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TG - ED II - PARTICIPAÇÃO E A SITUAÇÃO ATUAL DA MULHER NO MERCADO DE TRABALHO

Por:   •  27/5/2017  •  Trabalho acadêmico  •  774 Palavras (4 Páginas)  •  406 Visualizações

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PARTICIPAÇÃO E A SITUAÇÃO ATUAL DA MULHER NO MERCADO DE TRABALHO

A mulher começou a ser inserida ao mercado de trabalho a partir da I e II Guerras Mundiais (1914 – 1918 e 1939 – 1945), quando seus homens iam para as frentes de batalhas e elas ficaram responsáveis em sumir o negócio familiar. Depois que a guerra acabou, os sobreviventes ao conflito foram mutilados e impossibilitados de voltar ao trabalho. Foi nesse momento que se sentiram na obrigação de deixar a casa e os filhos para levar adiante os projetos, que antigamente eram realizados pelos maridos.

        O sistema fabril gerado pela Revolução Industrial oferecia às mulheres um meio de sobrevivência e de independência econômica. Consequentemente, foram criadas leis para elas: Ficou estabelecido na Constituição de 32 que “sem distinção de sexo, a todo trabalho de igual valor correspondente salario igual; veda-se o trabalho feminino das 22 horas às 5 da manhã; é proibido o trabalho da mulher gravida durante o período de quatro semanas antes do parto e quatro semanas depois; é proibido despedir mulher gravida pelo simples fato da gravides”.

        Percorrendo o caminho profissional, acreditavam na ideia de que era possível conciliar casa e carreira e foram à luta construindo uma dupla jornada de trabalho. E aos poucos as mulheres vão ampliando seu espaço na economia nacional, mas ainda é lento, mas constante e progressivo.

        Em 1973, apenas 30,9% da População Economicamente Ativa (PEA) era do sexo feminino. Segundo os dados da Pesquisa Nacional de Amostra por Domicilio (PNAD), em 1999, elas já representavam 41,1% do total da força de trabalho.

         Apesar da evolução dentro de uma atividade que era antes exclusivamente masculina, os salários não acompanharam este crescimento. Segundo o Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados) (2010), o salário médio de admissão dos homens teve um acréscimo de 3,88% (subindo para R$ 832,49) e um aumento de 1,93% (subindo para R$ 736,63). Os índices mostram que, apesar do crescimento considerável do número de mulheres no mercado, o aumento no salário delas é pouco em comparação ao sexo masculino.        

Estudo divulgado pela Fundação Seade (Fundação Sistema Estadual de Análise de Dados) e pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) (2010), mostra que 17,1% das mulheres da PEA tinham o nível superior, ante 13% dos homens. Houve um aumento na educação das mulheres, se em 2000 a maior parte da população economicamente ativa com nível superior era composta por homens (51,3%), hoje essa posição é ocupada por elas (53,6%). Mesmo com o diploma, a diferença da remuneração fica evidente: elas recebem 63,8% do valor pago a eles para as mesmas funções, menos que em 2000, quando esse percentual era de 65,2%.

Além dos diversos preconceitos e obstáculos que enfrentam pelo simples fato de serem mulheres, os dados mostram que mesmo com esses pequenos avanços, a mão de obra feminina segue desvalorizada e o grande desafio nos dias atuais é tentar reverter o quadro da desigualdade salarial.

Além de cumprir suas tarefas na empresa, ela precisa cuidar dos afazeres domésticos, segundo os dados da pesquisa “Perfil das Mulheres Responsáveis pelos Domicílios no Brasil”, desenvolvida pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), em uma década, o número de mulheres responsáveis pelos domicílios brasileiros aumentou de 18,15 para 24,9%.

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