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PÓS-BRASILIA RUMOS DA ARQUITETURA BRASILEIRA SÃO PAULA PERSPECTIVA

Por:   •  13/5/2016  •  Resenha  •  1.331 Palavras (6 Páginas)  •  660 Visualizações

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Ministério da Educação

Universidade Federal do Paraná

Curso de Arquitetura e Urbanismo

FICHA DE LEITURA n° 01

DISCIPLINA: Arquitetura Brasileira

ALUNO (A): Juliana Regina Esteves Marcante

PROFESSOR: Juliana Suzuki

DATA: 13/11/2014

REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA: (norma da ABNT)

BASTOS, M. A. J. PÓS-BRASILIA RUMOS DA ARQUITETURA BRASILEIRA SÃO PAULA PERSPECTIVA, 2003

  1. ARGUMENTO PRINCIPAL: (ideia central do texto)

O texto consiste em descrever grandes obras que são características da arquitetura paulista como o Edifico Sede da Petrobras no Rio de Janeiro, trazendo grandes nomes como o Arquiteto Artigas, como também o contexto do brutalismo paulista.

  1. FICHAMENTO: (síntese do conteúdo do texto)

O brutalismo paulista foi considerado um movimento contemporâneos a Brasília, pois suas primeiras manifestações são de meados da década de 1950, e o universo cultural do qual participava, era o Brasil anterior ao regime militar, assim, embora tenha se estendido pelos anos de 1960, com alguns edifícios fundamentais sendo concluídos já no final da década, como o edifício da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo na cidade Universitária, é um movimento simultâneo e não posterior a Brasília.

A possibilidade de desenvolvimento de uma expressão paulista, foi diretamente ligada ao incentivo governamental. Esse incentivo se deu a partir da eleição de Carvalho Pinto, que preparou um plano de ação coordenado por Plinio Arruda Sampaio. Procurou implantar projetos usando os arquitetos paulistas.

A figura central na definição dessa arquitetura foi Vilanova Artigas.

Antes de conseguir dar forma algumas idéias, Artigas tivera um período de inatividade, na primeira metade da década de 1950, resultado da crise pessoal a que chegou pela incapacidade de conciliar suas convicções arquitetônicas com o realismo socialista defendido pelo Partido Comunista.

A residência Baeta, de 1956, foi uma tentativa de dar uma resposta pessoal a busca de uma arquitetura moderna, internacional brasileira.

O brutalismo para Artigas, foi uma conseqüência de seus embates políticos.

Ruth Verde Zein, apontou algumas das características da construção: bloco único, arquitetura que pousa, a procura do chão,, exploração do concreto, laje nervurada, do desenho do pilar. O concreto aparente foi um material fundamental na definição da expressão arquitetônica paulista.

Artigas sempre usou o concreto como uma expressão contemporânea da técnica construtiva brasileira, uma linguagem mais construtivista.

Essas características construtivas fizeram com que aquela arquitetura fosse classificada como brutalista, clamaram contra a impropriedade do termo, demonstrando um sentimento anticentrista.

Temos como discípulos de Artigas na definição do brutalismo paulista: Joaquim Guedes, Carlos Millan, Paulo Mendes da Rocha e João Eduardo de Gennaro alem de Sergio Ferro, Rodrigo Lefevre e Flavio Império.

O trabalho de Joaquim Guedes o mais ligado ao de Artigas, pela preocupação com o equilíbrio nos contrates.

O caminho de Paulos Mendes da Rocha é mais complexo, ressalta o interesse dos edifícios residenciais, especialmente da residência do arquiteto.

Sergio Ferro em 1986 defendeu que os seguidores de Artigas se dividem em dois movimentos.

Uma corrente seguiu  Artigas no lado formal, na organização de plantas, no espaço, no uso do concreto e foi refinado. E o outro grupo seguiu o Artigas na critica política e ética que ele fazia da arquitetura.

A renovação do Artigas foi mostrar que na arquitetura há uma enorme dimensão política que todo mundo esquece. Afirmação que é testemunho da enorme carga ideológica e política com que sua obra estava impregnada, acarretando uma visão parcial da arquitetura, mesmo tantos anos transcorridos entre o manifesto critico.

Jogo de luz indireta, arquitetura voltada para si, essa característica introspectiva marca a relação da arquitetura paulista em concreto com a cidade. Essa arquitetura recupera elementos da vanguarda, parte do pressuposto de uma arquitetura como proposta de mudança social por meio do desenho. O primeiro a apontar a crise desta arquitetura em função da mudança no cenário sóciopolítico do país foi Sergio Ferro.

O Pavilhão de Osaka, quando foi concebido, já no final da década de 1960, se colocava na continuidade da vanguarda paulista, e o discurso que o acompanhou estava inserido no mesmo ideário que nutriu aquele movimento.

Para alguns o projeto -para o pavilhão brasileiro da feira Internacional de Osaka em 1970 reúne os princípios da arquitetura de São Paulo no período. Para outros  ele reflete o discurso ideológico dominante na arquitetura moderna brasileira na época, brasileira na época, de valorização dos espaços coletivos.

O edifício por sua vez, se presta a esse discurso ideológico próprio da arquitetura paulista, herdeira das formulações de Artigas: o despojamento e o grande vão simbólico da integração social, virtuosismo no emprego da tecnologia, mostrando o compromisso da arquitetura com o desenvolvimento tecnológico e conseqüente emancipação tecnológica e cultural do país.

É possível fazer uma associação formal entre o Pavilhão de Osaka e a Garagem de Barcos do Santa Paula Iate Clube 1961, de Vilanova Artigas, que consiste numa cobertura auto-portante simples pouca da sobre juntas metálicas, com total continuidade espacial, os locais destinadas a funções distintas são separados por diferenças de nível e muretas.

Os anos de ditadura militar no Brasil vieram reforçar um isolamento da arquitetura brasileira em relação ao cenário internacional de arquitetura. Esse isolamento teve uma origem ideológica, quando a arquitetura paulista de concreto, desenvolvida a partir dos anos de 10950-1960, em nome da emancipação cultural e soberania nacional, havia se isolado deliberadamente.

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