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Teoria Burocrática da Administração

Por:   •  16/5/2018  •  Projeto de pesquisa  •  1.097 Palavras (5 Páginas)  •  399 Visualizações

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Teoria Burocrática da Administração

A Teoria Burocrática surgiu na Administração por volta da década de 1940 em função de alguns aspectos sendo eles:

        A fragilidade das teorias Clássica e das Relações Humanas onde elas são contraditórias, que não possibilitam uma abordagem global e integrada dos problemas organizacionais. As duas tem pontos de vista extremistas sobre a organização, gerando necessidade de enfoque mais completo.

        Necessidade de modelo de organização racional, que é capaz de caracterizar variáveis envolvidas, como o comportamento dos participantes, no qual é aplicável em todos os modelos de organização.

        Complexidade e crescente tamanho das empresas, que passou a exigir organizações bem definidas.

        O ressurgimento, a partir da descoberta dos trabalhos de Max Weber, que foi quem criou essa teoria, a Sociologia da burocracia propõe um modelo de organização e as organizações não tardaram em tentar aplica-lo na prática.

Tipos de Sociedade (Autoridade)

  • Tradicional: existe por conta de costumes, onde se aceitam ordens de quem é superior, por exemplo, como o pai de família ou chefe de um clã. O poder tradicional não é racional, pode-se passar por herança e é extremamente conservador, acontece mais em empresas familiares.
  • Carismática: existe quando subordinados aceitam as ordens do superior por conta da sua influência sobre seus liderados, era considerado um dom concedido por Deus. É uma característica que não é racional, não pode ser delegado e nem recebido por herança como o tradicional.
  • Legal, racional ou burocrática: existe quando subordinados aceitam as ordens simplesmente por terem sido dirigidas por um superior, ao qual concordam, e consideram legítimos, é baseada em leis, normas e regulamentos.

Características da Burocracia, segundo Weber

        Caráter legal das normas e regulamentos é uma organização ligada por normas e regulamentos que são escritos, eles cobrem todas as áreas da empresa, fiscalizam as pessoas de autoridade, um poder de coação sobre os subordinados.

        Caráter formal das comunicações é onde todas as ações formais são escritas e proporcionam uma comprovação documentada.

        Caráter racional e divisão do trabalho, cada um tem um cargo específico de acordo com a competência de cada um, impondo um limite de suas tarefas. A burocracia é uma estrutura social racionalmente organizada.

        Impessoalidade nas relações, a distribuição das atividades é feita sem que seja considerado nenhum envolvimento pessoal. A obediência também deve ser impessoal.

        Hierarquia da autoridade, nenhum cargo deve ficar sem supervisão, o supervisor de cada cargo deve ser feita pelo cargo superior.

        Rotinas e procedimentos padronizados, fixa regras e normas para o desempenho correto de cada cargo.

        Competência técnica e meritocracia, se baseia na competência e mérito das pessoas, ou seja, a escola e promoção de funcionários são feitas através de critérios de avaliação.

        Especialização da administração, surge o profissional que não é mais necessariamente o dono ou sócio da empresa.

        Previsibilidade do comportamento, o comportamento de todos os seus subordinados deve ser previsível diante de todas as regras e regulamentos da organização, todos devem seguir as normas diariamente.

Disfunções da Burocracia

        Weber focou seus estudos em um sistema desumano e mecanicista, Me3rton diz que focou-se somente nas vantagens da teoria Burocrática sem perceber que os leigos só prestavam atenção nas suas desvantagens.

        As disfunções burocráticas são mencionadas a seguir:

  • Internalização das regras e apego aos regulamentos: o funcionário burocrata se torna um especialista não por conhecer suas tarefas, mas por conhecer as normas e regulamentos sobre seu cargo ou função.
  • Excesso de formalismo e de papelório: é a necessidade de formalizar e documentar todo acontecimento da organização, levando pessoas leigas à acharem que burocracia é apenas um volume altíssimo de papelório e de formulários.
  • Resistência à mudanças: o funcionário resiste à toda e qualquer mudança, por estar acostumado com a rotina imposta pela burocracia.
  • Despersonalização de relacionamento: enfatiza os cargos e funções e não as pessoas que ocupam esses cargos.
  • Categorização como base do processo decisório: quem toma as decisões é quem tem a posição hierárquica maior, mesmo sem saber dos reais problemas.
  • Super conformidade às rotinas e aos procedimentos: o funcionário se estrita à fazer somente o que tem que fazer de acordo com as normas e regras, perdendo assim a iniciativa, a criatividade e inovação.
  • Exibição de sinais de autoridade: é indicar que, obtém o poder dentro das organizações através de vestimenta, sala, estacionamento, refeitório, etc.
  • Dificuldade no atendimento a clientes e conflitos com o público: fez com que o funcionário siga tão rigidamente as normas que deixa de atender aos problemas dos clientes, deixando-os insatisfeitos.
  • Mecanicismo e as limitações da “teoria da máquina”: como nos três modelos clássicos, de Taylor, Fayol e Weber, onde se focalizou a organização interna, embora fosse constituída por pessoas, era para cumprir rigidamente as tarefas como máquinas.
  • Conservadorismo da burocracia: é um processo contrário à inovação, o burocrata se comporta como um ritualista que é apegado às regras.
  • Abordagem de sistema fechado: por obter um sistema fechado, não considera mudanças externas, ambientas e comportamentais.
  • Abordagem descritiva e explicativa: descreve, analisa e explica as organizações para que o administrador escolha a maneira apropriada de lidas com eles.
  • Posição da teoria da burocracia dentro das organizações: a teoria de Weber se assemelha muito à Teoria Clássica de Fayol, com ênfase na eficiência técnica e na estrutura hierárquica.         

Vantagens:

        Possui uma organização muito grande na definição de cargos e na operação da empresa;

        É completamente uniforme nos procedimentos e rotinas;

        É extremamente impessoal, ou seja, os cargos são atribuídos por capacidade e não por afeto.

Desvantagens:

        Excesso de apego pelos regulamentos da empresa, impedindo que seua colaboradores fossem proativos;

        Causava assim uma resistência às mudanças, por estarem acostumados a seguir sempre o mesmo padrão de execução das tarefas;

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