Visão estratégica
Por: claitonmartins • 20/9/2015 • Trabalho acadêmico • 1.098 Palavras (5 Páginas) • 250 Visualizações
Segundo a Associação Brasileira de Normas Técnicas,
a manutenção é a combinação de todas as ações técnicas
e administrativas, incluindo as de supervisão, destinadas
a manter ou recolocar um item em estado no qual este
possa desempenhar uma função requerida (NBR 5462,
1994).
No meio industrial, este termo começou a ser utili
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zado com o advento da Revolução Industrial no século
XVIII, onde se originou os meios de produção indus
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trial. Os produtos não tinham controle de qualidade e a
manutenção era tipicamente corretiva, caracterizando-se
pela ausência de técnicas de diagnóstico e de prevenção
da falha. Nesse panorama, não havia necessidade de
manutenção sistematizada, nem raramente era reque
-
rido pessoal especializado para a sua execução (NUNES,
2001). Este período foi chamado por Moubray (2000)
como sendo a primeira geração.
Com o advento da II Guerra Mundial, o nível de
exigência na qualidade dos produtos aumentou. A Guerra
Fria incentivava a indústria bélica a produzir armas,
resultando no aumento acelerado dos diversos ramos da
indústria. As indústrias passaram a depender cada vez
mais das máquinas, que começaram a se multiplicar e se
modificar em tipo, quantidade e complexidade (NUNES,
2001). A tolerância pelo tempo para reparo dos equipa
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mentos era baixa, pois isto poderia provocar um prejuízo
por cada hora de máquina parada. Este cenário foi caracte
-
rizado pela necessidade da prevenção por falhas, surgindo
assim a manutenção preventiva. Esta fase da história foi
chamada por Moubray (2000) de segunda ger
plano de ação, o registro em formulário (manual) das atividades ex
ecutadas pelos grupos de
manutenção. Inicialmente houve resistência, mas a argumentação que o
objetivo era controlar
o processo, e não as pessoas, minimizou esta situação.
Mensalmente, a partir da coleta de dados dos registros, realiz
ou-se a mensuração e
apresentação dos indicadores do processo de manutenção, ao mesmo tempo e
m que se
implementava paralelamente o plano de ação descrito anteriormente
. Nos três meses iniciais,
a disponibilidade apresentou uma sensível melhora, para em torno de 88%, e
cerca de sete
meses após o início do trabalho, os indicadores de disponibilidade de molde
e máquina
injetora já apresentavam valores próximos a meta de 95%. Ao longo des
te período, o
indicador custo do processo manutenção manteve-se estável, porém ainda aci
ma da meta
estabelecida.
Progressivamente, os outros elementos da TPM puderam ser introduzidos, c
omo por exemplo,
alguns conceitos da manutenção autônoma (gestão à vista, pequenos reparos
, entre outros),
ainda que parcialmente, além de grupo de melhoria para redução de
set-up
de molde e
máquina. Assim, quando se finalizava a implementação de dado plano de
ações definidas,
identificava-se, a partir da análise de processo e baseado no TPM, qua
is seriam as novas
potenciais ações de melhoria.
6. Conclusões
Considerando as restrições comumente observadas no âmbito das empresa
s de transformação
de plásticos (que de modo genérico, se assemelham a situação das
pequenas e médias
empresas), a proposta deste trabalho foi de implementar uma sistem
ática de gerenciamento de
processos no contexto da manutenção, a partir da identificação das neces
sidades dos clientes,
alinhado com as metas empresariais e que permitisse um mecani
smo eficiente de controle
para o atingimento destas metas, suportando o gerenciamento da manutenç
ão por meio de
indicadores de desempenho.
Do ponto de vista organizacional, o fato da empresa estudada trabalhar
com um nível de
organização e padronização voltados à qualidade (já era certificada c
om ISO 9001)
contribuiu, tanto para que os resultados fossem sendo alcançados como para
que a sistemática
pudesse rapidamente ser assimilada na cultura do grupo. Além disso, obs
ervou-se que houve
uma maior ênfase motivacional no grupo de manutenção, tanto para auto-ger
enciar o trabalho,
como também um maior auto-reconhecimento dentro da organização para com
este processo
constituido, organizado e planejado.
Um ponto fundamental na implementação da sistemática concerne à
disponibilidade e
acuracidade da base de dados. Neste estudo de caso, a base de dados construída, apesar
de não
ser disponibilizada inicialmente em sistema informatizado, suportou a
análise do processo no
sentido de identificar os gargalos e perdas. A análise da base de
dados permitiu, entre outros,
identificar sobrecargas nos recursos de manutenção e até mesm
o a identificação de atividade
que não agregava valor à manutenção, como as alterações de moldes e
dispositivos requeridos
pela linha de montagem, que consumiam cerca de 22 % dos recursos disponíveis
.
Posteriormente a empresa decidiu investir num planilha eletrônica c
om macros para
automatizar a coleta e análise de dados, desenvolvida internamente.
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