade social perfaz o caminho da ética, sendo esse um compromisso na promoção de ações que gerem desenvolvimento econômico de forma sustentável, preocupando-se com a valorização do ser humano, transformando assim a realidade social. Sendo assim, o entendimento clássico que entendia que a responsabilidade das empresas era tão somente o pagamento dos tributos e cumprimento de normas e leis vigentes, passou a ser entendida de forma latu, englobando os aspectos social, ambiental e não somente o econômico.

Por fim, cabe ressaltar, que pouco a pouco não haverá mais espaço para empresas que não sejam cidadãs, pois os consumidores e demais membros da sociedade estão criando conscientização sobre a relevância de práticas sustentáveis, visando a melhoria da qualidade de vida da sociedade global.

A sustentabilidade não envolve só questões de cunho ambiental, mas, também, questões econômicas, sociais e culturais que possam oferecer aporte sobre questões voltadas às relações humanas dentro das organizações.

Em um momento em que as mudanças tecnológicas e os hábitos de consumo transformam-se constantemente, é importante incluir profissionais de diferentes personalidades, raça, gênero, entre outros aspectos nas organizações que realmente desejam ser sustentáveis.

É importante lembrarmos que a diversidade impulsiona ao crescimento organizacional tendo como ponto de partida os colaboradores. Ao adotar a política de diversidade é possível transformar, inovar, melhorar a qualidade de vida e trazer harmonia às organizações.

Reconhecer seus colaboradores é o que faz com que eles se sintam mais motivados, e adotando essa política de diversidade, a organização torna-se mais competitiva também.

Sobre a importância da imagem corporativa, observa-se que o esforço para se criar uma boa reputação pode levar décadas para ser reconhecido, mas um deslize pode ganhar dimensões desastrosas. Compreender as percepções dos consumidores sobre a responsabilidade empresarial passa a ser fundamental para se trabalhar em uma comunicação corporativa que favoreça a conquista (ou reconquista) de uma boa imagem, a exemplo da Samarco, Petrobrás, Odebrecht, BRF e JBS, , envolvidas em escândalos/destaques nas manchetes nacionais, foram automaticamente associadas às piores práticas de responsabilidade corporativa.

O caso estudado da Vale/Samarco é mesmo emblemático para nossa reflexão. Acredito que demonstra bem a diferença entre ser uma empresa cidadã, com responsabilidade social e apenas fazer marketing para amenizar a imagem negativa de sua atividade fim. Sua Responsabilidade Social foi colocada em xeque muito antes da tragédia de Mariana. Ela foi questionada a partir da exploração predatória de nossas jazidas minerais, sem oferta de alternativas que garantam crescimento econômico articulado com o desenvolvimento da comunidade e do meio ambiente. O episódio apenas evidenciou o investimento maior em marketing que em preocupação sócio ambiental.

Acredito que os pilares da Governança Corporativa sejam os mesmos em todas as empresas, balizando-se no Código das Melhores Práticas de Governança Corporativa, tais quais: equidade, transparência, responsabilidade, voltados para a sustentabilidade e permanência da longevidade da corporação no desempenho e desenvolvimento de suas atividades econômicas.

Na teoria a Governança Corporativa é simples e fácil de ser aplicada, mas na prática, encontra-se uma série de entraves que devem ser eticamente administrados para que os objetivos sejam alcançados de forma límpida.

As empresas com uma reputação saudável tendem a ter um bom relacionamento com os seus stakeholders. Elas passam o tempo entendendo quem são, o que eles fazem e quais são as prioridades deles, o que significa que eles compreendem o ponto de vista de cada um.

Elas designaram líderes para agir como fundamentais pontos de contato com os stakeholders mais importantes. E esses líderes se comunicam de forma proativa e mantêm um diálogo com eles. As suas conversas nem sempre são positivas, mas são construtivas, respeitosas e constantes.

Uma empresa que mudou de atitude em relação à reputação por meio de melhores relações foi um grande fundo de investimento que já havia sido visto como distante e como grande demais para ouvir a comunidade de investimento local.

O fundo iniciou um projeto de transformação para se reconectar com a comunidade e para contribuir como um líder de opinião em temas de importância para todos os membros. No ano seguinte, os líderes do fundo traçaram a sua abordagem de investimento a partir de uma ampla gama de fóruns do mercado. Os stakeholders do fundo deram valor tanto às conversas quanto à conexão estabelecida. Foi uma significativa virada.

Desta forma podemos ver que o mercado é um forte agente promotor da ética quando se trata do ambiente de negócios empresariais, e que somente através da educação é que firmamos o compromisso com a ética e o respeito a seus princípios e diretrizes. 

3. Sociedade

A sociedade tem obtido uma crescente compreensão da Responsabilidade Social (RS) para desencadear uma série de mudanças, que por sua vez, desempenha uma forte participação na vida das organizações, desfrutando de alguns direitos juntamente com as empresas e de maneira memorável, se fazer presente na sustentabilidade mundial. Em linhas gerais, a RS está em franca ascensão, conquistando espaço significativo na sobrevivência da humanidade.

