CIDADES NA REVOLUÇÃO INDUSTRIAL
Por: MILLENA KAUANA ALMEIDA • 24/5/2018 • Resenha • 636 Palavras (3 Páginas) • 295 Visualizações
Depois da metade do século XVIII a revolução industrial foi colocada entre as passagens fundamentais da história humana afetando o ambiente construído. O aumento da população, dos bens e dos serviços produzidos pela agricultura, pela indústria e pelas atividades terciárias produzem uma redistribuição dos habitantes no território. Os camponeses se tornam assalariados ou operários da indústria e se transferem para proximidades dos cursos de água e depois após a invenção da máquina a vapor.
O desenvolvimento dos meios de comunicação, a criação das estradas de pedágios, os canais navegáveis, as estradas de ferro, os navios a vapor, tudo isso permite uma mobilidade muito maior, porém as cidades industriais acabam se deparando com as dificuldades de organização devido ao seu rápido crescimento. Este crescimento rápido e consequentemente desordenado das cidades fez com que as classes abastadas abandonassem gradualmente o centro e se estabelecessem na periferia e suas velhas casas se tornam casebres onde os
pobres e imigrantes se amontoam. A periferia não é um trecho da cidade já
formado como as ampliações medievais ou barrocas, mais um território livre
onde se somam um grande número de iniciativas independentes. As várias
classes sociais tendem a se estabelecer em bairros diversos – ricos, médios,
pobres - e as famílias tendem a viver mais isoladas. Os ricos e médios
burgueses tem casas mais isoladas – vilas ou vilazinhas – os pobres têm
habitações menos isoladas, casas em fileira ou moradas sobrepostas em
edifícios de muitos andares. A qualidade da moradia mais pobre pode piorar
até o limite suportável pelos trabalhadores mal pagos, ou seja, faltam
regulamentos para organização dessas construções. Aí surgem os grupos
especuladores que se encarregam de construir casas (poucas por vez) ou
grandes conjuntos com o propósito de obter o lucro máximo, onde os
trabalhadores operários utilizam parte de seu pequeno salário para pagar
aluguel em casas apertadas e construídas com matérias de qualidade inferior e
a consequente aglomeração provoca transtornos como esgoto correndo
descobertos, acúmulo de imundícies, e nesses mesmos espaços circulam
pessoas, veículos, animais e onde também as crianças brincam além das
casas serem também perturbadas com a fumaça e os ruídos das fábricas. Este
ambiente desordenado e inabitável é o que chamamos de cidade liberal fruto
de uma superposição de várias iniciativas públicas e particulares, revelando
uma insuficiente condição de desenvolvimento para regular as transformações
de construção e urbanismo produzidas pelo desenvolvimento econômico.
Por volta de 1830, o cólera vindo da Ásia se espalhou pela Europa e as
grandes cidades obrigam seus governantes a corrigir ao menos os defeitos
higiênicos se chocando com
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