A ARTE DO SANTUÁRIO DE CONGONHAS
Por: Alyne Bell • 10/6/2016 • Seminário • 531 Palavras (3 Páginas) • 583 Visualizações
A ARTE DO SANTUÁRIO DE CONGONHAS
A igreja, O adro, Os passos
O Santuário de Bom Jesus de Matozinhos é um conjunto arquitetônico que consiste em uma igreja, com interior em estilo rococó, adro murado e uma escadaria externa monumental decorada com estátuas de 12 profetas em pedra sabão e seis capelas, dispostas lado a lado no aclive frontal ao templo, denominadas de Passos, ilustrando a Via Crucis de Jesus Cristo.
As 66 esculturas de madeira policromada em tamanho natural, abrigadas nas seis capelas que reúnem os sete grupos de Passos da Paixão de Cristo, compõem um dos mais completos grupos escultóricos de imagens sacras no mundo, sendo, sem dúvida, uma das obras-primas do gênio criativo de Francisco Antônio Lisboa, o Aleijadinho, que deixou para a humanidade uma obra de grande expressão e originalidade.
[pic 1]
Congonhas do Campo era conhecida como a meta das romarias inspiradas pela devoção do Senhor Bom Jesus de Matozinhos e também pela presença em seu santuário dos doze profetas esculpidos em pedra pelo Aleijadinho.
[pic 2]
(São os profetas a maior obra escultória, em pedra, do Aleijadinho.)
O santuário é resultado da devoção de um português chamado Feliciano mendes, que fez uma promessa para livrar se de uma doença. Devoto de Bom Jesus dos Matozinhos , passou boa parte de sua vida coletando esmolas para construir a igreja e as capelas.
A obra começa em 1757, mas Mendes morre em 1765, antes que fosse concluída.
João Nepomuceno Correia e Castro, Jerônimo Félix, Bernardo Pires da Silva, João de Carvalhais e Francisco Vieira juntaram-se a francisco de Lima, que em 1773 dava por concluída a Capela de Congonhas. Esses nomes representam a elite da arte em Minas.
Nas obras complementares do adro e dos “passos” trabalharam Antônio Francisco Lisboa, Manuel da Costa Ataíde e Francisco Xavier Carneiro, tornando a obra patrimônio Artístico de Congonhas do Campo.
Por ser conhecida e muito visitada, teve sua arte temporariamente ocultada. As multidões das romarias, pelo simples aglomerado, impunham uma constante necessidade de limpeza e ordem, que em sua realização rotineira negligenciou o aspecto artístico.
Esse desgaste causou uma serie de desfiguramentos e ocultações que mais tarde chegaram a confundir e desanimar pesquisadores e críticos. Os profetas do adro, cuja matéria não favoreceu limpezas e retoques e cuja fama permaneceu constante, contribuíam para uma nota alta no conjunto do santuário.
A igreja arquitetonicamente era vista como pobre em ambientação interior e submetida ao linearismo estático das antigas capelas. Seu interior revelava um conjunto discreto e regrado.
O esplendor artístico da igreja continuava existindo, mas se tornou invisível. E para recuperá-lo, a Diretória do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional, iniciou uma ampla restauração.
A harmonia foi restabelecida, em conjunto da entonação das partes construtivas que, embora nascidas de mãos diferentes, foram criadas em razão de um todo variado, porem congruente. Hoje em dia, ao entrar no Santuário do Senhor Bom Jesus de Matozinhos, não mais sentira o contraste entre a decoração da fachada e um interior pouco expressivo.
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