TRAVESSIAS RELATÓRIO DE CONSTRUÇÃO SÓCIO POETISA DE USO

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MÁRCIO ANTONIO VALLE

MICHEL DE VASCONCELOS VIGNOL

SABRINA RODRIGUES CARDOSO

ADAPTAÇÃO E COLOCAÇÃO DE UMA LENTE DE CONTATO RÍGIDA GÁS PERMEÁVEL EM PACIENTE COM ASTIGMATISMO DE -1,75 CONTRA A REGRA : ESTUDO DE CASO

CANOINHAS-SC

2018

MÁRCIO ANTÔNIO VALLE

MICHEL DE VASCONCELOS VIGNOL

SABRINA RODRIGUES CARDOSO

Projeto de pesquisa para obtenção de nota na disciplina de Lentes de Contato I, do curso de Optometria. Ministrado na Universidade do Contestado – UnC, Campus Canoinhas, sob Orientação Professora Nora Leon Rodriguez.

CANOINHAS-SC

2018

ADAPTAÇÃO E COLOCAÇÃO DE UMA LENTE DE CONTATO RÍGIDA GÁS PERMEÁVEL EM PACIENTE COM ASTIGMATISMO DE -1,75 CONTRA A REGRA : ESTUDO DE CASO

INTRODUÇÃO

             As lentes de contato têm, ao longo dos anos, sido utilizadas como excelentes recursos ópticos para a correção dos defeitos da refração ocular. No princípio, apenas se utilizavam materiais rígidos para sua confecção, desde o vidro, nas primeiras lentes idealizadas, até os modernos polímeros com alto coeficiente de permeabilidade desenvolvidos nos dias de hoje                   (HOLDEN, 2015).

           Em 1963, Otto Wichtterle, apresentou as primeiras lentes hidrofílicas (gelatinosas), o que aumentou consideravelmente o número de usuários de lentes de contato em todo o mundo, devido principalmente ao seu conforto e facilidade de adaptação.

           Uma das limitações para o emprego do material hidrofílico consistia na sua incapacidade de corrigir o astigmatismo. Atualmente já dispomos, para esse fim, de lentes tóricas gelatinosas (HOLDEN, 2015).

            Deveríamos, então, supor que aliado ao fato destas proporcionarem excelente conforto e adaptação, as lentes rígidas seriam abandonadas, fato não comprovado no nosso trabalho diário no consultório. As lentes rígidas continuam sendo ótima opção para a correção do astigmatismo de origem corneal, devido ao seu baixo custo, fácil manutenção e menor probabilidade de causar infecções (MOREIRA, 2011).

            Compreendendo que esse trabalho é um estudo de caso que tem como direcionamento um aciente de 39 anos do sexo masculino com astigmatismo de córnea de 1,25 dioptrias, na analise e avaliação do paciente foi definido por filosofia de adaptação lentes de contato RGP fluorcarbonada com desenho de face posterior esférico.

              A área de lentes de contato personalizadas atrai diversas empresas e institutos de pesquisa do setor, com o intuito de atender à parcela da população que sofre de problemas de visão, especificamente aberrações de altas ordens como ceratocone que é o principal incentivo para fabricação de lentes de contato personalizadas, essas empresas se depararam com diversos insucessos, utilizando as técnicas tradicionais de fabricação de lentes de contato personalizadas como escultura a laser e torneamento mecânico CNC, esses fracassos se devem majoritariamente a não reprodutibilidade das lentes de contato produzidas. Esta é uma motivação para o uso de novas tecnologias para a confecção de lentes de contato personalizadas (MOREIRA, 2011).

             Caracterizando através de conceito que Lentes Rígidas Gás-Permeáveis são de consistência semi-flexível e menores que a córnea. O oxigênio permeia através dessas lentes chegando diretamente à córnea e não só através das lágrimas que fluem sob elas (HOLDEN, 2015).

1. ESTUDO DE CASO

Paciente de 39 anos do sexo masculino com astigmatismo de córnea de 1,25 dioptrias, na analise e avaliação do paciente foi definido por filosofia de adaptação lentes de contato RGP fluorcarbonada com desenho de face posterior esférico.

Exame externo: Segmento anterior normal em AO

Schirmer: 5min/ 35ml

BUT: 12seg

DHIV: 11mm

Diâmetro pupilar: 4mm

Fenda Palpebral: 11mm

Ceratometria: 42,50/43,75x85

RE: +0,25 -2,00x90 20/20 0,5m

Subjetivo: N -1,75 x 90 20/15 0,5m

Parâmetros lente calculada:

CB	PODER	DT
43,25	Plano	9 mm

Para o cálculo da curva base para a primeira lente de teste, foi usada a média das curvas horizontall e vertical. O diâmetro total da lente de contato foi escolhido devido ao tamanho no DHIV (11 – 2mm = 9,0 mm).

Parâmetros da lente de prova:

CB	PODER	DT
43,25	-2,00	9,0mm

Sobrerefração:  OD: +2,50          AV:20/20    0,5m          

Sobresubjetivo: OD: +2,50          AV:20/20    0,5m                                          

           De acordo com a caixa de provas, a lente selecionada para teste, possui um poder de  -2,00, gerando uma hipermetropia no paciente. Com a análise da movimentação da lente que se encontra frouxa, foi induzido um filme lacrimal negativo, portanto, correlacionando com a sobre refração, o paciente ficou mais hipermétrope. Deverá ser corrigido a curva base e diâmetro da lente de contato, além da dioptria da mesma.

LC: +2,50 (sobrerefração) -2,00(lente de prova)= +0,50

             A lente está induzindo um filme lacrimal negativo, por isso a sobre refração acusou um valor positivo.

• Fluorograma:

             Lente descentrada com retenção de pálpebra superior, com toque central apical bearing, excessiva largura de borda e excessivo edge clearence. No movimento apresenta rotação apical, descentrada lateral, velocidade rápida e direção obliquo temporal.

                Devido a todos esses dados observados no fluorograma, concluímos que a adaptação está frouxa em relação a córnea.