TCC Gestão da Qualidade
Por: Vinicius Feitosa • 17/12/2018 • Monografia • 2.988 Palavras (12 Páginas) • 1.222 Visualizações
SUMÁRIO
Introdução 1
1 Conceito Básico e Evolução da Gestão da Qualidade 2
1.1 Era da Inspeção 3
1.2 Era do Controle Estatístico 4
1.3 Era da Garantia da Qualidade 4
1.4 Era da Gestão Estratégica da Qualidade 5
2 Sistemas de Gestão da Qualidade 6
2.1 Ciclo PDCA 6
2.2 Gestão da Qualidade Total 7
2.3 ISO 9001 8
Conclusão 10
Bibliografia 11
Introdução
Desde a antiguidade, os consumidores já analisavam a qualidade dos produtos que adquiriam. A produção em massa trouxe consigo a chamada era do controle estatístico, que resultou na eclosão do setor de controle de qualidade. Os sistemas foram aos poucos estudados, planejados e implantados a partir da década de 30, nos Estados Unidos e, a partir da década de 40, no Japão e no mundo (LONGO, 1996).
Nasce, na década de 50, resultante da preocupação com a qualidade, uma nova filosofia gerencial, conhecida como gestão da qualidade total. Desde então, a inspeção da qualidade deixou de ser responsabilidade de um setor específico, passando a ser considerada uma tarefa a ser executada por toda a empresa (LONGO, 1996).
O ambiente empresarial tem mudado a cada dia, o que acaba com as possibilidades de uma empresa se manter com vantagem competitiva por muito tempo e leva os administradores a buscarem cada vez mais a excelência e a qualidade total dentro das organizações. No entanto, uma das melhores formas de se destacar quanto à competitividade é estar atento aos sinais de mercado, analisando o comportamento do concorrente para obter informações sobre suas intenções e poder planejar a estratégia competitiva (TACHIZAWA; REZENDE, 2000; PORTER, 2004).
Atualmente, o grande desafio empresarial para melhor atender os clientes é melhorar a produtividade de sua mão-de-obra, tendo em vista que a pressão imposta pela concorrência para ganhar clientes é algo cada vez mais notável (TACHIZAWA; REZENDE, 2000).
O objetivo deste trabalho é mostrar, de forma clara e objetiva, a relação entre a gestão da qualidade e a competitividade, abordando o contexto histórico, os conceitos de qualidade e competitividade e, por fim, a aplicação de sistemas que colocam a empresa em uma posição de destaque competitivo em relação às outras.
1 Conceito Básico e Evolução da Gestão da Qualidade
Comum no cotidiano das pessoas, a qualidade torna-se de difícil compreensão quanto ao seu significado. Para alguns, é sinônimo de luxo, vaidade, detalhes de acabamento, marca etc. É correto dizer que estes termos definem a qualidade de certa forma, mas não se pode utilizá-los para definir o verdadeiro significado, pois, segundo Paladini (2008), para chegarmos a correta definição, “o primeiro passo é considerar a qualidade como um conjunto de atributos ou elementos que compõem o produto ou o serviço” (PALADINI, 2008).
Eficiência, durabilidade e funcionalidade são características intrínsecas à qualidade e são consideradas pelos consumidores como os principais atributos de um produto ou serviço que está sendo adquirido. Uma das grandes buscas das organizações, é ter seus nomes relacionados a tais características, visto que, as empresas que por algum motivo perdem esse perfil, procurem incessantemente adquiri-lo novamente (PFEIFER, 2002).
Com o passar das décadas, o conceito de qualidade vem evoluindo. Até o início da década de 50, qualidade era sinônimo de perfeição técnica, porém com a chegada dos estudos de Juran, Deming e Feigenbaum, ficou claro que qualidade vai muito além disso: ao grau de satisfação do cliente (CARPINETTI; MIGUEL; GEROLAMO, 2008).
Após a Segunda Guerra Mundial, o Japão estava destruído e precisava começar a se reconstruir. Para isso, Willian Edward Deming (considerado um mestre do gerenciamento de qualidade no mundo todo) foi convidado pela Japanese Union of Scientistsand Enginners (JUSE), para que palestrasse sobre estratégias e gestão da qualidade e treinasse os líderes industriais para a revolução silenciosa que o país passaria. Tal revolução fez com que o país se reerguesse e se tornasse uma grande potência mundial até os dias de hoje (LONGO, 1996).
Esse período pós-guerra fez com que as empresas se adequassem a novos estilos de planejamentos estratégicos, pois seus produtos não eram condizentes às necessidades de mercado, ou seja, a preocupação passou também para o ambiente externo às organizações (LONGO, 1996).
Superficialmente, as fases da evolução da qualidade são as mesmas tanto nos Estados Unidos quanto no Japão. Todavia, é nos anos 80 que os Estados Unidos, de forma reativa aos japoneses, incorporam a gestão da qualidade como um diferencial competitivo dentro das organizações (MARTINS; COSTA NETO, 1998).
Quando falamos em evolução da qualidade, automaticamente vem à memória as quatro eras estruturadas por Garvin, que são aceitas pelos especialistas da área. Cada era representa um marco na evolução da qualidade, com características marcantes em cada uma delas. Temos: Era da Inspeção, Era do Controle Estatístico de Qualidade, Era da Garantia da Qualidade e Era da Gestão Estratégica da Qualidade.
1.1 Era da Inspeção
A Era da Inspeção, é caracterizada pelo foco no produto e foi a primeira fase do que nos referimos como qualidade. No início da era industrial até o século XIX, quase tudo era fabricado por artesãos. Segundo Juran (1992 apud Dias, 2002), a forma de se analisar a qualidade dava-se pela inspeção do consumidor ou pela confiança deste nos artesãos experientes e renomados. A principal função da inspeção era, através de uma observação direta, separar os produtos bons dos ruins. A inspeção era feita com base nos critérios estabelecidos pelo próprio artesão, sendo um método tradicional da época até a chegada da produção em massa, que trouxe a formalização desse procedimento (DIAS; LIRA, 2002; MARSHALL JUNIOR et al., 2012).
Durante muitos anos, a inspeção se manteve de forma absoluta, sem a criação de metodologias estruturadas para a sua realização, o que tornava duvidosa a confiabilidade dos procedimentos. Não se buscava encontrar a causa dos problemas, mas sim eliminá-los quando aparecessem (MARSHALL JUNIOR et al., 2012).
Segundo Maximiano (2000 apud DIAS; LIRA, 2002),
No início do século XX, as grandes empresas que então começavam a surgir substituíram o supervisor de produção, que após a inspeção formal passou a agir como agente do controle da qualidade, pelo inspetor da qualidade.
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