TRABALHO RESENHA
Por: Alberto Hertz • 2/12/2015 • Trabalho acadêmico • 1.040 Palavras (5 Páginas) • 312 Visualizações
FACULDADE FAMA
URSULA ANJOS
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Resenha do filme Escritores da liberdade
Macapá - AP
2015
FACULDADE FAMA
URSULA DOS ANJOS
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Resenha do filme Escritores da liberdade
Trabalho apresentado á disciplina de Homem, cultura e sociedade do curso de Engenharia Elétrica, período 1º, pela turma 5520152 A, da Faculdade Fama.
Prof. Edgleuma
Macapá - AP
2015
Resenha do filme Escritores da Liberdade
O filme “Escritores da Liberdade” tem origem na Alemanha/EUA, foi lançado no ano de 2007, com duração de 122 minutos, seu gênero é drama, produção e direção de Richard La Gravenese, estrelado pela atriz Hilary Swank, a qual interpreta a personagem da professora Erin Gruwell, e pelo elenco: Patrick Dempesey, Scott Glenn, Imelda Staunton, April Lee Hernadez, Kristin Herrera, Jacklyn Ngan, Sergio Montalvo, Jason Finn , Deance Wyatt.
O filme relata a historia de uma jovem professora, Erin Gruwell, que ao entrar na escola modelo, cheia de planos e projetos se depara com alunos infratores e problemáticos, onde cada um segue sua tribo, denominada “gangues”. Seus projetos foram abalados momentaneamente ao se deparar com a triste realidade que se apresentara diante de seus olhos. Porém ela não desanimou e nem por um segundo pensou em desistir, traçando metas e conquistas, foi assim que E. Gruwell trilhou dia após dia, sempre batalhando pelo que acreditara, “tirar aqueles jovens da escuridão”. Os entraves não estavam nos alunos e sim nos professores, diretores e em especial a chefe de departamento da escola, que se apresentava terminantemente contra qualquer tipo de mudança que fugisse dos padrões que até então acreditavam ser perfeitos. Erin pôde observar que não somente seus alunos estavam presos pela ignorância mas também o sistema ao qual ela não se deixou abalar, lutou pelo seu objetivo e alcançou com êxito a vitória em todas as lutas travadas.
“[...] A verdadeira mudança tem que acontecer aqui dentro, na sala de aula, de dentro para fora.” E. Gruwel
A situação imaginada por Platão no livro VI de A Republica, apresenta os diferentes tipos de ser, que segundo ele é a condição em que nos encontramos em relação ao nosso conhecimento. Platão em sua obra “O mito da caverna” pelo seu modo de contar as coisas nos revela o seu significado, ele nos faz entender que os prisioneiros somos nós que segundo nossas tradições, hábitos e culturas diferentes estamos acostumados com as condições sem que reflitamos para fazermos juízo correto, sua política nos diz que a educação (Paidéia) por formação não está somente na capacidade de se encontrar na alma de cada cidadão, e pensar, quais são suas reais capacidades, suas qualificações, como despertá-las e conduzi-las ao bom caminho, a caverna é o mundo ao nosso redor: físico; sensível e que as imagens sempre prevalecem sobre nosso conceito e que muitas vezes nos conduzem ao erro,o querer saber é algo supremo é ele que nos tira da caverna e nos leva ao mundo real, a descida citada por ele em sua obra é a lição moral que um homem esclarecido tem de voltar e ajudar aos seus semelhantes para construir um mundo justo e sábio. Para Platão o mundo é inteligível de formas e ideias, sempre muito sábio Platão sabia que ao tirar alguém da escuridão estaria fazendo um mundo novo.
“[...] Supõe que esse homem volte à caverna e retorne ao seu antigo lugar. Desta vez não seria pelas trevas que ele teria os olhos ofuscados, ao vir diretamente do sol?” Sócrates.
“[...] Vários prisioneiros estão amarrados e presos em cavernas e só podem olhar para uma parede diante deles [...]”, vivemos isso ainda hoje, na realidade do mundo que vivemos as desigualdades sociais mostradas no filme é uma realidade nada agradável, por exemplo, pessoas que apenas por morarem na periferia são descriminalizadas e marginalizadas e muitas vezes não são assistidas pelo poder público, Platão idealizou que cada um de nós fossemos o “sol” que liberta, como a professora Erin Gruwell, que libertou aqueles jovens da caverna, e que lhes ensinou entre outras coisas o que era a xenofobia, tal fato presente ainda hoje no mundo atual, os Sírios fugindo de sua pátria mãe, impedidos de entrar em outras pátrias, a maneira como eles estão sendo recebidos, nos remete ao povo judeu fugindo de Hitler e foi usando esse fato histórico como exemplo, que ela mudou a forma de seus alunos olharem o mundo e ao próximo. A tarefa de um educador pode mudar a realidade de qualquer lugar, por mais que o professor tenha poucos recursos como nos mostra Erin, mesmo não sendo lamentavelmente valorizado como deveria, ele fará mudar o comportamento das pessoas e do mundo, ela conseguiu, nós também podemos, pois somos “educadores” dentro desse mundo inteligível e sensível, assim morreu acreditando Platão, eternizado pela sua filosofia sábia e coerente, deixou a nós o legado de sermos semeadores do bem, levando pra dentro de cada um, um pouco de conhecimento. Não adianta pensarmos apenas no futuro, precisamos fortalecer nosso presente e ele se fortalece com lutas e vitórias, o sol cega, mas a ignorância nos aprisiona, o olhar de um educador que ama o que faz, fará indubitavelmente toda a diferença para todos, não importa a tribo ou gangue, o importante é sairmos juntos da caverna, ou entrarmos na caverna e trazer o ignorante para ver o sol, lhe ensinar que o sol o cegará, porém será passageiro e como em um passe de mágica tudo se fará belo e novo e assim como Platão e Erin, que revelou aos seus o mundo novo, construiremos pessoas melhores e praticaremos a tese que somos partes de um todo e juntos somos apenas um, um livro excepcional, um filme extraordinário e enriquecedor. Nos resta dar lhe um agradecimento a oportunidade de conhecer um pouco mais afundo o que podemos chamar de historia real.
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