ARQUITETURA BRASILEIRA MODERNISMO
Por: bielimavieira • 15/8/2015 • Projeto de pesquisa • 4.344 Palavras (18 Páginas) • 495 Visualizações
FACULDADE BARÃO DO RIO BRANCO
ARQUITETURA E URBANISMO
ARQUITETURA BRASILEIRA
MODERNISMO
ANDRESSA SOUSA COLLYER NEVES
HEITOR DA SILVA PEREIRA JR
JANAIRA NOGUEIRA
LUCIANA OLIVEIRA BRITO
FERNANDO ARAÚJO VILAS BOAS
WEBER JUNIOR ARAUJO
RIO BRANCO-2014
JORGE SILVEIRA
MODERNISMO
Trabalho apresentado há disciplina Arquitetura Brasileira, sobre orientação do Professor Jorge Silveira.
RIO BRANCO-2014
SUMÁRIO
- INTRODUÇÃO ................................................................................................ 4
- SEMANA DE ARTE MODERNA ..................................................................... 7
- ARTE DECO NO BRASIL ............................................................................... 9
- PILOTIS ......................................................................................................... 14
- TERRAÇO JARDIM ....................................................................................... 15
- ARQUITETURA MODERNA – SÃO PAULO ................................................. 17
- ARQUITETURA MODERNA – RIO DE JANEIRO ......................................... 18
- CONCLUSÃO ................................................................................................ 20
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS .................................................................... 21
- INTRODUÇÃO
O Modernismo foi um movimento artístico e cultural iniciado na Europa, entre 1920 e 1970, que se difundiu no Brasil a partir da primeira década do século XX. Foi um movimento cultural global que envolvia vários aspectos: sociais, tecnológicos, econômicos e artísticos.
A partir de 1920, o desenvolvimento do modernismo em todas as expressões artísticas brasileiras ficou ligado à busca de um projeto nacional; qualquer crítica a este projeto era encarada como uma traição à pátria. A censura e o medo das perseguições puseram fim a crítica, e muitos arquitetos alinhados com a esquerda foram exilados ou forçados a parar de trabalhar.
A Semana de Arte Moderna em São Paulo, realizada em 1922, deu início a uma nova fase estética. O movimento deu início a uma nova fase estética na qual ocorreu a integração de tendências que já vinham surgindo, fundamentadas na valorização da realidade nacional, abandonando as tradições que vinham sendo seguidas, tanto na literatura quanto nas artes.
O início dos anos 30 foi marcado pelo conflito entre o neo-colonial, estilo dominante na arquitetura brasileira na época e o Modernismo, que começava a ganhar espaço. O Estado teve papel importante no processo de afirmação do Modernismo brasileiro, como patrocinador de obras que buscaram o Modernismo como símbolo de modernidade e progresso.
As primeiras obras Modernistas surgiram quando se iniciava o processo de industrialização. Apesar de arquitetos brasileiros, como Lucio Costa e Oscar Niemeyer terem tornado este estilo conhecido e aceito, o Modernismo foi introduzido no Brasil pela atuação e influência de arquitetos estrangeiros adeptos do movimento. O arquiteto russo Gregori Warchavchik projetou a “Casa Modernista” (1929-1930), a primeira casa em estilo Moderno construída em São Paulo.
A difusão dos princípios Modernos no Brasil iniciou-se quando os arquitetos que haviam saído da Faculdade começaram a se aprofundar e estudar obras de arquitetos estrangeiros racionalistas, como os alemães Mies Van der Rohe e Walter Gropius.Porém. Quem mais influenciou na formação do pensamento Modernista entre os arquitetos brasileiros, foi o arquiteto franco-suíço Le Corbusier. Suas ideias inovadoras influenciaram Movimento Moderno no Brasil diretamente, sendo a fonte de inspiração para principais nomes da arquitetura Moderna brasileira.
Os arquitetos Modernistas buscavam o racionalismo e funcionalismo em seus projetos, apresentando formas geométricas definidas, sem ornamentos; separação entre estrutura e vedação; uso de pilotis a fim de liberar o espaço sob o edifício; panos de vidro contínuos nas fachadas ao invés de janelas tradicionais; integração da arquitetura com o entorno pelo paisagismo, e com as outras artes plásticas através do emprego de painéis de azulejo decorados, murais e esculturas.
Em 1936, no governo Getúlio Vargas, liderados por Lúcio Costa, uma equipe de arquitetos formada por Oscar Niemeyer, Affonso Eduardo Reidy, Carlos Leão, Jorge Moreira e Ernani Vasconcelos, realizou o projeto da primeira obra moderna de repercussão nacional, o prédio do Ministério da Educação e Saúde, no Rio de Janeiro. O projeto foi orientado pelo próprio Le Corbusier que veio ao Brasil a convite do então Ministro da Educação e Saúde, Gustavo Capanema. Concebido de acordo com os fundamentos modernistas, o edifício tornou-se um marco para a arquitetura brasileira, representando a ruptura com as formas arquitetônicas ornamentadas com motivos historicistas e simbólicos que eram usadas na época. O edifício compõe-se de um volume em altura sobre pilotis e outro mais baixo e perpendicular ao primeiro. Suas fachadas são de acordo com a incidência solar, utilizando-se brise. No seu interior a planta é sem paredes fixas, o que permite liberdade de uso. Foram utilizadas divisórias de madeira que não chegam até o teto, possibilitando ventilação cruzada. Alguns locais receberam azulejos e murais do pintor Candido Portinari, artista de destaque no Movimento Moderno brasileiro. A imagem de modernidade e progresso que o prédio do Ministério representava estava também vinculada aos ideais de inovação pretendidos pelo Estado Novo – regime político autoritário que vigorou até 1945.
...