Neste momento histórico, segundo Cardoso, “as maiores preocupações dos consumidores, tanto no Brasil quanto no mundo” são a proteção do meio ambiente, o aumento da qualidade dos serviços de saúde, a redução da pobreza, o combate à fome e a falta de moradia. Outro aspecto importante deve ser ressaltado, a autora ainda reforça que toda a sociedade merece a oportunidade igualitária de ter acesso à educação. Consequentemente o olhar da sociedade para a RS requer inúmeras exigências, pois farão com que as empresas atuem com fatores essenciais na sua gestão adotando concretamente impactos sucessivos como a postura ética, a transparência, o respeito pelo consumidor e que seu desempenho esteja engajado nos valores socioambientais ilustrando seu potencial para com as mudanças exigidas pela realidade global. A falta de comprometimento com essas relevantes variáveis comprometerá o futuro das empresas ausentes da Responsabilidade Social, certamente a omissão dos fatores essenciais na gestão empresarial será crucialmente levada a sério por consumidores conscientes e atentos as mudanças exigidas pela sustentabilidade.

A sociedade vinculará o nome da empresa ou a marca a produtos e serviços de qualidade, bem como, a aplicação de preços justos e principalmente a RS através das boas práticas da organização. Essa simbologia levará em conta diversos aspectos que reforcem a postura da empresa para com o futuro da humanidade.

Pela mesma razão, em numerosas partes do mundo, o julgamento da sociedade perante o futuro da RS é algo a ser levado em consideração pelas empresas e acima de tudo construir a tempo as condições basilares para outras mudanças que ocorrerão num breve espaço de tempo.

O contexto dos negócios está mudando e precisamos nos adaptar às novas condições. O crescimento deve ser redefinido como crescimento sustentável, parte do problema ao se enfrentar questões como a da sustentabilidade é que o pensamento humano ainda é pautado por resultados de curto prazo: Os recursos nos quais confiamos no passado criaram problemas inesperados que precisam ser resolvidos. É exatamente daí que vem a possibilidade de ganhos comerciais com uma nova mentalidade mais sustentável e alinhada com o meio ambiente. Os negócios com maior potencial de crescimento, são aqueles que permitem melhora na condição atual de vida, mas sem o esgotamento de recursos. Avanços tecnológicos recentes são essenciais nessa jornada.

Dentro desse conceito sustentável, não esqueçamos que a imagem da organização precisa ocupar de maneira conjunta a consciência da sociedade empregando efetivamente a Responsabilidade Social e neste desdobramento vital executado pelas empresas venham a somar ganhos num período onde for exigido tal julgamento de quem merece sobreviver no mercado ou ser condenado pelo esquecimento. Outro aspecto a ser considerado, é que a natureza humana possui espontaneamente a capacidade para formalizar opiniões e determinados juízos que resultam nas mais diversas manifestações.

Considerações finais

Partindo do pressuposto que os grupos econômicos causam impactos e externalidades, positivos ou negativos, no ambiente no qual estão inseridos, as empresas podem afetar o valor percebido pela sociedade que interfere nas estratégias, na marca e na reputação da empresa. Governança Corporativa, Sustentabilidade e Responsabilidade Social são práticas e políticas estratégicas integradas e interdependentes que atuam em consonância para a geração e percepção de valor da empresa por todos stakeholders, minimizando ou evitando assim os impactos dessas externalidades na sociedade.

Boas práticas de governança corporativa, além de controlar e monitorar negócios, possibilitam à gestão conciliar anseios diversos, ou seja, a estratégia da organização deve contemplar a satisfação de todos os grupos de interesse que a cercam: acionistas, colaboradores, clientes, fornecedores, e a sociedade como um todo. Nesse sentido, o foco das organizações deve ir muito além do retorno ao acionista. Boas práticas de governança corporativa podem ser associadas diretamente com os aspectos básicos de responsabilidade social. Ambos os conceitos apresentam princípios como ética e transparência no relacionamento seja com acionistas, seja com o mercado, o governo ou a sociedade. Logo, responsabilidade social e governança corporativa estão relacionadas em sua essência. O comportamento socialmente responsável associado às boas práticas de governança corporativa são fundamentais para que a empresa gere riqueza e valor para todos os públicos de interesse e garanta sua perenidade, em uma base sustentável.

Essas práticas geram custos às empresas no curto prazo, pois é necessário desenvolver treinamentos e campanhas internas de conscientização, aprimorar seus controles, políticas e gestão, além de uma eventual adequação das linhas de produção que não causem danos, em demasia, ambientais ou sociais.

Assim, consolidando essa tríade, nota-se que a geração de valor da empresa não se reduz a um mero investimento pontual em alguns projetos, seja de preservação ambiental ou social, mas sim deve estar enraizada na missão e nos valores da entidade.

Falar em sustentabilidade é falar da continuidade da vida na Terra, motivo pelo qual urge a adoção de medidas concretas no sentido, que passam, necessariamente, pelo fomento em matrizes de produção de produtos renováveis.

Referências bibliográficas

Curso MBA Executivo Liderança Inovadora, do Programa FGV Online In Company da Fundação Getúlio Vargas, Disciplina Ética e Sustentabilidade.

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Macêdo, Ivanildo Izaias de, Ética e sustentabilidade / Ivanildo Izaias de Macêdo... [et al.]. — Rio de Janeiro: Editora FGV, 2015.

MOURA, RIBEIRO e MONTEIRO, Conceito de responsabilidade social – 2017.

VERGARA, Sylvia Constant; BRANCO, Paulo Durval. Empresa humanizada: a organização necessária e possível. Revista de Administração de Empresas, São Paulo: FGV, v. 41, n. 2, abr./jun. 2001. p.21.

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