A Arquitetura brasileira iria conduzir o país à modernidade
Por: ruyhsjr • 13/5/2015 • Pesquisas Acadêmicas • 561 Palavras (3 Páginas) • 458 Visualizações
5 A arquitetura brasileira iria conduzir o país à modernidade.
O movimento modernista no Brasil gerou planos para algumas cidades, sendo a mais importante Brasília. A oportunidade de criar a cidade foi decisiva para consolidar a imagem internação da arquitetura brasileira. Tudo se passa como se o planejamento urbano passasse em uma linha paralela ao desenvolvimento da arquitetura moderna.
A arquitetura brasileira formou uma ideal juntamente como projeto de superação do subdesenvolvimento do país. Ela tinha pretensão sobre a proposta de intelectuais que realizaria a redenção do atraso que vivia o povo brasileiro.
6 Aparato regulatório exagerado convive com radical flexibilidade
As cidades brasileiras crescem de modo predatório não por falta de planos, pois há um amplo instrumento regulatório normatizando a produção do espaço urbano. Rigorosas leis de zoneamento, legislações de parcelamento do solo, detalhados códigos de edificações são formulados por corporações profissionais que desconsideram a condição de ilegalidade em que vive grande parte da população em relação a moradia e à ocupação de terra.
A ilegalidade na provisão de grande parte das moradias urbanas é funcional para a manutenção do baixo custo de reprodução da forma de trabalho, como também para um mercado imobiliário especulativo.
As discussões relacionadas a postura urbanística ignoram o abismo existente entre a lei e gestão e também a aplicação da lei que é aparato de poder arbitrário.
10 Que fazer ?
É notório que não é possível reverter o rumo do crescimento das cidades sem reverter os rumos das relações sociais.
A produção e apropriação do espaço urbano não só reflete as desigualdades e as contradições sociais, como também as reafirma e reproduz. E através desse reflexo e reprodução o ambiente construído não existe independente das relações sociais e essas imagens cumprem uma função ideológica de abafar o conflito.
O quadro macroeconômico determina grande parte, a produção e apropriação do ambiente construído. Assim é definida a capacidade de investimento dos governos municipais, dada pelo nível do crescimento econômico e pelas regras de distribuição da arrecadação pelas diversas modalidades de investimento.
A recessão e o desemprego trazidos pela reestruturação produtiva e pela inspiração do Consenso de Washington, seguido a risca pelo governo brasileiro, são dados de conjuntura que impactam as cidades.
O nível do emprego, distribuição da renda, a extensão das políticas sociais, a amplitude do mercado imobiliário residencial, são todas variáveis dependentes da política econômica praticada em nível nacional e internacional.
Há muito que fazer para melhorar em matéria de política urbana, mas inicialmente basta contribuir para a busca de um novo paradigma de planejamento e gestão urbanos, apontando algumas condições que possam auxiliar para a mudança de percurso.
É necessário evitar a importação de idéias desvinculadas da forma contraditória, desigual e predatória ao meio ambiente, com que evoluem as cidades brasileiras.
O planejamento modernista garantiu boa qualidade de vida a uma parte da população das cidades, ou seja, a parte de rendas médias e altas. Uma relação entre o conhecimento teórico e a realidade empírica do universo urbano, social e institucional brasileiro se impõe para definir técnicas, programas e instrumento que possam constituir uma ação de resistência a exclusão.
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