Sintese Fratelli Tutti Papa Francisco

[pic 1]

 

PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE SÃO PAULO

Faculdade de Economia, Administração, Contábeis e Atuariais

Curso de Administração

Introdução ao Pensamento Teológico II

SÍNTESE, EXPLICAÇÃO E OPINIÃO: Encíclica FRATELLI TUTTI do Papa Francisco

CAP I,II,III -

São Paulo

2021

INTRODUÇÃO

O presente trabalho possui como intuito apresentar a análise crítica do grupo acerca do texto Encíclica FRATELLI TUTTI do Papa Francisco, estruturado pelos principais e fundamentais tópicos para a compreensão efetiva do conteúdo, através da síntese, explicação, e posteriormente, as opiniões emitidas a partir do debate  estabelecido sobre as temáticas expostas.

1.0 Compreensão do texto

1.1 Capítulo IV - UM CORAÇÃO ABERTO AO MUNDO INTEIRO

Neste capítulo, foi possível observar também sobre o princípio da capacidade de amar segundo uma dimensão universal.  Foi possível notar a intenção do autor ao exortar cada um de nós a sair de si mesmo para encontrar nos outros, um acrescentamento de ser nos permitindo a se abrir ao próximo segundo o dinamismo da empatia, caridade e compaixão, que nos faz tender para a comunhão universal.  Foi possível também, entender a função imprescindível da educação dada pela família, bem como questões como o direito à vida com dignidade. "Ninguém pode ser excluído, independentemente do local onde nasceu".

É preciso pensar numa "ética das relações internacionais", porque cada país é também do estrangeiro e os bens do território não podem ser negados àqueles que têm necessidade e vêm de outro lugar. Desta forma, o direito natural à propriedade privada será, portanto, secundário. Ser paga, espera-se, no entanto, que isto não comprometa o crescimento e a subsistência dos países mais pobres".

Ainda neste capítulo, foram abordados diversos temas importantes que nos fazem refletir sobre igualdade, empatia, acolhimento, compaixão e humanidade. Diariamente lemos ou assistimos notícias que retratam a dificuldade precária de diversas pessoas que saem do seu país ou até mesmo estado de origem em busca de uma vida digna para ela e sua família. No entanto, acontece que, quando essas pessoas chegam ao seu destino se deparam com uma situação totalmente diferente, isso pela dificuldade de arrumar um emprego, conseguir comida e até mesmo um teto para morar.

Vale citar que de forma alguma a sociedade e pessoas residentes desses países ou estado devem a pessoas migrantes com diferença, e esse ponto é muito falado durante o capítulo também. É sabido que somos de raça, cor, gênero e principalmente cultura diferente do outro, mas vale lembrar que nenhuma dessas características torna um ser humano superior ao outro. Quando falamos de diversidade, entendemos que é a qualidade do que é diverso, um conjunto variado de coisas ou pessoas que integram um todo. A importância da diversidade está intrínseca em nosso dia a dia. É na multiplicidade que encontramos oportunidades de aprendizagem e da prática de habilidades diferenciadas: empatia, inteligência emocional e compreensão.

        A partir de um olhar diferente, é possível perceber as peculiaridades, riquezas e cultura. Além disso, não significa que enriquecer com elementos de outros lugares será uma ameaça à identidade, porém a identidade cultural beneficia  com diálogo com os diferentes. Um exemplo é a sociedade mundial, no qual se encontra a inclusão de diversos grupos distintos, ou seja, todos precisam dos outros, sendo uma forma de adicionar.

        Entretanto, para a integração universal é necessário que todos saibam e respeitem o amor ao vizinho. Todavia, muitos foram educados vendo os outros como inimigos. Isso, só é benéfico para algumas grandes empresas, já que podem negociar individualmente com cada local; mas para os países mais pobres haveria maiores possibilidades de parcerias, ajudando o país em seu desenvolvimento.

1.2 Capítulo V - A POLÍTICA MELHOR

        O único caminho para uma integração melhor do mundo é a política, porém na maioria das vezes é utilizada com outros objetivos. Por exemplo, o populismo e o liberalismo, não há preocupação com os mais frágeis, contudo, possui a intenção do interesse econômico dos mais afortunados.

        Outra questão é o populismo, um modo de pensar que foi mudado completamente de sua ideologia inicial, agora classificando os indivíduos em grupos a partir de sua opinião. Ademais, o populismo ignora a legitimidade da noção de povo, assim ameaça democracia (governo do povo), extraindo alguns termos essenciais para a realidade social, como, povo. Outro ponto populista é sempre buscar o interesse imediato, como consequência estagna o desenvolvimento das pessoas.

        A verdadeira definição de popular é possibilitar o avanço das sementes colocadas por Deus, sendo elas: as suas capacidades, a sua iniciativa, as suas forças. O principal é proporcionar para todos o trabalho, porque contribui com o crescimento pessoal, desenvolvimento do mundo, aperfeiçoar os dons e viver como povo.

        As visões liberais acreditam que a sociedade é movida através dos interesses que se coincidem, assim desprezam a organização social, a ciência e as instituições da sociedade civil. Entretanto, essa caridade garante direitos de modo a divisão do trabalho, justiça social, entre outros. A verdadeira caridade é ajudar ao próximo, visando contribuir com o melhor de todos, até aos países mais pobres. Contudo, não há uma fórmula igual para todos, necessita-se da ciência para formular novas estratégias. O que limita essa transformação é o egoísmo do homem, visto que está imposto o individualismo desde seu surgimento, possuindo uma saída, Deus.

Para que haja essa mudança na sociedade, na qual as pessoas pensem mais como um coletivo e no próximo, é necessário que a mesma se revolte e mude estes hábitos, pois só ela conseguirá atingir resultados. Ademais, ainda há pessoas que acreditam que o mercado resolve e resolverá os problemas enfrentados pela sociedade, entretanto já foi visto que apenas este meio não será a solução, como por exemplo o problema da pandemia.

A economia é também um grande ponto de distanciamento social, visto que da maneira a qual é aplicada na sociedade promove ainda mais o individualismo e a segregação das pessoas. Este problema não é só dado no nosso país, mas sim em grande parte do mundo, a exemplo a exclusão e não identificação das pessoas pobres, que por muitos são consideradas até inexistentes. Entretanto, uma parcela de culpa nisso é das autoridades mundiais, visto que essas deveriam, a partir das leis, assegurar direitos às pessoas que necessitam, e isto não ocorre, não cumprindo assim um de seus papéis. Essas autoridades não são e nem deveriam ser para cada país, mas sim interligadas, com um pensamento coletivo mundial.