A Carta de Veneza
Por: kauanhenri • 19/6/2017 • Trabalho acadêmico • 780 Palavras (4 Páginas) • 382 Visualizações
O QUE PRESERVAR ?
A preservação tão discutida pelo autor busca valorizar e compreender a origem de
uma identidade que veio se perdendo em um longo processo de degradação dado
pela falta de importância e valorização dos bens de Patrimônio Histórico. O autor
cita as principais características da cultura brasileira e sua importância que são
encontradas em cada detalhe que por fim formam a face de um povo. Ele também
busca relatar os principais equivocos acontecidos, sejam eles pela população que
por não entender a importância daquele objeto ou "artefato" ou até do próprio
governo por não saber valorizar um bem tão precioso. No Brasil a preocupação
do governo em preservar um bem histórico é nova e teve como pioneiro o Conde
de Galveias no século XVIII que por meio de uma carta o Conde lamentava a não
preservação do palácio das duas torres obra holandesa que orgulhava o povo
Pernambucano por suas conquistas. As autoridades brasileiras não fizeram nada em
relação ao lento processo de destruição das obras portuguesas, principalmente após
a Independência. Isso acontecia como uma forma de destruição das memórias do
tempo de dominação e opressão do período colonial. Perto de tamanha destruição
o que restou não passou de 3 museus segundo o autor. Já na República nova não
alterou em nada o pensamento sobre a preservação de bens históricos, era um ou
outro como Augusto Lima em Minas e Gustavo Barroso no Rio e ainda sim a escolha
e preservação viria de um juízo critico. Tudo isso ocorria na década de 20 quando se
popularizou o estilo Neocolonial, nesse período chegou-se a ter casos de reforma
de grandes obras coloniais em busca de uma feição nova da época. O que era mais
comum era a preservação por transposição, onde elementos de uma obra era
passado para outra obra nova. Em 1923 o deputado Luiz Cedro apresenta um projeto
de lei destinado a salvar os patrimônios, onde ele sugeri a criação de uma “Inspetoria
de Monumentos Históricos” como forma de guarda uma bem de interesse nacional.
Em 1936 surge o projeto de maior valor para a preservação de todo o Patrimônio
Cultural Histórico Brasileiro, projeto esse criado pelo escritor Mário de Andrade e
como citado no livro com grandes influências de seu amigo Paulo Duarte. O projeto
de Mário se tornou lei no ano seguinte em 1937, ano esse que Paulo Duarte fez uma
campanha no jornal O Estado de S. Paulo que foi denominada “Contra o Vandalismo
e o Extermínio” onde ele trás a tona a triste realidade da época, onde não havia
preocupação alguma com o Patrimônio Histórico Arquitetônico que se encontrava
em um estado degradativo.
Mário de Andrade define em seu projeto como Patrimônio Artístico Nacional oito
categoria de obras de arte;
Arte arqueológica;
Arte ameríndia;
Arte popular;
Arte histórica;
Arte erudita nacional;
Arte erudita estrangeira;
Artes aplicadas nacionais,
Artes aplicadas estrangeiras.
Elementos de arte e pesca, objetos de uso doméstico e até veículos também se
enquadravam nesse processo de preservação. A arquitetura se enquadra na arte
popular, onde se falava de muitas construções, seja ela uma simples capela na
beira da estrada ou até um Palácio que tenha servido de abrigo para governadores.
Além das construções consideradas históricas objetos como mapas, gravuras, livros
também foram consideradas itens importantes de preservação. O projeto de Mário
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