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Resumo Administração

Por:   •  6/12/2015  •  Resenha  •  6.383 Palavras (26 Páginas)  •  354 Visualizações

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PONTO 1 - ANTECENDENTES HISTÓRICOS DA ADMINISTRAÇÃO

        A administração esta presente em toda a história da humanidade, mas somente a partir do século XX ela teve um notável desenvolvimento e varias inovações. Esse maior desenvolvimento se estabeleceu com a evolução da sociedade. Hoje temos uma sociedade que precisa de grandes administradores para gerir grandes organizações que são responsáveis pela maior parte das obrigações sociais, bem diferente da sociedade até o século XIX, onde as organizações eram poucas e de pequeno porte.

        A administração sofreu algumas influencias com o passar dos anos. Alguns exemplos dessas influências serão citados abaixo:

  • Influência dos Filósofos

A administração sofreu a influencia dos filósofos desde o começo dos tempos.  Sócrates, Platão e Aristóteles são alguns exemplos mais antigos dessa influencia. Platão cita em seu livro A República  a forma democrática de governo e de administração dos negócios públicos. Já Aristóteles, distingue as três formas de administração pública no seu livro Política. Alguns exemplos de filósofos que influenciaram na administração foram Maquiavel, com seu livro O Príncipe, Francis Bacon, René Descartes, Thomas Hobbes, Jean-Jacques Rousseau, Karl Marx e Friedrich Engels.

  • Influência da Organização da Igreja Católica e da Organização Militar

Com o passar dos séculos, os princípios de organização pública e as normas administrativas foram se transferindo do Estado para as instituições da Igreja Católica e para a Organização Militar. As Organizações Militares tiveram uma influencia direta na Administração. O general chinês Sun Tzu escreveu um livro sobre a arte da guerra, retratando planejamento e táticas de guerra, citando os pontos fortes e fracos do exercito do inimigo, por exemplo. A organização linear tem suas origens na organização dos exércitos da antiguidade e da época medieval. Com o passar do tempo, na medida em que o volume de operações militares aumenta maior fica a necessidade de delegar autoridade para os níveis mais baixos dos exércitos. Outra grande contribuição das organizações militares é o principio de direção, que defende que todos os soldados devem saber exatamente aquilo que devem fazer.  O general prussiano Karl von Clausewitz é considerado o pai da estratégia.  Clausewitz escreveu um tratado sobre os princípios da guerra e de como administrar os exércitos em períodos de guerra.

  • Influência da Revolução Industrial

        Com a invenção da maquina de vapor e sua aplicação na produção, ocorreu uma mudança inigualável na ordem política, econômica e social a partir de 1780. A Revolução Industrial pode ser dividida em duas fases, a primeira indo de 1780 a 1860 e a segunda de 1860 a 1914.

  1. Primeira fase da Revolução Industrial (1780 – 1860)

No fim do século XVIII, as invenções de diversas máquinas agrícolas que se mostravam muito superiores aos serviços manuais da época, marcaram o inicio da Revolução Industrial, com a mecanização industrial e no campo. Logo, começou-se a utilizar maquinas a vapor nas ate então conhecidas oficinas, transformando-as em fábricas. Com o inicio da utilização dessas maquinas, houve uma grande revolução nos transportes, nas comunicações e na agricultura. Com o passar dos anos, os artesãos e suas oficinas foram desaparecendo para dar lugar as fábricas e seus operários. A atividade rural também começou a diminuir, e a migração dos ate então camponeses para perto das indústrias causou a urbanização. Não demorou muito até aparecer evoluções nos meio de transportes. O maquinário das navegações foi aperfeiçoado, surgiu na Inglaterra a primeira estrada de ferro, um meio de transporte que se espalhou rapidamente pelos outros países. Surgiram também inovações nos meios de comunicação. Nesse período, temos a criação do selo postal, também na Inglaterra, e a criação do telefone. Com tudo isso, vemos que nesse período começaram os sintomas do grande desenvolvimento econômico, político e social que estava por vir pela frente.

  1. Segunda fase da Revolução Industrial (1860 – 1914)

Nesse período tivemos grandes mudanças e grandes avanços provocados por três principais motivos: o aparecimento do processo de fabricação do aço (1856); o aperfeiçoamento do dínamo (1873) e a invenção do motor de combustão interna (1873) por Daimler. Nesse período também tivemos transformações nos meios de transporte e nos meios de comunicação, o desenvolvimento das novas formas de organização capitalista e a expansão das indústrias, que antes era só na Europa e agora estava presente também no Oriente Médio. Nessas fábricas, o trabalho braçal começou a ser substituído por maquinas, que trabalhavam mais rápido. A mecanização do trabalho levou à divisão do trabalho e à simplificação das operações, substituindo os ofícios tradicionais por tarefas automatizadas e repetitivas que podiam ser executadas por operários sem qualificação. O crescimento industrial na época era improvisado e baseado no empirismo. Os operários trabalhavam de 12 a 13 horas diárias em situações precárias, o que resultava em muitos acidentes. Com o tempo, os operários foram notando a exploração da classe social favorecida, e os conflitos entre operários e donos de indústrias não demoraram a aparecer. Alguns países passaram a intervir nesses conflitos, onde começaram a serem criadas as Leis Trabalhistas. A organização e a empresa moderna nasceram com a Revolução Industrial.

  • Influência dos Economistas Liberais

        No século XVII desenvolveu-se varias teorias econômicas baseadas na experiência cotidiana do comercio da época. Mas ó a partir do fim do  século XVIII foi que os economistas clássicos liberais conseguiram a aceitação das suas teorias. As ideias liberais tinham como principal fundamento que a “ordem natural é a ordem mais perfeita”. Segundo o liberalismo, a vida econômica deve afastar-se da influencia estatal. Contudo, os operários estão à mercê dos patrões, que são os donos das indústrias. Os pensamentos administrativos dos dias atuais têm como ponto de partida as ideias básicas dos economistas clássicos liberais. Adam Smith tinha como ideia central que embora os indivíduos ajam apenas pelo proveito próprio, os mercados funcionam perfeitamente quando vigora a competição.  Assim, se garante a alocação mais eficiente dos recursos e da produção, limitando assim os lucros, para que não haja excesso. Para Adam Smith, a origem da riqueza dos países está na divisão do trabalho e na especialização das tarefas. Smith reforçou a importância da organização e do planejamento dentro das mais diversas funções da administração. Karl Marx e Friedrich Engel publicaram em 1948, Manifesto Comunista, onde analisavam regimes econômicos e sociais e a sociedade capitalista. Nesse livro eles concluem que a luta das classes inferiores é o motor da história.

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