Teoria da burocracia na administração

UNIVERSIDADE ESTADUAL DE SANTA CRUZ[pic 1]

DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS EXATAS E TECNOLÓGICAS

Engenharia Elétrica – 2015.2

Prof. Antonio Calhau

CAC097 ADMINISTRAÇÃO GERAL

“Teoria da burocracia” 

ALUNOS: Bruno Madureira

                 Diego Mello

                 Nayre Rocha

                 Pedro Chaves

                 Taís Fernandes

                

                 

Novembro - 2015

Ilhéus – Bahia

1. ORIGEM

Burocracia é um sistema de controle social baseado na racionalidade, que teve como expoente de estudo o jurista e sociólogo alemão Max Weber, que disse que qualquer sociedade, grupo ou organização que se baseia em leis racionais é burocrata, isto é, hierarquizada.

É importante fazer uma viagem ao tempo para entender a influência e todo o contexto histórico do surgimento da Teoria da Burocracia formulado por Weber.

Kwasnicka (2004, p.27) traz que o início da história da administração é puramente uma questão de escolha, haja visto, não haver consenso, tendo autores que dizem começar pela Antiguidade, Idade Média ou Renascimento, ou ainda, outros que dizem ter começado no período da Revolução Industrial.

Apesar de não ter sido encontradas obras que comprovem que o início se deu durante a Antiguidade, pode-se afirmar que a construção de uma pirâmide ou administração de uma aldeia ou cidade deram certo por terem eles, na época, conhecimento em administração.

Durante a Idade Média e Renascimento, apesar de terem mais condições que a Antiguidade, as condições ainda não permitiam o desenvolvimento de uma abordagem racional do trabalho.

Foi a partir da Revolução Industrial no início do século XVIII que a administração encontrou campo fértil para se desenvolver, pois a necessidade de expansão da produção e do lucro acarretou em necessidade de racionalização na divisão do trabalho e nas linhas de produção, aumentando, assim, a eficiência.

Dentre os pensadores na teoria da administração, destacaram-se Taylor e Faylon onde esse com a sua administração científica, dá ênfase ás tarefas, padronização, uniformização e motivação pecuniária, já este, com a escola clássica, dá ênfase à estrutura organizacional, trazendo especificação da função, ou seja, níveis hierárquicos (organograma).

Em posse de tais informações e ciente das dificuldades encontradas por tais teorias, Max Weber formulou um modelo de administração burocrático, que guarda semelhanças com a teoria clássica no que concerne a racionalização e hierarquia das funções.

Weber identifica três fatores principais que favoreceram o aparecimento da moderna burocracia:

1. O desenvolvimento de uma economia monetária, o que racionalizou as transações econômicas, permitindo a centralização da autoridade e o fortalecimento da administração burocrática no que se refere a remuneração dos funcionparios.
2. O crescimento quantitativo e qualitati das tarefas administrativas do Estado Moderno. Apenas o tipo burocrático de organização pode arcar com a enorme complexidade e tamanho de tais tarefas.
3. A superioridade técnicas, em termos de eficiência, do tipo burocrático serviu como uma força autônoma para impor sua prevalência. A razão decisiva da superioridade da organização burocrática semrpe foi unicamente sua superioridade técnica sobre qualquer outra fomra de organização.

O desenvolvimento tecnológico fez as tarefas administrativas tenderem ao aperfeiçoamento para acompanha-lo. Assim, os sistemas sociais cresceram em demasia, as grandes empresas passaram a produzir em massa e houve a necessidade crescente de obter-se um controle e uma maior previsibilidade do seu funcionamento. A partir desse contexto e dessas premissas Max Weber formulou a teoria da burocracia, utilizada pelas maioria das grandes organizações modernas.

2. MODELO BUROCRÁTICO

Ao notar as características da Escola Clássica percebe-se que há similaridades, pois ambas fundamentam-se na organização racional da administração, mas o modelo burocrático defende uma organização relativamente formal e impessoal, podendo ser aplicado no âmbito da esfera pública ou privada, resguardada diferenças práticas entre elas.

A autoridade burocrática é o tipo de autoridade técnica, meritocrática e administrada. Baseia-se na promulgação. A ideia básica fundamenta-se no fato de que as leis podem ser promulgadas e regulemantadas livremente por procedimentos formais e corretos. A obediência não é devida a alguma pessoa em si, seja por suas qualidades pessoais excepcionais ou pela tradição, mas a um conjunto de regras e regulamentos legais previamente estabelecidos.

A legitimidade do poder racional e legal se baseia em normas legais racionalmente definidas.

Na dominação legal, a crença na justiça da lei é o sustentáculo da legitimação. O povo obedece às leis porque acredita que elas são decretadas por um procedimento escolhido elos governados para o governantes.

O aparato administrativo que corresponde à dominação legal é a burocracia. Tem seu fundamento nas leis e na ordem legal. A posição dos funcionários e suas relações com o governante, os governados e colegas burocratas são definidas por regras impessoais e escritas que delineiam de forma racional a hierarquia do aparato administrativo, os direitos e deveres inerentes a cada posição, métodos de recrutamento e seleção etc.

Weber concebeu a burocracia como tipo ideal de estrutura organizacional, sendo importante salientar que ele não desenvolveu seu modelo com a intenção de que fosse um modelo para uma organização, mas na verdade, muito mais, com o intuito de identificar características típicas de determinado tipo de organização, servindo, portanto, como instrumento analítico para comparações históricas de diferentes situações reais.

No modelo burocrático, enfatiza-se o profissionalismo e a especialização proveniente de pessoas competentes. Tal competência se dá através de um processo seletivo racional baseado em testes que certifiquem a sua competência real.