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Trabalho Farmácia Popular do Brasil

Por:   •  1/11/2015  •  Trabalho acadêmico  •  3.877 Palavras (16 Páginas)  •  487 Visualizações

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  1. INTRODUÇÃO

O presente trabalho tem como objetivo geral apresentar a articulação das informações obtidas por meio de uma entrevista realizada na Farmácia Popular do Brasil do município de Bebedouro/SP, fundamentada no conteúdo aprendido durante todo o semestre. Ele busca apresentar uma relação do trabalho desenvolvido na organização entrevistada, com o material teórico abordado nas disciplinas de Fundamentos e Teoria Organizacional; Comunicação e Linguagem; Homem, Cultura e Sociedade e Comportamento Organizacional. Basicamente, este trabalho visa mostrar a teoria na prática.

Num primeiro momento, é realizada uma descrição completa da organização, onde são apresentadas informações a respeito de seu nome fantasia e de sua razão social, do ramo de atividade, data de abertura da empresa, como ela surgiu, quantas pessoas compõem o quadro de funcionários, seu porte, seu horário de funcionamento, seu público-alvo e o tipo de produto/serviço que oferece.

Também é abordada a questão da comunicação organizacional, discorrendo sobre como circulam as informações dentro e fora da organização, os canais utilizados, a linguagem utilizada pelos funcionários e como funciona a integração entre os diferentes setores, e a influência que as novas tecnologias exercem sobre essa comunicação.

Com base numa visão social, econômica e cultural, é ressaltada a importância do administrador em analisar as informações dentro deste contexto, para a elaboração de estratégias e tomada de decisões, sendo estas capazes de transformar as informações adquiridas em resultados positivos para a organização.

Por fim, é apresentado um histórico sobre os setores e cargos que compõem a farmácia, servindo como base para a abordagem sobre o clima e elementos da cultura organizacional, onde é fornecida uma visão sobre o comportamento e relacionamento entre os colaboradores da Farmácia.

A importância em abordar os temas propostos está relacionada ao conhecimento das bases que fundamentaram as práticas administrativas, sendo possível entender suas principais contribuições para os dias de hoje, através da análise do funcionamento de uma organização na prática, tendo como objeto desta experiência a Farmácia Popular do Brasil de Bebedouro, nos permitindo por meio desse comparativo contestar as práticas organizacionais.


  1. APRESENTAÇÃO DA ORGANIZAÇÃO

A Farmácia Popular do Brasil, cuja razão social encontra-se em nome de Prefeitura Municipal de Bebedouro, é uma unidade própria do programa do Governo Federal, por intermédio do Ministério da Saúde, que faz parte da Política de Assistência Farmacêutica. Suas ações buscam ampliar o acesso aos medicamentos para as doenças mais comuns entre a população da região, sendo dirigido aos usuários da rede pública e privada de saúde que, muitas vezes, interrompem um tratamento por não possuírem condições para arcar com os custos dos medicamentos. O objetivo é promover o uso racional dos medicamentos através da orientação sobre seu uso e monitoração das reações adversas, entre outras medidas para suporte às ações voltadas à promoção, proteção e recuperação da saúde, tanto individual como coletiva.

A Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ), órgão do Ministério da Saúde, é responsável pelo abastecimento da farmácia e da capacitação dos profissionais, sendo ela também quem operacionaliza o programa, coordena a estruturação da unidade e executa a compra dos medicamentos de laboratórios públicos ou do setor privado, quando necessário.

O acesso aos medicamentos disponíveis na unidade é assegurado mediante a apresentação de receita médica ou odontológica, juntamente com o CPF e documento com foto para identificação do usuário.

Sua inauguração na cidade de Bebedouro/SP ocorreu em 14 de agosto de 2008, tendo nessa época como Presidente da República o Sr. Luiz Inácio Lula da Silva, Ministro da Saúde o Sr. José Gomes Temporão, Prefeito Municipal o Sr. Helio de Almeida Bastos e Diretora Municipal de Saúde a Sra. Maria Francisca Moreira Pires. Quando fundada no município, a Farmácia contava com um quadro de funcionários composto por duas farmacêuticas (trabalhando em horários diferentes, e sendo uma delas gerente), cinco atendentes, um auxiliar de gestão e uma funcionária da higienização, totalizando nove funcionários. Atualmente, esse número foi reduzido para seis funcionárias, sendo: duas farmacêuticas, três atendentes e uma funcionária da higienização que trabalham, respectivamente, na prestação de serviços farmacêuticos, no atendimento e dispensação de medicamentos e, na limpeza do estabelecimento. As funcionárias são concursadas e contratadas pela prefeitura de Bebedouro/SP.

A Farmácia é caracterizada como Microempresa por se enquadrar na categoria de Comércio e Serviços e contar com um quadro de até nove empregados, segundo o critério adotado pelo SEBRAE (Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas) quanto às dimensões da organização e, por ser uma iniciativa do Governo Federal e basear-se na efetivação de parcerias com prefeituras, governos estaduais, órgãos e instituições públicas ou privadas sem fins lucrativos de assistência à saúde, caracteriza-se economicamente como uma organização do terceiro setor.

O horário de funcionamento da Farmácia é de segunda a sexta-feira das 8h às 18h, e aos sábados das 8h às 12h.


  1. ANÁLISE DA EMPRESA

  1. TEORIAS CIENTÍFICAS E ORGANIZAÇÃO RACIONAL DO TRABALHO (ORT) DE TAYLOR

Em 1903, com o surgimento da Teoria Científica, Frederick Winslow Taylor em seus estudos demonstrou uma preocupação em aumentar a eficiência do setor industrial por meio da organização racional do trabalho (ORT). A ênfase da administração organizacional passou então a ser nas tarefas, uma vez que, com o crescimento acelerado do setor industrial da época, as empresas tornaram-se ineficientes por não contarem com uma padronização nos métodos e técnicas de trabalho, onde não havia o conhecimento das rotinas de trabalho por parte da gerência.

Na concepção taylorista, a divisão do trabalho deveria ser acompanhada e supervisionada a fim de estudar e propor soluções para o aprimoramento dos processos operacionais, mantendo um controle sobre as tarefas através de um supervisor destinado para cuidar de cada etapa de trabalho.

Os princípios e técnicas criados por esse movimento procuravam aumentar a eficiência da produção por meio da racionalização do trabalho, onde o objetivo era eliminar movimentos inúteis fazendo com que os trabalhadores executassem suas tarefas de forma mais simples e rápida. A ORT pregava a análise do trabalho operário, o estudo dos tempos e movimentos, a fragmentação das tarefas e a especialização do trabalhador.

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