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Teoria da Burocracia

Por:   •  21/10/2016  •  Trabalho acadêmico  •  1.324 Palavras (6 Páginas)  •  387 Visualizações

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Teoria da Burocracia

De acordo com Chiavenato, a teoria da burocracia surgiu por volta de 1940, baseada nas obras do economista e sociólogo Max Weber. A Teoria foi criada devido à falta de uma teoria da organização sólida e abrangente que servisse de orientação para o administrador.

Segundo Weber, a burocracia é a organização eficiente por excelência, e para conseguir eficiência, a burocracia detalha nos mínimos detalhes como as coisas deverão ser feitas.

Conforme Chiavenato, a burocracia segundo Max Weber tem as seguintes características:

O Caráter Legal das normas e regulamentos: a burocracia é uma organização baseada em uma legislação própria que define antecipadamente como a organização burocrática deverá funcionar. Essas normas e regulamentos são escritos e cobrem todas as áreas da organização, prevendo todas as ocorrências e as enquadrando dentro de um esquema definido capas de regular tudo o que corra dentro da organização.

Essas normas e regulamentos são legais, pois, dão as pessoas com autoridade um poder sobre os subordinados capaz de impor disciplina.

O Caráter formal das comunicações: a burocracia é uma organização ligada por comunicações escritas. Todas as regras, decisões e ações administrativas são formuladas e registradas por escrito para proporcionar comprovação e documentação adequadas. A burocracia também faz uso de formulários para criar uma rotina e facilitar as comunicações repetitivas.

O Caráter racional e divisão do trabalho: a divisão do trabalho é adequada aos objetivos a serem atingidos, ou seja, existe uma divisão sistemática do trabalho e do poder estabelecendo atribuições para cada participante. Cada participante tem seu cargo, função especifica e responsabilidades, e também deve saber qual sua tarefa, capacidade de comando, autoridade, direito e poder para não interferir e nem prejudicar a estrutura ou a competência alheia.

A impessoalidade nas relações: a distribuição das atividades é feita em termos de cargos e funções e não de pessoas envolvidas. A divisão é realizada sem considerar as pessoas como pessoas, mas como ocupantes de cargo e funções. O poder de cada pessoa também é impessoal, ou seja, esse poder não pertence a pessoa e sim ao cargo que ela ocupa, a obediência e autoridade também são impessoal.

A Hierarquia de autoridade: A hierarquia existe dentro da burocracia para definir as chefias nos vários escalões de autoridade. Cada cargo inferior deve estar sob controle e supervisão de um posto superior sendo que nenhum cargo fique sem controle ou supervisão. Todo o cargo tem privilégios e obrigações definidos por uma regra especifica.

As Rotinas e procedimentos estandardizados: na burocracia existem regras e normas técnicas para o desempenho de cada cargo. O ocupante do cargo não faz o que ele quer, e sim o que o cargo o impõe que ele faça, seguindo as rotinas e procedimentos do trabalho. A disciplina no trabalho e o desempenho também são assegurados por um conjunto de regras e normas que ajustam o funcionário as exigências do cargo e da organização.

As Competências técnicas e meritocracia: Com a burocracia, a escolha de pessoas é baseada no mérito e na competência técnica. A admissão, transferência e promoção de funcionários são baseados em critérios de avaliação e classificação válidos para toda a organização. Esses critérios são universais e levam em conta a competência, o mérito e a capacidade do funcionário em relação ao cargo ou função.

A especialização da administração que é separada da propriedade: Com a burocracia surge o profissional especializado em gerir a organização. O dirigente não é necessariamente o dono da organização ou grande acionista, mas um profissional especializado na administração da organização. Essa divisão de dono e administrador separa as propriedades que pertencem a organização e as propriedades pessoais do funcionário ou acionista.

O modelo burocrático de weber parte da ideia de que o comportamento dos membros da organização deve ser perfeitamente previsível, ou seja, todos os funcionários deverão se comportar de acordo com as normas e regulamentos da organização para que seja atingida a eficiência máxima. Tudo na burocracia é estabelecido afim de prever e antecipar todas as ocorrências e rotinas para a sua execução para que a máxima eficiência seja alcançada.

Para Chiavenato o modelo de Weber não previu nenhuma variação do comportamento humano dentro da organização, para weber a organização deve possuir uma visão padronizada do comportamento humano, mas para Chiavenato a variação do comportamento humano é uma organização informal que é um fator de imprevisibilidade das burocracias e surge da impossibilidade de padronizar o comportamento humano nas organizações.

Conforme Chiavenato, existem algumas disfunções no modelo do Max weber que representam cada consequencia não prevista, como: muito apego aos regulamentos, excesso de formalismo e papelório, resistencia a mudanças, despersonalização do relacionamento, categorização como base do processo decisorial, excesso de estritamento nos procedimentos e exibição de autoridade.

De acordo com Chiavenato, Weber viu diversas vantagens na burocracia para a organização, e algumas delas são:

Racionalidade: em relação aos alcances dos objetivos da organização

Precisão na definição do cargo e na operação: pelo conhecimento exato dos deveres.

Rapidez nas decisões: pois cada um conhece o que deve ser feito e por quem, e por onde passam as ordens e documentação.

Impossibilidade de equívocos de interpretação: A padronização de procedimentos e regulamentação especifica e escrita que evitam a interpretação errada, apesar de que esses procedimentos são passados apenas para pessoas que devem recebe-lo.

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