A ELABORAÇÃO DE LAUDO DE INSPEÇÃO
Por: Liliane Fernandes • 7/11/2022 • Bibliografia • 1.026 Palavras (5 Páginas) • 135 Visualizações
ELABORAÇÃO DE LAUDO DE INSPEÇÃO
1. OBJETIVO
Estabelecer critérios para elaboração de Laudos de Inspeção dos sistemas prediais.
2. INTRODUÇÃO
“Inspeção Predial é a avaliação isolada ou combinada das condições técnicas, de uso e de manutenção da edificação”. Norma de Inspeção Predial, 2009 - IBAPE
Considerando a importância deste laudo naquilo que tange a avaliação do desempenho das edificações e sistemas, além do subsídio quanto às tomadas de providências, com apresentação objetiva, este Procedimento estabelece critérios e fornece orientações para sua elaboração.
3. INSPEÇÃO PREDIAL
A Inspeção Predial consiste na avaliação técnica do estado de conformidade de uma edificação, baseada nos aspectos de desempenho, vida útil, segurança, estado de conservação, manutenção, utilização e operação, observando sempre o atendimento às expectativas dos usuários.
Para sua realização, devem-se considerar os Procedimentos de Infraestrutura específicos para cada sistema, bem como as especificidades de cada instalação.
4 LAUDO DE INSPEÇÃO PREDIAL
Após realização da Inspeção Predial, deverá ser elaborado Laudo de Inspeção preciso, com linguagem simples e objetiva.
O Laudo de Inspeção deverá seguir as orientações abaixo:
4.1. FOLHA DE ROSTO
A Folha de rosto deverá conter as seguintes informações:
4.1.1. Data;
4.1.2. Identificação da Unidade;
4.1.3. Assunto do Laudo;
4.1.4. Breve relato das principais falhas e anomalias constatadas;
4.1.5. Breve relato das providências necessárias;
4.1.6. Identificação do responsável pelo resumo.
4.2. LAUDO DE INSPEÇÃO
4.2.1. O Laudo de Inspeção deverá ser elaborado sempre que:
4.2.1.1. Houver necessidade de execução de laudo para avaliação do desempenho dos sistemas prediais;
4.2.1.2. Houver necessidade de execução de laudo de manutenção preventiva dos sistemas;
4.2.1.3. Houver constatação de anomalia ou falha nos sistemas prediais.
4.2.2. O Laudo de Inspeção deverá ser apresentado da seguinte forma:
4.2.2.1. Conter os seguintes dados do sistema:
4.2.2.1.1. Unidade;
4.2.2.1.2. Localização;
4.2.2.1.3. Solicitante;
4.2.2.1.4. Objeto;
4.2.2.1.5. Objetivo e finalidade;
4.2.2.1.6. Data da inspeção;
4.2.2.1.7. Descrição técnica do sistema;
4.2.2.1.8. Classificação do nível de conservação;
4.2.2.1.9. Parecer técnico de especialistas, quando houver;
4.2.2.1.10. Ensaios e testes realizados;
4.2.2.1.11. Nome e número do Registro no CREA do responsável pela inspeção.
4.2.2.2. Ser observadas todas as prescrições contidas nas NBR’s 5674 – Manutenção de Edificações – Procedimentos, NBR 14037– Manual de operação, uso e manutenção das edificações – Conteúdo e recomendações para elaboração e apresentação;
4.2.2.3. Ser observadas todas as prescrições da Norma de Inspeção Predial – IBAPE (Instituto Brasileiro de Avaliações e Perícias de Engenharia do Estado);
4.2.2.4. A apresentação do corpo do laudo de inspeção deverá obedecer ao estabelecido no ANEXO II deste procedimento.
4.2.3. Para realização do Laudo de Inspeção, o inspetor deverá:
4.2.3.1. Realizar entrevista com o Coordenador da área de Infraestrutura da unidade ou Técnico de Manutenção responsável pelo sistema, para levantamento preliminar de dados, visando o cadastro de problemas já detectados e de níveis de expectativa;
4.2.3.2. Realizar entrega de questionários ao Coordenador da área de Infraestrutura ou ao Técnico de Manutenção responsável pelo sistema, a fim de apurar com mais detalhes suas expectativas ou eventuais problemas;
4.2.3.3. Realizar levantamento de documentação técnica, administrativa e de manutenção do sistema para futuras análises;
4.2.3.4. Realizar vistoria do sistema (nessa vistoria, os inspetores deverão estar munidos de lista de verificações, checklist, além de câmeras fotográficas, ferramentas necessárias, lanternas etc.);
4.2.3.5. Verificar quanto aos aspectos de manutenção (características construtivas, especificações técnicas, projetos, aspectos de desempenho e vida útil dos componentes, fatores de degradação prováveis e existentes, durabilidade de materiais, registros de manutenção e rotinas de manutenção existentes);
4.2.3.6. Verificar quanto aos aspectos de operacionalidade (condições de manutenção efetivas, condições de operação de sistemas e suas facilidades, eventuais abusos de uso relacionados à operação dos sistemas, ausência de programação de operações de sistemas e equipamentos e condições seguras de operação);
4.2.3.7. Verificar quanto aos aspectos de funcionalidade (condições e formas de uso, atendimentos aos aspectos funcionais e expectativas quanto ao desempenho apresentado);
4.2.3.8. Realizar levantamento de todas as anomalias e falhas existentes e aparentes do sistema, relacionadas a problemas de origem construtiva, uso, operação, manutenção, administrativa etc;
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