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Um papel social indispensável

Por:   •  23/11/2015  •  Trabalho acadêmico  •  801 Palavras (4 Páginas)  •  266 Visualizações

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Um papel social indispensável

Acredito que em alguns momentos de suas vidas, a maioria dos seres humanos deseja ter filhos e que seus filhos cresçam saudáveis, felizes e autoconfiantes. Para aqueles que o conseguem as recompensas são grandes, mas para os que tem filhos e fracassam em ajudá-los a se tornarem saudáveis, felizes e autoconfiantes, as penalidades em termos de ansiedade, frustração, atritos, e talvez, vergonha e culpa, podem ser severas. Mais do que isto – Um cuidado bem sucedido é a chave principal para a saúde mental da geração seguinte.

Cuidar de um bebê ou de uma criança que já engatinha é uma tarefa que toma 24 horas, por sete dias da semana e é uma tarefa preocupante. Dar tempo e atenção ás crianças significa sacrificar outros interesses e atividades. Estudos após estudos incluindo aqueles em Chicago, tendo Grinker (1962) como pioneiro e que foram continuados por Offer (1969), atestaram que adolescentes e adultos saudáveis, felizes e autoconfiantes são produtos de lares estáveis.

Uma abordagem etológica

O comportamento de apego de uma criança é ativado especialmente pela dor, fadiga, qualquer coisa que cause medo, e também por uma mãe, que seja ou pareça ser, inacessível. As condições que põem fim a este comportamento variam de acordo com a intensidade em que ele surgiu. No entanto é evidente que o comportamento de apego não é, de forma alguma, restrito às crianças.

O comportamento de cuidados, como o comportamento de apego, está em alto grau, pré-programado e pronto para se desenvolver ao longo de certas linhas, quando a condições forem favoráveis. Todos os detalhes de comportamento são aprendidos, alguns durante a interação com outros bebês e crianças e muitos através da observação de como outros pais se comportam. O processo começa na infância desse futuro pai, na  forma como seus pais o tratam e a seus irmãos e irmãs. O comportamento de cuidados nos seres humanos não é, certamente, produto de alguns instintos paternais invariáveis, mas também não é correto considerá-lo um mero produto de aprendizagem. O comportamento de cuidados como eu o vejo , tem fortes raízes biológicas, o que especifica que o comportamento toma em cada um de nós é modificada pela nossa experiência – especialmente durante a infância, adolescência, antes e durante o casamento, e com cada criança.

O inicio da interação mãe-filho

Desde o momento em que o bebê nasce, toda a atenção se volta para ele. Tudo que se refira ao bebê tende a chamar a atenção não só da mãe e do pai, mas também de todos os que estiverem presentes. Selhe for permitido, a mãe tende a passar alguns dias olhando, horas e horas, para sua nova “possesão” embalando-o e conhecendo-o. Normalmente chega um momento em que ela sente que o bebê é ela própria. A mãe sensível comum entra rapidamente em sintonia com ritmo natural de seu bebê, por estar atenta aos detalhes de seu comportamento, descobre o que mais lhe agrada e se comporta de modo a satisfazê-lo . Ao fazê-lo ela não somente o torna feliz como, também, obtém sua cooperação. Porque embora inicialmente a capacidade de adaptação de adaptação do bebê seja limitada, não é de todo ausente e se for permitido que ele cresça em seu devido tempo, logo o bebê estará dando recompensas. Mary Ainsworth e seus colegas perceberam que as crianças cujas mães tinham respondido de modo sensível a seus sinais durante o primeiro ano de vida, não apenas choravam menos durante a segunda metade desse ano do que os bebês de mães que deram menos respostas, como, também, desejavam mais atender aos desejos dos pais.

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