Teoria finanças públicas
Por: nikkce • 17/5/2019 • Trabalho acadêmico • 1.773 Palavras (8 Páginas) • 261 Visualizações
Teoria de Finanças Pública
1) Essa afirmativa: O déficit nominal e o PIB é uma função direta da inflaçãodé verdadeira, pois a relação entre o déficit nominal e o PIB é expressa como a soma de dois componentes: o déficit operacional proporcional ao PIB; e o efeito da inflação sobre a despesa de juros nominais, proporcional à uma porção do PIB. Esse efeito é depende de dois parâmetros:
1° o coeficiente entre a dívida do final do período anterior e o PIB expresso a preços médios do período anterior e;
2° o coeficiente [Tt / (1 +70], em que B é a taxa de variação dos preços. Como ambos os coeficientes são uma função direta da inflação, a relação entre o déficit nominal e o PIB também está diretamente ligada à taxa de inflação.
2) X= 100(nível de preços estável ao longo do ano)
Y= (índice de preços em maio do ano)
Y= X + X*2% = 100 + 100 x 2% , Logo Y= 102
Z= (índice de preços em junho)
Z= Y + Y*2% = 102 + 102 x 2% , Logo Z= 104,04 assim sucessivamente.
No ano em que esse fato ocorre, o índice de preços médio será igual à 106,3 e a média geométrica dos índices de dezembro e de janeiro do ano posterior e de 118,3.
Sendo assim a dívida no final do ano, medida como proporção do PIB a preços médios do ano, é, portanto:30 x 118,3 / 106,3 = 33,4 % do PIB.
3) Nesse caso, onde a diferença entre as NFSP no conceito nominal e as NFSP operacionais aumenta, pode estar ligado ao aumento da relação dívida/ PTB, devido a um déficit público alto. Se a inflação cai, mas essa relação se eleva muito ao longo do tempo, este último efeito pode predominar sobre o primeiro.
4) Há duas falhas nesse raciocínio: 1°: o déficit do setor público incorpora o resultado das empresas estatais, enquanto o conceito de governo exclui essa esfera.
2°: quea frase não considera a existência do investimento do governo. Para entender esse ponto, vamos assumir que não existem empresas estatais. Nesse caso, deixando de lado a distinção entre os conceitos de déficit nominal e operacional, as NFSP são iguais às necessidades de financiamento do governo (NFG), representadas pela soma de governo central, estados e municípios.
O valor das NFG é dado por NFG=CG+JG+IG-T ,em que:
CG = Consumo do governo
G = Despesa de juros da dívida do governo
IG = Investimento do governo
T = Receita do governo, líquida de subsídios e transferências, exclusive juros
JG= juros da divida
A poupança do governo, por sua vez, por definição, é
SG = T - (CG + JG)
Substituindo esta equação na primeira (NFG=CG+JG+IG-T) temos:
SG=IG-NFG
Logo: NFG=IG-SG
Ter uma despoupança do governo significa que o valor da poupança do governo (SG) seja negativo. Como IG é não-negativo, se SG é negativo, NFG é positivo. Entretanto, ter um déficit, isto é, um valor de NFG positivo, não significa necessariamente que o governo está despoupando, já que a causa do déficit pode ser não uma poupança negativa e sim o fato de a poupança ser positiva, porém inferior ao investimento do governo.
5) O déficit público busca medir o impacto que o governo exerce sobre a de manda agregada da economia. Nesse caso o gasto público tem pretensão expansionista, enquanto um tributo exerce um e feito contracionista sobre essa demanda.
Quando o governo recebe o pagamento de uma concessão, de uma única vez, dificilmente
pode- se supor que a de manda está sendo contraída da mesma forma que quando um indivíduo paga um imposto. Mais provavelmente, o que ocorre é que um ativo financeiro, pertencente ao vencedor da concessão, muda de mãos e passa às mãos do go ver no, para quem representa uma receita pontual e com impacto nulo sobre a demanda da economia, na forma de receita de capital. Já uma concessão paga ao longo de 30 a nos te m um efeito completamente diferente, representando uma receita recorrente, cujo e feito econômico corresponde a uma contração da demanda, assemelhando - se a um aluguel recebido todo s os meses pelo governo em virtude do uso de algum imóvel de sua propriedade e registrado regularmente como receita corrente .
6) a) abater dívida pública, ou b) comprar ações de uma empresa.
No abatimento de dívida pública o governo tem superávit, que corresponde a um “financiamento negativo ”, ou seja, a um cancela mento de p arte da sua dívida ; e m consequência, o superávit fiscal permanece intacto no valor de 100.
SF=1000- 900 = 100
O que acontece com as NPSF, e m cada u m dos dois casos?
P elas norma s apresentadas e m FMI (1986 ), quando o governo compra ações, trata se de estatísticas fiscais como ”despesa de capital”, implicando a necessidade de financiamento, compensando o excesso de receita sobre a despesa das demais rubricas ; e m consequência, há um gasto adicional d e 100, o total de desembolsos passa a ser d e 1.000 dessa forma não há o superávit.
7) A privatização não é considerada como receita no cômputo das NFSP, já que seu e feito compensa, estatisticamente, a variação da dívida pública, enquanto a obra feita é registrada, implicitamente, como gasto, à medida que afeta essa dívida. Logo há necessidades de financiamento, pois trata se de um déficit. Essa privatização gera uma variação negativa da dívida pública, mas tem o e feito fiscal sobre as NFSP compensado pelo registro da própria privatização, enquanto a despesa feita aumenta a dívida. No final do exercício fiscal, em termos líquidos, a dívida permanece a mesma no exercício fiscal anterior, mas, nos termos da citada equação, as NF SP têm o tamanho da privatização feita. O gasto em um hospital impacta a demanda agregada, como qualquer investimento público.
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