UNIVERSALISMOS, DESIGUALDADES E DIFERENÇAS SOCIAIS ESTUDO SOBRE MOTORISTAS DE APLICATIVO
Por: Isadora Tojer • 29/9/2019 • Pesquisas Acadêmicas • 11.170 Palavras (45 Páginas) • 205 Visualizações
UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO PAULO
ESCOLA PAULISTA DE POLÍTICA ECONOMIA E NEGÓCIOS - EPPEN
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ANDRÉ FABRI
IAN LARDO
ISADORA TOJER
UNIVERSALISMOS, DESIGUALDADES E DIFERENÇAS SOCIAIS
ESTUDO SOBRE MOTORISTAS DE APLICATIVO
PROFESSOR ORIENTADOR: SALVADOR SCHAVELZON
SÃO PAULO
2019
SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO………………………………………………………………………………….. 03
2. HISTÓRICO DO PRINCIPAL APLICATIVO ESTUDADO…………………………………. 04
3. ENTREVISTAS COM MOTORISTAS DE UBER……………………………………………. 06
4. EXPOSIÇÃO DOS DADOS COLETADOS E AVALIAÇÃO DE PERFIS……………….... 08
5. ANÁLISES INDIVIDUAIS…………………………………………………………………….... 15
5.1: Análise individual por André Fabri………………………………………………………….. 15
5.2: Análise individual por Ian Lardo…………………………………………………………….. 20
5.3: Análise individual por Isadora Tojer……………………………………………………….... 26
6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS…………………………………………………………. 30
7. ANEXOS…………………………………………………………………………………………. 31
Anexo 7.1: Transcrição do roteiro utilizado durante entrevistas realizadas com os motoristas estudados…………………………………………………………………………………………... 31
Anexo 7.2: Transcrição das anotações feitas durante entrevistas realizadas com motoristas de Uber da região de Osasco…………………………………………………………………….. 32
Anexo 7.2.1: Rodrigo………………………………………………………………………………. 32
Anexo 7.2.2: Sérgio………………………………………………………………………………... 32
Anexo 7.2.2: Alexandre……………………………………………………………………………. 33
Anexo 7.2.4: Bruno……………………………………………………………………………….... 33
Anexo 7.2.5: Nilson………………………………………………………………………………… 34
Anexo 7.2.6: Wesley………………………………………………………………………………. 35
Anexo 7.2.7: Edivan……………………………………………………………………………….. 35
Anexo 7.2.8: Mário…………………………………………………………………………………. 36
Anexo 7.3: Transcrição de entrevista gravada durante viagem noturna……………………. 37
Anexo 7.4: Gráficos do formulário de pesquisa………………………………………………... 43
Anexo 7.4.1: Gráficos de gênero e faixa etária dos entrevistados………………………….... 43
Anexo 7.4.2: Tempo de trabalho com aplicativos e quais plataformas são utilizadas……... 44
Anexo 7.4.3: Veículo próprio (quitado ou financiado), alugado ou emprestado; gráfico de escolaridade………………………………………………………………………………………... 45
Anexo 7.4.4: Gráfico de profissões dos entrevistados……………………………………….... 46
Anexo 7.4.5: Breve histórico profissional dos entrevistados (respostas opcionais).............. 46
Anexo 7.4.6: Horas diárias de trabalho e dias da semana em que são realizadas jornadas……………………………………………………………………………………………... 48
Anexo 7.4.7: Opinião dos entrevistados acerca de seus ganhos, reivindicações individuais…………………………………………………………………………………………... 49
- INTRODUÇÃO
Neste trabalho, lançamos um olhar crítico a respeito dos novos arranjos de trabalho estruturados em torno da idéia de empresas-plataforma, central para a compreensão do que representa em perspectivas materialistas o fenômeno denominado de Economia do Compartilhamento.
Por tratar-se de um fenômeno observado em setores muito distintos, desde aluguéis imobiliários de curta duração até o compartilhamento de refeições com estranhos em sua própria casa, optamos por limitar o nosso escopo aos serviços de viagens urbanas (como a Uber) e de entregas de mercadorias (como o Rappi) em que o indivíduo vende a sua força de trabalho através de um aplicativo.
Dessa forma, tomamos como objeto de estudo de nossa pesquisa os trabalhadores que se utilizam dessas empresas-plataforma como fonte de renda, seja ela primária ou complementar a alguma outra atividade. A análise parte dos sintomas de precarização observados e do histórico pessoal e profissional dos indivíduos para compreender a trajetória que os levaram até esta ocupação, quais são as principais questões que consideram problemáticas e como estes compreendem o papel que desempenham neste novo arranjo.
Além de olhar para o trabalhador em si, nossas observações se estenderam também para as empresas, em especial a Uber, que são consideradas gigantes digitais e que baseiam seu modelo de negócio na idéia de empresa-plataforma.
Assim, ao analisarmos de forma conjunta as mudanças nos arranjos de trabalho e nos agentes que participam desses arranjos, em perspectiva também das transformações ocorridas na sociedade especialmente à partir da segunda metade do século XX, fomos capazes de observar, à luz da literatura estudada durante o decorrido semestre, as transformações do capitalismo contemporâneo em nossa região, apontando seus principais sintomas e contradições.
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