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TEORIA DA ADMINISTRAÇÃO

Por:   •  19/9/2015  •  Trabalho acadêmico  •  4.483 Palavras (18 Páginas)  •  266 Visualizações

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CENTRO UNIVERSITÁRIO

ANHANGUERA DE SÃO PAULO

CONCEITOS DAS TEORIAS DE ADMINISTRAÇÃO, ANÁLISE SWOT E PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO

GRUPO PENSAMENTO EVOLUTIVO

ADMINISTRAÇÃO DE EMPRESAS/TEORIAS DE ADMINISTRAÇÃO/1ºSEMESTRE

SÃO PAULO

2015

Teoria Clássica

Em 1916 surgiu na França a Teoria Clássica da Administração, fundada por Henry Fayol, se caracteriza pela ênfase na estrutura que a organização deve possuir para alcançar uma produção eficiente, e por determinar seis funções que toda empresa apresentar: técnicas, comerciais, financeiras, de segurança, contábeis, e administrativas.

Fayol define o ato de administrar como: prever, organizar, comandar, coordenar e controlar, que são respectivamente os elementos da Administração. Como toda Ciência, a Administração deve se basear em princípios, que ele definiu como “princípios gerais”, são eles: divisão do trabalho, autoridade e responsabilidade, disciplina, unidade de comando, unidade de direção, subordinação dos interesses individuais aos gerais, remuneração do pessoal, centralização, cadeia escalar, ordem, equidade, estabilidade do pessoal, iniciativa, e espírito de equipe.

Urwick denomina as funções do administrador, que são investigação, previsão, planejamento, organização, coordenação, comando e controle. Propõe também quatro princípios de Administração: princípio da especialização, princípio de autoridade, princípio da amplitude administrativa e princípio da definição. Já Gulick propõe o planejamento, a organização, a assessoria, a direção, a coordenação, a informação, e o orçamento, como elementos da Administração.

As críticas à Teoria Clássica são numerosas, sendo as principais: a abordagem simplificada da organização formal, ausência de trabalhos experimentais, e extremo racionalismo na administração.

Escola das Relações Humanas

Em oposição à Teoria Clássica surge uma nova teoria com uma abordagem humanística que se iniciou no final da segunda década do século XX nos Estados Unidos. A Teoria das Relações Humanas teve como principais razões para seu surgimento a necessidade de adequação da Teoria Administrativa aos padrões democráticos de vida dos americanos; o desenvolvimento das ciências humanas que evidenciavam a inadequação da desumanização do trabalho, proposta pela Teoria Clássica; as ideias da filosofia de Dewey, da psicologia de Lewin, da sociologia de Pareto; e as conclusões da Experiência de Hawrhorne, coordenada por Elton Mayo.

A Experiência de Hawthorne iniciou-se em 1927, em uma fábrica da Western Eletric, como uma pesquisa que objetivava conhecer melhor seus empregados verificando a relação entre a iluminação do local de trabalho e a produtividade;  ao verificarem a interferência de variáveis psicológicas na experiência os pesquisadores tentaram neutraliza-las o que fez com que a experiência se prolongar até 1932 quando foi suspensa por motivos financeiros. A experiência contou com quatro fases: na primeira fase foi constatado que o fator psicológico influenciava os operários, já que estes produziam mais quando a iluminação aumentava e produziam menos quando ela diminuía; na segunda fase realizaram diversas interferências como o sistema de pagamento, intervalos, lanches e horários, sendo notado um desenvolvimento social do grupo (acarretando em uma equipe com objetivos comuns), e que um ambiente de trabalho amistoso aumentava a satisfação no trabalho por permitir maior liberdade e menos ansiedade; na terceira fase entrevistaram os empregados para conhecê-los e acatar sugestões, e evidenciou-se a existência de uma organização informal dos operários que se mantinha unida por laços de lealdade paralelos à lealdade do operário perante a empresa; na quarta fase analisaram a organização informal dos operários e concluíram que a permanência no grupo informal se mostrava mais importante para os funcionários que possíveis lucros monetários.

Mayo, o coordenador da pesquisa, a partir se suas conclusões defendeu que o trabalho é uma atividade influenciada pelas normas do grupo; que o operário por estar inserido em um grupo social não reage como um indivíduo isolado; que a Administração tem como tarefa formar uma elite de chefes com capacidade de comunicar e compreender a lógica dos trabalhadores; que nós humanos somos incapazes quando se trata de colaborarmos uns com os outros; que o ser humano tem como motivação a necessidade de ser reconhecido socialmente; e que o local de trabalho proporciona novas unidades sociais - a organização formal e a informal.

A experiência marcou o início de uma nova teoria da Administração preocupada com os valores humanísticos, que deslocou a preocupação da tarefa e da estrutura para a preocupação com as pessoas; e por defender que não é a execução de movimentos que determina a eficiência dos trabalhadores, mas sim seus fatores sociais, psicológicos, e a natureza do trabalho, esta que acaba por influenciar a visão do trabalhador acerca de si mesmo e de sua utilidade.

 Ao ressaltar a importância de considerar a influência dos fatores sociais, psicológicos, e das relações humanas nas organizações, surge um novo conceito na Administração, o do homem social. Este novo conceito de homem permite a análise do  funcionário como participante de grupos sociais onde as suas relações têm uma importância tão significativa que os aspectos emocionais podem acabar sendo mais valorizados do que os racionais. Porém, apesar de terem trazido concepções sociais para a administração, as conclusões da experiência só tiveram um impacto definitivo com o aparecimento da Teoria Comportamental.

Nesta abordagem, que enfatiza as pessoas da organização, alguns tópicos foram muito analisados como, por exemplo, a motivação humana, a liderança, a comunicação, a organização informal, e as relações humanas no trabalho.

Segundo Elton Mayo ao contrário da visão Clássica, a motivação do ser humano se dá devido a recompensas sociais e simbólicas. Ao considerar que existem necessidades humanas básicas que direcionam o comportamento de uma pessoa, descreveu a motivação como o comportamento, consciente ou inconsciente, em direção aos objetivos que satisfazem as necessidades do indivíduo. As necessidades podem ser fisiológicas (ligadas ao instinto de sobrevivência), psicológicas (apreendidas ao longo da vida e que nem sempre conseguem ser completamente satisfeitas), ou de autorrealização (que se referem à vontade de estar sempre se desenvolvendo como pessoa e alcançar seu potencial, e dificilmente são satisfeitas em sua plenitude). Quando não satisfeitas plenamente podem impactar o indivíduo emocionalmente levando a uma mudança de comportamento do mesmo, e quando satisfeitas podem levar a elevação da moral das pessoas. A moral influencia no clima da organização e condiciona o comportamento de seus membros.

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