A Carta de Atenas
Por: Vivianne Freitas • 3/4/2023 • Resenha • 767 Palavras (4 Páginas) • 82 Visualizações
A Carta de Atenas, escrita em 1933, é o registro das observações levantadas durante o IV Congresso Internacional de Arquitetura Moderna (CIAM). Durante o Congresso, foram analisadas 33 (trinta e três) cidades, nas quais foram encontrados pontos preocupantes em relação à arquitetura, o desenvolvimento urbanístico e os impactos do crescimento urbano e populacional.
A Carta é dividida em 3 (três) partes: Primeira Parte – Generalidades; Segunda Parte – Estado Atual Crítico das Cidades; e, Terceira Parte – Conclusões.
A primeira parte trata, principalmente, das origens das cidades e seu desenvolvimento inicial. Evidencia-se, logo ao início, que a cidade (ambiente urbano) raramente corresponde à repartição geográfica demarcada (município). O que se originou a partir de um aglomerado de pessoas, uniu-se a outros aglomerados, dando origem às cidades.
Sendo que a forma assumida por tais cidades dependia do motivo de seu surgimento e local onde foi estabelecida. A região (espaço geográfico) exerce influência na situação econômica da cidade, em decorrência dos recursos que podem ser encontrados e utilizados.
A evolução do tempo e as alterações e avanços conquistados pela humanidade exercem influência no desenvolvimento das cidades. Como a era do maquinismo, causando o êxodo rural e o aumento da população urbana. O aumento da população urbana causou uma superlotação que iniciou o desequilíbrio do desenvolvimento das cidades.
A partir desse momento, passa-se à segunda parte, descrevendo aspectos em desequilíbrio nas cidades que foram analisadas: habitações, lazer, trabalho, circulação e patrimônio histórico das cidades.
O primeiro destaque feito com relação à habitação e, como destacado ao final da primeira parte, a superlotação. O número de habitantes por hectare excede o suportado à época. Vale salientar que, a capacidade de habitantes por hectare varia em cada período histórico, de acordo com os materiais e evoluções tecnológicas disponíveis. O que influencia de maneira direta os tipos, níveis e altura das construções que poderiam ser implementadas.
A densidade populacional aumentou ainda mais com a expansão industrial do século XIX, o que fez surgir os cortiços. Locais desprovidos de espaço, iluminação, saneamento adequados e com construções precárias.
A partir de então, foram sendo acrescentadas mais e mais moradias ao redor das já existentes, dando fim à vegetação que permeava tais espaços. A diminuição dos espaços verdes aumentou a já crescente poluição, e degradando ainda mais a saúde do ambiente e populacional.
A divisão de terrenos e espaços nas cidades totalmente desproporcional, sendo que, enquanto alguns possuem espaços livres e abertos, com zoneamento e com a correta exposição ao sol, outros ficam entregues ao venenos da fuligem e gases expelidos pelas empresas, amontoados em espaços diminutos e distante dos locais tidos como extensões das habitações, tais como: escolas, creches, hospital, entre outros.
É dever do arquiteto realizar o planejamento urbano de forma que todas as habitações possam ser atingidas pela luz solar, mesmo nos dias com menor incidência de raios solares. Bem como, para que a distância entre as habitações e suas extensões não seja demasiada e a distribuição seja de forma equilibrada.
Quanto ao lazer, retoma-se
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