A ANÁLISE DE DESEMPENHO TOPOCEPTIVO NA PERCEPÇÃO
Por: LHAlvim • 10/3/2019 • Pesquisas Acadêmicas • 1.302 Palavras (6 Páginas) • 418 Visualizações
CAPÍTULO 3
A ANÁLISE DE DESEMPENHO TOPOCEPTIVO NA PERCEPÇÃO
As diferentes formas dos lugares envolvidos colocam condições que podem ser distintas para sua percepção. Os lugares possuem desempenhos cognitivos, ou seja, potencialidades que devem ser entendidas pelo indivíduo para que possa agir sobre a realidade e transformá-la.
Tal compreensão pode se dar de maneiras diferentes, por exemplo: o mesmo lugar pode oferecer uma resposta positiva a propostas de conforto ambiental e de maneira negativa à anseios por interação social (como na minha casa q tem bom conforto mas não nos sentimos seguros).
Todas as avaliações do espaço passam por diversos modos de conhecimento e dessa forma explicitam quais as aspirações sociais (O Q JÁ FALEI). Essa definição faz-se necessária para a seleção de atributos à serem considerados, ou seja, a medição das expectativas de acessibilidades entre certas atividades e a caracterização da área de interesses pelas condições oferecidas.
Acredita-se que a configuração dos espaços constitui-se por qualidades que permitem informar àqueles que o frequentam como devem se deslocar conscientemente de um lugar para outro seguindo trajetos. Nesse sentido, o papel dos aspectos topoceptivos é básico, ou seja, fundamenta-se na orientação, identificação no espaço em que os indivíduos entram em contato com o mundo a que pertencem no movimento de aprendizagem continua.
A leitura dos lugares permite o desenvolvimento de suas utilizações e realização das diversas práticas sociais. As atividades cognitivas têm funções de socialização, o que as tornam responsáveis, diretas pela orientação no espaço e identificação dos lugares.
Existem pré-requisitos subjetivos e ambientais para que se dê a percepção dos lugares, tais como o modo de locomoção e posicionamento adequados, ou seja, a iluminação propicia p tal lugar é tal.
Portanto, o comportamento do espaço da cidade rege-se pelas condições da informação que sua forma nos oferece, tanto em qualidade quanto em quantidade. Oferecendo níveis de estímulos distintos.
Entende-se por estímulo a capacidade de inovação trazida pelo meio ambiente culturalmente variável.
O estudo das possibilidades morfológicas trata de buscar as características dos fenômenos abordados em função de sua explicação e verificação de comportamento sob as variáveis condições.
Os procedimentos de análise topoceptivas derivam das diferenças morfológicas entre as informações dos diversos níveis de conhecimento, através de duas modalidades de apreensão: a sensorial e a realizada sobre informações elaboradas. Esse dois modos correspondem aos momentos de aproximação da cidade.
A percepção do espaço apoia-se na quantidade e qualidade das informações visuais transmitidas analisadas pelos seguintes pontos:
a) definição da análise morfológica dos lugares
b) definição de sistema de avaliação topoceptiva da forma dos lugares
c) definição dos relacionamentos entre os diferentes níveis de representação dos lugares
SISTEMA DE CARACTERIZAÇÃO MORFOLÓGICA (P. 74)
Tem como objetivo apresentar e revelar os atributos morfológicos dos lugares importantes para a avaliação do desempenho visualmente informativo. A caracterização morfológica abriga um conjunto de atividades composta por características fundamentais de seus elementos e das relações entre eles.
TÉCNICAS DE CARACTERIZAÇÃO MORFOLÓGICA NA PERCEPÇÃO
Essas técnicas são relativamentes recentes, onde se predomina experiências em recintos fechados e com grupos sociais homogêneos.
Os estudos das possibilidades de revelar informação pela forma dos lugares à percepção são menos numerosos e pouco explícitos, como nas obras de Cullen, Appleyard, Carr, entre outros.
As técnicas possuem caráter hipotéticos e representam estágio de desenvolvimento por confirmações atingido até o momento.
Os atributos da percepção devem reger os procedimentos de sua análise e podem ser qualificados por intermédio das ideias de movimento, seleção e transformação.
A qualidade de movimento na percepção dos lugares deve-se à natureza ativa desse nível de conhecimento.
A percepção impõe limites à captura de características das formas: depende do ponto de localização da vista do observador e da amplitude do cone visual humano, que é condicionado pela posição frontal dos olhos, seu tamanho e proporções. Por isso, a cena captada é chamada de perspectiva cônica.
Por outro lado, a apreensão dos atributos visuais dos lugares exige que se associe uma série de cenas percebidas resultantes de movimentos dos olhos, cabeça e/ou corpo do observador. Tem-se, assim, uma sequencia de cenas que se mostra ao observador com menos limitações do que quando ele está imóvel. Portanto, a percepção dos lugares dá-se por meio do deslocamento do corpo do observador no espaço e sua análise é a síntese entre espaço e tempo.
Esse processo se sujeita as circunstancias de funcionamento do aparelho visual, sistema nervoso centra, do seu movimento e das condições de iluminação ambiental. Mas, além disso, também depende da quantidade e qualidade de informação contida nas formas, e esse nível não pode ser alto demais nem muito baixo.
O observador só capta as cenas que possuem estímulo visual suficiente.
A transformação de informações na percepção decorre da própria definição do mecanismo cognitivo e realiza a passagem de dois códigos de representação do espaço: um composto de signos
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