Trabalho: Gestão Empresarial
Por: scsoliveira • 30/1/2016 • Pesquisas Acadêmicas • 3.848 Palavras (16 Páginas) • 474 Visualizações
INTRODUÇÃO
O foco deste trabalho será a análise do período mais recente da política cambial, após a adoção do regime de câmbio flutuante em conjunto com a adoção do regime de metas.
Iniciarei com a apresentação de uma base teórica sobre os conceitos de taxa de câmbio, sobrevalorização e desvalorização cambial, explicitando o comportamento da taxa de câmbio. Posteriormente, será traçado o relacionamento entre o regime de câmbio flutuante e o regime de metas de inflação, bem como os conceitos e teorias por detrás desse modelo, assim como uma visão critica.
Este trabalho analisará a importância para a ótica das operações financeiras de câmbio. É de grande importância a posição do mercado a respeito do comportamento da taxa de câmbio no mercado futuro, as operações de arbitragem, mercado de derivativos, a posição vendida dos bancos em derivativos cambiais e o impacto das operações.
A taxa de câmbio é um elemento-chave de um projeto de desenvolvimento. Esta constatação é fundamental: além de ser essencial para auxiliar o esforço de crescimento econômico, a administração da taxa de câmbio deve ser aceita como um instrumento que deve compor uma estratégia de desenvolvimento.
Desta forma também analisarei os possíveis impactos futuros para a economia brasileira deste recente movimento que vem ocorrendo com a política cambial, principalmente para a indústria, atentando para as mudanças que deverão ocorrer.
POLÍTICA CAMBIAL, ESTRATÉGIAS, OBJETIVOS
Para formularmos uma análise da política cambial recente no Brasil, primeiramente precisamos discutir os conceitos de câmbio e os possíveis regimes cambiais que podem ser adotados por um país. É necessária uma exposição dos conceitos relativos ao câmbio e tudo o que o envolve. Todas as transações entre residentes e não-residentes de um país são realizada em moeda de referência internacional. Desse modo, há necessidade de um mecanismo pelo qual a moeda doméstica e a estrangeira sejam trocadas entre si.
Podemos citar alguns exemplos, ao qual é necessário fazer a conversão da moeda local para a moeda aceita internacionalmente: os importadores precisam de dólares para realizar suas operações de compra, assim como os exportadores precisam converter os dólares recebidos em moeda doméstica para a realização de operações no mercado nacional. Da mesma forma os turistas estrangeiros necessitam converter sua moeda domestica em moeda local do país no qual estão situados.
Existem dois tipos de taxa cambial seguindo definição de Mankiw (1999):
- Nominal (e) – representa o preço de uma moeda em termos de outra moeda. É definida como o preço, em moeda nacional, de uma unidade de moeda estrangeira, ou ao contrário o preço, em moeda estrangeira, de uma unidade de moeda doméstica.
- Real (E) – representa um ajuste da taxa de câmbio nominal mediante a inclusão das taxas de inflação interna e externa. A inflação interna tende a encarecer os produtos nacionais, tonando-os desvantajosos em relação aos produtos importados. Já a inflação externa tnde a encarecer os produtos importados, tornando os produtos nacionais mais atrativos. Corresponde a:
E = e x P*/P
E= taxa de câmbio real
e= taxa de câmbio nominal
P*= índice de preços do país estrangeiro;
P= índice de preços no mercado nacional.
O gráfico abaixo ilustra a variação da taxa de câmbio nominal Real/Dólar desde a implantação do Real até o mês de maio/2015. Fica evidente a intensa volatilidade que sofre a taxa de câmbio brasileira em curtos espaços de tempo.
Podemos perceber os diferentes períodos de políticas cambiais que foram implementadas no Brasil no período recente. Destaca-se a política de bancas cambiais que vigorou desde a ação do plano Real, com medidas desde meados de 93, em que se nota certa estabilidade, sem grandes flutuações na taxa de câmbio no período.
A partir de janeiro de 1999, houve uma mudança na estratégia de política cambial, devido sobre tudo a uma crise cambial sofrida pelo Brasil, um ataque especulativo do mercado apostando contra a manutenção da taxa administrada, passando assim a política cambial para o regime de câmbio flutuante. Este regime foi instituído no Brasil pelo Comunicado n° 6.565 de 18/01/1999 do Banco Central do Brasil (BCB), mediante o qual a autoridade monetária informou a sociedade que, a partir desta data, “deixaria que o mercado definisse a taxa de câmbio, nos segmentos livre e flutuante, vindo a intervir, ocasionalmente, com o objetivo de conter movimentos desordenados da taxa de câmbio”. O BCB é a instituição responsável pela definição do regime cambial no Brasil, d suas metas e da sua gestão.
Em curto período de tempo, verificou-se uma veloz desvalorização cambial e, a partir de então, grande flutuação desta taxa, atingindo seu ápice em julho de 2002 devido à aproximação das eleições presidenciais naquele ano juntamente com outros fatores econômicos e históricos que iremos salientar em um tópico específico. Em outros países, os objetivos da política cambial, além de explícitos, são mais amplos, incluindo a manutenção / sustentação da competitividade externa, o que exige a perseguição de um patamar não apreciado da taxa de câmbio. Nesse caso, a compatibilidade entre os objetivos da política cambial e monetária exigem, de forma geral, a adoção de técnicas de gestão dos fluxos de capitais.
O processo de desenvolvimento é um processo de check-up, para alcançar um país desenvolvido, ou seja, embaixo do nosso futuro é um país desenvolvido. Temos que trazer a fronteira tecnológica para dentro no nosso país, e o caminho natural é a importação de bens de capital, de tecnologia, portanto o país precisa exportar para crescer e aumentar o PIB, porque se o Brasil só exportar, não se pode ter um déficit, e o câmbio é fundamental para viabilizar este processo exportando cada vez mais.
O câmbio tem um papel fundamental no processo de desenvolvimento, porque a taxa de câmbio vai determinar a exatamente a lucratividade, ex: a taxa de poupança.
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