Teoria clássica
Por: Emerson Jesus • 28/9/2015 • Trabalho acadêmico • 1.266 Palavras (6 Páginas) • 243 Visualizações
TEORIA CLÁSSICA DA ADMINISTRAÇÃO
Introdução
Ao passo queTaylor e outros engenheiros implantavam a Administração Científica nos Estados Unidos do século XX, na França surgia uma nova teoria que iria se espalhar pela Europa: a Teoria Clássica da administração. Esta teoria fundamentada por Henri Fayol focava-se na estrutura ideal que uma organização deveria possuir, enquanto que a teoria taylorista primava-se nas tarefas individuais que os operários cumpriam. Ambas as teorias por mais distintas que fosse, tinham a máxima eficiência como foco principal.
A teoria Clássica preocupa-se na estrutura da organização como um todo, para que assim todas as partes integradas garantam uma eficiência, e não um indivíduo apenas. Henri Fayol, um engenheiro francês e idealizador da teoria, acreditava que tais conhecimentos e princípios poderiam ser ensinados e não apenas dotados como .
Perspectiva Histórica
A segunda década do século XX passou por diversas mudanças um tanto quanto “drásticas” na Europa e nos Estados Unidos. A Primeira Guerra Mundial envolveu diversos países em uma profunda guerra militar, onde se acabou tendo muitas perdas significativas. Houve também uma grande expansão nos meios de transportes através da indústria automobilística, ferrovias e a aviação. Os meios de comunicação expandiram o jornalismo
Henri Fayol nasceu em Constantinopla e morreu em Paris. Se formou em engenharia de minas e entrou em uma empresa metalúrgica e carbonífera onde trilhou sua carreira. A teoria clássica que idealizou, encontra-se em seu próprio livro Administration Industrielle et Générale (1916) que foi traduzida para o inglês por Urwick e Gulick.
Anteriormente acreditava-se que os administradores nasciam prontos e com a capacidade de liderar e gerenciar as corporações. Mas Fayol insistiu na idéia que podia-se aprender e a moldar tais habilidades, desde que se conheça seus princípios básicos. As pessoas seguidoras do Taylorismo na época só deram mérito à nova teoria quando fora publicada nos Estados Unidos. E foi a partir dessa aceitação que as teorias de Frederick Taylor e Henri Fayol passaram a se complementar uma à outra.
Elementos essenciais
Fayol releva que toda empresa possui seis funções básicas, que segundo CHIAVENATO (2004, p.80) são:
1. Funções técnicas, relacionadas com a produção de bens ou de serviços da empresa.
2. Funções comerciais, relacionadas com compra, venda e permutação.
3. Funções financeiras, relacionadas com procura e gerência de capitais.
4. Funções de segurança, relacionadas com proteção e preservação dos bens e das pessoas.
5. Funções contábeis, relacionadas com inventários, registros, balanços, custos e estatísticas.
6. Funções administrativas, relacionadas com a integração de cúpula das outras cinco funções.
Segundo Fayol, a última função é de suma importância, pois é ela que coordena e interage as demais. É ela que formula um plano de ação na empresa e é denominada administração. É atribuída cinco funções ao administrador dentro de uma estrutura organizacional, denominadas PO3C:
1. Prever: Estabelecer os objetivos da organização e o que é necessário para alcançá-los, traçando um plano de ação para cenários futuros.
2. Organizar: Unir os recursos que sejam tangíveis ou intangíveis da empresa na melhor forma possível para cumprir o planejamento proposto.
3. Comandar: Liderar e orientar os subordinados em suas tarefas para atingir os objetivos traçados.
4. Coordenar: Unir e conciliar os esforços dos participantes envolvidos da organização.
5. Controlar: Medir os resultados adquiridos para se ter uma base de que as metas estão sendo alcançadas.
Estas funções estão presentes no trabalho do administrador em quaisquer níveis ou áreas de atividades na organização, e não apenas concentrada no topo da hierarquia. Ela é distribuída proporcionalmente em relação às demais funções presentes.
Princípios da Administração por Fayol
A administração clássica de Fayol baseia-se em diversos autores de sua época, e por meio deles ele definiu princípios universais e adaptáveis à qualquer pessoa ou organização - diferente da época em que a rigidez era absoluta.
Os 14 Princípios Gerais da Administração são:
3.1 Divisão do Trabalho
Tem como objetivo especializar os funcionários desde o topo até a base da hierarquia, de modo a não ultrapassar o seu limite de especialização – como era antigamente, causando a fadiga, monotonia, absenteísmo e outros males – e alavancar a produção sem um excesso abusivo de esforço.
3.2 Autoridade e Responsabilidade
Neste princípio o equilíbrio entre a autoridade e responsabilidade é fundamental. O gestor tem o direito de dar as ordens e o subordinado tem o dever de obedecer e segui-las.
3.3 Disciplina
Antigamente a disciplina era rígida e dependia da obediência das pessoas, seus comportamentos e as normas estabelecidas. Para Fayol, em sua época as punições deveriam ser aplicadas caso não houvesse o cumprimento das ordens. Atualmente, as organizações dão lugar às ações corretivas, ou seja, o meio a se atingir a disciplina é por meio das próprias pessoas e do diálogo organização-trabalhador.
3.4 Unidade de Comando
Para ordenar alguma ação uma pessoa deve receber ordens de apenas um líder. Segundo Fayol, duas pessoas ou mais no comando só causa graves conflitos, no entanto há empresas que atualmente contam com múltiplos chefes em sua composição e não afeta a produtividade. Este princípio depende de cada empresa, há umas que descartam e outras que aplica ela até hoje.
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