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A ESTÉTICA E HISTÓRIA DAS ARTES

Por:   •  24/8/2022  •  Trabalho acadêmico  •  584 Palavras (3 Páginas)  •  115 Visualizações

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UNIVERSIDADE FEEVALE

ICET – ARQUITETURA E URBANISMO

ESTÉTICA E HISTÓRIA DAS ARTES

Prof. Alexandre Schiavoni

AS ARTES NO MEDIEVO

        Até o Renascimento italiano (séculos XIV-XVI), não se fazia distinção entre belas artes e artes aplicadas, entre artes e ofícios ou entre arte e ciência. A habilidade em saber-fazer é o que contava. O saber-fazer não era necessariamente apreendido e estudado a partir de uma cultura livresca, mas sim, era transmitido oralmente. Daí porque havia modos muito diversos e especiais de se fazer a mesma coisa. Esta arte do saber-fazer era transmitida e ensinada pelos mestres de ofício e possuía toda uma ritualística, todo um conjunto de segredos e mistérios que davam certo poder e certa autoridade para o mestre. Dito de modo mais claro e mais apropriado à época, talvez não o mestre detivesse todo o poder, mas sim o conjunto de mestres de um determinado ofício, ou, mais propriamente ainda, o ofício mesmo.  Era ele a fonte do saber que todo aprendiz ou aspirante almejava.

        A Idade Média foi uma época marcada por um certo pragmatismo: os objetos úteis e ornamentais que faziam parte da vida cotidiana e realçavam o prazer visual, também mudavam de acordo com a moda, mas não eram guardados em museus ou desejados ansiosamente por colecionadores.  Simplesmente perdiam sua aura, seu valor, sua importância... perdiam seu efeito.

        A arte no medievo não possuía nenhum fascínio especial e o artista, no mais das vezes, procurava agradar, trabalhando pelo maior valor que lhe pagassem pelos seus dotes, pela sua perícia, pela sua habilidade no saber-fazer. A fama do artista, em geral ficava bastante restrita à região onde ele produzia determinada obra e somente após o século XII é que vamos encontrá-lo circulando por outras plagas distantes da sua origem.

        Trabalhando na maior parte das vezes em grupo –  pois ligado a uma oficina e seus operários – a fama não marca ou distingue um individuo, mas sim o grupo. Se a fama de um homem lhe proporcionava encomendas, esperava-se que os projetos maiores dessem emprego a todos os membros da oficina.

        Nos dias de hoje é natural considerar escultura, edifícios e pinturas como formas de arte distintas e independentes. Na Idade Média a obra de arte que se distinguia e que devia ser alvo de admiração era o conjunto da própria Igreja, ou seja, as três formas de arte devem se conjugar e se complementar mutuamente. Isoladamente não possuem valor ou importância tal que merecesse ser examinada.

        A obra de arte é vista, no medievo, nela mesma. Não há comparação com outra, ou julgamento que a coloque nesta ou naquela posição hierárquica. È vista na habilidade com que foi elaborada e, mais do que isto, o tema que aborda. É isto que lhe dá importância, distinção e valor. São os mistérios que ela tenta traduzir ou desvendar ao público, que lhe tornam bela e valiosa. Não há assinatura da obra na Idade Média; não existe ainda a idéia de autor; a obra é coletiva, por isso anônima. As produções são destinadas ao consumo e deleite do conjunto da comunidade e por isso não necessitam de assinatura.

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