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A CIDADE INDUSTRIAL DE TONY GARNIER

Por:   •  27/3/2019  •  Artigo  •  3.025 Palavras (13 Páginas)  •  731 Visualizações

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A CIDADE INDUSTRIAL DE TONY GARNIER

Paloma Bello

Victor Thosi da Silva

Thais de Oliveira Gomes

Thamyris da Silva Pessôa

Seropédica

Junho/2016

PALOMA BELLO

VICTOR THOSI DA SILVA

THAIS DE OLIVEIRA GOMES

THAMYRIS DA SILVA PESSÔA

A CIDADE INDUSTRIAL DE TONY GARNIER

Trabalho apresentado à disciplina IT 815 – Teoria e História da Arte e Arquitetura III, no curso de Arquitetura e Urbanismo da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro.

Orientador: Prof. Dr. Julio Cesar Ribeiro Sampaio

Seropédica

Junho/2016

RESUMO

Tony Garnier foi um arquiteto de grande destaque do início do século XX que contribuiu, com a arquitetura e o urbanismo moderno por meio de seu principal projeto, que não foi executado, a Cidade Industrial. Esse plano foi pensado em uma setorização de acordo com as funções urbanas, tendo vários eixos viários que ligavam os diferentes núcleos, passeios públicos que permitiam a circulação das pessoas independente das ruas e construções de formas simples usando materiais como vidro, ferro e concreto armado. Além disso, Garnier também teve obras que foram construídas, principalmente na cidade de Lyon na França, como: o Matadouro de La Manche, o bairro Etats-Unis, entre outros, que demonstram a inovação de suas obras e a preocupação com as mudanças decorrentes no período.

PALAVRAS-CHAVE: Tony Garnier. Cidade Industrial. Planejamento Urbano. Arquitetura.


SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO        05

2 CONTEXTO HISTÓRICO         05

3 TONY GARNIER – VIDA E OBRA         06

4 CIDADE INDUSTRIAL:        08

4.1 Aspectos Urbanos        09

4.2 Aspectos Arquitetônicos e Construtivos        12

5 CONCLUSÃO        14

REFERÊNCIAS        15

INTRODUÇÃO

A Revolução Industrial acarretou diversas mudanças na Europa, principalmente relacionado às novas técnicas construtivas e na composição urbanística. O aumento demográfico que as grandes capitais Europeias ocasionaram diversos problemas devido ao crescimento sem planejamento, a desenfreada especulação imobiliária e fábricas poluentes, resultando em condições sanitárias e habitacionais precárias. Devido a isso novas soluções urbanísticas se surgem a fim de solucionar essas questões.

A proposta da cidade industrial de Tony Garnier surge entre o final do século XIX e início do século XX devido aos variados transtornos urbanísticos que se manifestaram com esse crescimento populacional nos centros urbanos, que ocorre concomitantemente a Segunda Revolução Industrial na Europa (1850-1945), também conhecida como revolução tecno-cientifica.

2 – CONTEXTO HISTÓRICO

O final do século XIX e início do século XX  foi um período de grandes avanços tecnológicos, como a invenção dos novos meios de comunicação, novos meios de transportes, a invenção da lâmpada incandescente, o desenvolvimento na produção de energia, o uso do aço como matéria prima para construção das máquinas, entre outros. A evolução durante a segunda revolução industrial não foram somente no campo tecnológico, mas também científicos. As indústrias química e farmacêutica tiveram grandes melhorias. Com o avanço das técnicas farmacêuticas e cirúrgicas a expectativa de vida da população aumentou, auxiliando, desta maneira o crescimento das indústrias, uma vez que a procura por mão de obra nas fábricas aumentava.

Simultaneamente a Segunda Revolução Industrial, a Europa passava pelo período da Belle Époque, expressão que surgiu após a primeira guerra mundial para designar uma época de expansão e progresso. Por ser um estado de espírito, esse período não é definido, mas estima-se que durou de 1880 até o início da primeira guerra mundial em 1914. Algumas características desse momento foram o estilo de vida boêmio e o otimismo, sendo Paris conhecida como polo mundial da Belle Époque.

Nesse período se desenvolve o Art Noveau e o impressionismo, enriquecendo o cenário cultural, que se ampliava para além de Paris. A multiplicação das livrarias, centros culturais, salas de concertos, entre outros equipamentos culturais tinham como referência a cultura parisiense, e com o desenvolvimento dos meios tecnológicos de comunicação e a ausência de guerras no território Europeu, aliados ao crescimento urbano e a diminuição das jornadas de trabalho, torna mais próximo o entretenimento da população. 

Logo, o período que compreende a segunda revolução industrial e a Belle Époque foi de grandes avanços, sendo grande parte tecnológicos, principalmente, nos meios de comunicação da época como, por exemplo, o telefone, que é usado até os dias atuais, estando cada vez mais acessível por todo público. O Art Noveau e o Impressionismo são características marcantes no campo artístico, abrangendo o uso dos equipamentos culturais na sociedade.

3 – TONY GARNIER

Tony Garnier (Figura 1) foi um dos principais precursores do Movimento Moderno na França, utilizando o concreto armado aparente e sem adaptá-lo aos estilos antigos. Nascido em 1869, em Lyon, Garnier era filho de artesãos e foi criado em um bairro de operários radicais, onde trabalhou desde jovem com o manuseio de seda. Ele optou por não seguir a mesma carreira profissional de seus pais, e em 1883 ingressou na Escola de Belas Artes, em Lyon, onde foi aluno de Paul Blondel, um simpatizante das ideias do socialismo, e permaneceu até 1886. Em 1889 ingressou na Escola de Belas Artes de Paris. Em 1901, apresentou o plano da cidade industrial, construída basicamente de concreto armado, ferro e vidro, seu projeto foi escandalizado e recusado. Dois anos mais tarde, Garnier ganha o Grande Prêmio de Roma com um projeto para a reconstrução completa da cidade de Túsculo (BENEVOLO, 1976, p. 330), mas não abandonou seu projeto que foi rejeitado anos antes. [pic 1][pic 2]

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