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Por:   •  3/5/2015  •  Trabalho acadêmico  •  622 Palavras (3 Páginas)  •  899 Visualizações

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Santa Casa de SP e os problemas de gestão

1. Introdução

O objetivo do presente trabalho é no sentido de analisar teoricamente os problemas de gestão que levaram a Santa Casa de SP a primeiro anunciar um plano de demissões em dezembro de 2014 e em seguida recuar da intenção em janeiro de 2015.

2. Desenvolvimento

Inicio citando matéria pesquisada na net: ”... a Santa Casa de Misericórdia de São Paulo pode ter pago preço até 5.000 vezes superior ao de mercado por medicamentos.
Segundo resultados preliminares de análise da BDO RCS Auditores Independentes, há também superfaturamento em contratos e incongruências na admissão de funcionários.”
Os auditores verificaram a existência de 26 funcionários com salários entre 20.000 e 50.000 reais.
Há denúncia também de pagamento irregular de adicionais de insalubridade e de horas extras entre os problemas detectados na instituição.
Nota-se um claro superfaturamento, resultado de desastrosa administração.
A auditoria apontou também que o complexo tinha 21 trabalhadores por leito, quando a média de outras unidades é de cinco.
O superfaturamento somado a péssima gestão obrigaram a Santa Casa a anunciar um audacioso plano de demissões, que previa a dispensa de 1.100 funcionários, cortando assim 20% dos custos com folha de pagamento, o que na geraria uma economia
 de R$ 4 milhões.
A medida obviamente gerou protestos por parte do corpo funcional, que através de manifestações demonstrou seu claro descontentamento com a medida radical.

Seria uma medida triste para o hospital mais antigo da cidade de São Paulo, aberto no centro em 1884, e que atende gratuitamente cerca de 10 mil pessoas por dia, sendo 1.500 no pronto-socorro.
Eis que “milagrosamente” a Mesa Administradora decidiu recuar e cancelar o plano de demissões anteriormente anunciado como parte da salvação financeira da secular instituição.
O que levou a Mesa a recuar?
Talvez nunca saibamos ao certo, mas a medida certamente agradou o quadro de funcionários e agregou alguma confiança coletiva nos rumos administrativos da instituição.

Talvez a medida tenha sido apenas paliativa, um recuo para novo ataque posterior, já que a instituição não deu garantias de que as demissões não ocorrerão futuramente.
Para a população as 1.100 demissões certamente significariam maior precariedade no atendimento, sufocando ainda mais o sistema de saúde coletivo.
O colapso no atendimento certamente obrigaria o estado a atuar emergencialmente na busca de maior oferta, afetando assim o lado macroeconômico.
A demissão em massa afetaria certamente Estado e Município, sendo que a União também acabaria sendo envolvida, já que milhões via SUS repassados para custeio de parte do atendimento.
Já o lado microeconômico seria afetado severamente diante da quase falência da instituição, o atendimento, que já sofria críticas, passaria a ser praticamente massacrada diariamente pela mídia diante do precário atendimento que certamente prestaria diante da demissão maciça.

No caso da Santa Casa o problema basicamente foi de má gestão, não sendo problema relacionado de forma alguma a qualquer tipo de sistema de informação.
Os desvios ocorreram por culpa de gestão voltada a lesar o patrimônio em benefício próprio.
Obviamente os mecanismos proporcionados por um eficiente sistema de informações são fundamentais, gerando economia, reduzindo desperdícios e aumentando a produtividade da empresa.
Entretanto, volto a frisar, o caso envolvendo a Santa Casa nada tem haver com precariedade no sistema de informação local, mas sim com administração ruim, voltada ao usufruto individual através de superfaturamentos e outras práticas criminosas.

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