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TEORIA DA ADMINISTRAÇAO

Por:   •  28/11/2015  •  Resenha  •  3.106 Palavras (13 Páginas)  •  110 Visualizações

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Professor: José Severino

Alunos:                                Matricula:

Ana Paula Jesus dos S. Baptista        2025768

Jaqueline Nascimento de S. Sá          2025608

Noelia Santos Viana                             2028160                                            

Thamara Machado                        2025875

Nova Iguaçu

2015

Trabalho de Pesquisa apresentada à disciplina de  Gestão de Pessoas  do curso de Graduação em Administração Professor: Klaus Pereira .

                                     Nova Iguaçu

                                                                     2015


Os desafios do pós – Kyoto

Porque são pífios,até agora, os resultados do combate ao aquecimento global. Qual a concepção ideológica que limita as ações contra os poluidores.Que concessões os EUA reivindicam em Bali. Como adotar medidas capazes de enfrentar o risco  de catástrofe climática.

Um dos primeiros a lutar contra esse aquecimento global e todos os danos que ele nos traz foi o economista Britânico Arthur Cecil Pigou, pra ele os que produziam algo que poderia trazer algum dano ao meio ambiente , deveria ser “cobrado” , pois dessa forma limitaria os prejuízos. Com esse raciocínio lançava a ideia do “poluidor – pagador”. Quarenta anos mais tarde, outro economista Britânic , Ronald Coase , criticou as teses de Pigou. Com algumas décadas de antecedência as negociações de Kyoto, ele oferecia uma argumentação excelente para as empresas poluidoras que queriam escapar as exigências dos poderes públicos e assegurar a “liberdade de mercado”. Coase contestou a eficácia das taxas de Pigou, porque geravam custos de negociação , ligados a intervenção do estado .

Mas a partir de 1970, diante de uma poluição atmosférica persistente, o governo norte- americano decidiu fixar normas muito rigorosas sobre as emissões de poluentes e reviso , para essa finalidade , uma lei federal chamada de Clean Air Act. Dois anos mais tarde, o clube de Roma, publicou um relatório intitulado “Os limites do crescimento”, que previa um futuro catastrófico se os humanos não considerassem rapidamente a dimensão ambiental. A hipótese de uma relação entre a concentração de dióxido de carbono (CO2) na atmosfera e a mudança climática vinha a tona. Os debates sobre o efeito estufa tornavam-se cada vez mais presente na sociedade. No início dos anos 90 houve uma vitória ideológica dos liberais. Diante de sua incapacidade para fazer respeitar o “Clean Air Act”, nas zonas urbanas e após diversos abrandamentos , o governo dos EUA decidiu criar um sistema de permutas de direitos de emissão . Este sistema fez parte de um novo programa intitulado “Acid Rain”, que fixava objetivos de redução das emissões de dióxido de enxofre (SO2), responsável pelas chuvas ácidas. A aposta era que as melhoras ocorreriam prioritariamente onde os custos de investimento para realiza-las fossem menores. Aparentemente, esse sistema respeitava as preconizações de Ronald Coase, deixando funcionar o jogo do mercado , e o “ Acid Rain” conheceu verdadeiro sucesso: o objetivo previsto- redução de 40% nas emissões de SO2 , em relação a situação de 1980. Porém , os efeitos colaterais não eram desprezíveis . O poder calorífico inferior do novo carvão com menos enxofre o levava a ser consumido em maior quantidade o que aumentava mecanicamente as emissões em um outro poluente: o dióxido de carbono! Mas os defensores da não – intervenção do estado retiveram apenas isto: o mercado das cotas e eficaz – portanto , pode ser generalizado . Em 1998 a pedido do G7 foi criado , o painel Intergovernamental para Mudança Climática (IPCC, em inglês ) tentava alertar os governos sobre as consequências do aquecimento climático . Em 1992, a convenção –Quadro das Nações Unidas sobre mudança do clima (UNFCCC). Ela fixava como meta “estabilizar as concentrações de gás de efeito estufa na atmosfera”, mas sem indicar os meios para isso, nem objetivos precisos. Em 1997 começam, as primeiras negociações para o protocolo de Kyoto. Como o sistema das Nações Unidas impõe a unanimidade, foi dura a batalha entre países industrializados e os países em desenvolvimento. Em 10 de Novembro de 2001, os acordos de Marrakesh- tradução jurídica do Protocolo de Kyoto. A retirada dos EUA, após uma votação em que cerca de uma centena de senadores norte- americanos pronunciou – se contra a ratificação e nenhum a favor fez com que a estimativa de redução das emissões de gases de efeito estufa (GEE) tivesse que ser recalculada, para apenas 40% do valor inicialmente estabelecido. Assim, o protocolo estabeleceu o compromisso de reduzir em 5,2% até 2012, as emissões de GEE, em relação ao nível de 1990. Isso correspondia a uma redução anual de 2% nas emissões.

          Mas os países em desenvolvimento, encabeçados pelo Brasil e interessados em atrair novos capitais externos, conseguiram que os estados não escritos no anexo B pudessem igualmente acolher tais projetos. Nesse caso, já que o país anfitrião não tem compromisso em relação ao Protocolo de Kyoto, o volume anual de URCE (unidades de redução certificada das emissões). O mercado europeu está calcado no funcionamento dos mercados financeiros; As permutas podem ser feitas tanto diretamente entre detentores de cotas “amigavelmente”, como em praças financeiras organizadas (Bolsas de CO2) que permitem facilitar as transações. Depois de ter oscilado entre 20 e 30 euros durante cerca de um ano, o preço spot desabou na primavera de 2006, com a publicação do primeiro balanço nas emissões reais das empresas. Diversos fundos de carbono são criados para gerir a carteira de cotas, em particular aqueles liberados através dos projetos MDL. Não e necessário fazer longos cálculos para compreender por que a corrida aos projetos MDL está lançada. Levando em conta os níveis de equipamento e diferenças de custo de mão-de-obra, economizar uma tonelada de CO2 na Europa exige um investimento de 80 euros. Na China, a mesma tonelada evitada custa em média 3 euros! Ninguém achará surpreendente que as empresas dos países desenvolvidos prefiram investir na China para criar atividades econômicas em GEE ou para modernizar as instalações existentes, em vez de reduzir suas próprias emissões. Para além do cinismo dos grandes grupos, o ambiente geral nos mercados ligados à mudança climática lembra o período de euforia vivido pelas novas tecnologias da informação. Uma verdadeira bolha especulativa se forma em torno dos procedimentos de economia em CO2 e geradores de cotas valorizáveis. As negociações para o pós -2012 estão assumindo inquietantes, resta pouco tempo para reagir e as “garantias” dadas por alguns ecologistas não favorecem a tomada de consciência. Nenhuma solução eficaz pode realmente existir sem questionar os sistemas de produção e as regras do comércio internacional. Em outros termos, para responder ao insucesso de Coase e aos desafios da crise ambiental, devemos reinventar Pigou. 

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