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A Carta de Veneza

Por:   •  19/6/2017  •  Trabalho acadêmico  •  780 Palavras (4 Páginas)  •  386 Visualizações

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O QUE PRESERVAR ?

A preservação tão discutida pelo autor busca valorizar e compreender a origem de

uma identidade que veio se perdendo em um longo processo de degradação dado

pela falta de importância e valorização dos bens de Patrimônio Histórico. O autor

cita as principais características da cultura brasileira e sua importância que são

encontradas em cada detalhe que por fim formam a face de um povo. Ele também

busca relatar os principais equivocos acontecidos, sejam eles pela população que

por não entender a importância daquele objeto ou "artefato" ou até do próprio

governo por não saber valorizar um bem tão precioso. No Brasil a preocupação

do governo em preservar um bem histórico é nova e teve como pioneiro o Conde

de Galveias no século XVIII que por meio de uma carta o Conde lamentava a não

preservação do palácio das duas torres obra holandesa que orgulhava o povo

Pernambucano por suas conquistas. As autoridades brasileiras não fizeram nada em

relação ao lento processo de destruição das obras portuguesas, principalmente após

a Independência. Isso acontecia como uma forma de destruição das memórias do

tempo de dominação e opressão do período colonial. Perto de tamanha destruição

o que restou não passou de 3 museus segundo o autor. Já na República nova não

alterou em nada o pensamento sobre a preservação de bens históricos, era um ou

outro como Augusto Lima em Minas e Gustavo Barroso no Rio e ainda sim a escolha

e preservação viria de um juízo critico. Tudo isso ocorria na década de 20 quando se

popularizou o estilo Neocolonial, nesse período chegou-se a ter casos de reforma

de grandes obras coloniais em busca de uma feição nova da época. O que era mais

comum era a preservação por transposição, onde elementos de uma obra era

passado para outra obra nova. Em 1923 o deputado Luiz Cedro apresenta um projeto

de lei destinado a salvar os patrimônios, onde ele sugeri a criação de uma “Inspetoria

de Monumentos Históricos” como forma de guarda uma bem de interesse nacional.

Em 1936 surge o projeto de maior valor para a preservação de todo o Patrimônio

Cultural Histórico Brasileiro, projeto esse criado pelo escritor Mário de Andrade e

como citado no livro com grandes influências de seu amigo Paulo Duarte. O projeto

de Mário se tornou lei no ano seguinte em 1937, ano esse que Paulo Duarte fez uma

campanha no jornal O Estado de S. Paulo que foi denominada “Contra o Vandalismo

e o Extermínio” onde ele trás a tona a triste realidade da época, onde não havia

preocupação alguma com o Patrimônio Histórico Arquitetônico que se encontrava

em um estado degradativo.

Mário de Andrade define em seu projeto como Patrimônio Artístico Nacional oito

categoria de obras de arte;

Arte arqueológica;

Arte ameríndia;

Arte popular;

Arte histórica;

Arte erudita nacional;

Arte erudita estrangeira;

Artes aplicadas nacionais,

Artes aplicadas estrangeiras.

Elementos de arte e pesca, objetos de uso doméstico e até veículos também se

enquadravam nesse processo de preservação. A arquitetura se enquadra na arte

popular, onde se falava de muitas construções, seja ela uma simples capela na

beira da estrada ou até um Palácio que tenha servido de abrigo para governadores.

Além das construções consideradas históricas objetos como mapas, gravuras, livros

também foram consideradas itens importantes de preservação. O projeto de Mário

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