A EVOLUÇÃO DA ARQUITETURA ESCOLAR
Por: 26239778 • 15/3/2016 • Trabalho acadêmico • 1.316 Palavras (6 Páginas) • 1.396 Visualizações
A EVOLUÇÃO DA ARQUITETURA ESCOLAR
INTRODUÇÃO
A arquitetura escolar tem um papel fundamental para a colaboração na educação dos cidadãos. O conforto ambiental, a acessibilidade, a ergonomia do mobiliário escolar, entre outros pontos fundamentais, veem sendo estudados e aprimorados ao longo dos anos para que não haja impacto negativo ao processo de aprendizagem. A educação é o mecanismo de grande importância para as transformações das relações do trabalho, avanços tecnológicos e econômicos de qualquer sociedade, portanto, a preocupação com a arquitetura escolar irá trazer benefícios para a comunidade local, tanto quanto para os pais e alunos, professores e funcionários.
Enquanto, por um lado, vemos uma grande preocupação com os custos dos materiais e as tecnologias a serem aplicadas, cada vez mais voltadas com a questão da sustentabilidade, por outro, vemos os avanços e as constantes mudanças sociais e culturais, as quais sempre encontram uma nova necessidade de adequação. Os objetivos que estão em pauta nessa busca estão relcionados aos fatos desta edificação se comunicar direta e indiretamente com a sociedade local, servindo também como referência para os envolvidos ao processo de educação e principalmente cumprindo com as necessidades físicas e fisiológicas dos usuários deste ambiente.
I - A HISTÓRIA DA ARQUITETURA ESCOLAR NO BRASIL
A primeira escola no Brasil foi criada no século XVI pelos jesuitas, que tinham um monopólio sobre a educação, eles utilizavam um conjunto de normas para regulamentar o ensino nos colégios. Em 1759, com a expulsão dos jesuitas, houve uma reforma educacional, instituída pelo Marquês de Pombal, na qual dava condições a tutores particulares de aplicarem o processo pedagógico desde que pautassem o ideário iluminista.
Os locais de ensino possuíam maneira sistemática de transmissão de conhecimento, acontecendo em paróquias, salas fechadas, em moradia de professores ou em lugares cedidos e alugados. Eram espaços com pouco conforto, com ausência de iluminação e com circulação de ar reduzida, demonstrando ainda a necessidade de melhorias e atenção a locais de ensino.
Em 1834 houve a regulamentação e promoção do ensino primário e secundário por meio de um Ato Adicional que estabelecia as Assembléias provinciais. Como não havia uma padronização na estrutura da educação brasileira gerou-se uma pluralidade no sistema educacional já que cada província tinha total autonomia na aplicação do processo educativo. O ensino secundário no Brasil passou a seguir um modelo educacional padrão em 1837 com a criação do Colégio Imperial Pedro II, no Rio de Janeiro, que possuia uma arquitetura de padrões europeu. A partir de 1870, junto com o processo de industrialização e urbanização, ocorre a necessidade de acompanhar a demanda por educação e sistematicamente dár-se início às construções de prédios de escolas públicas no Brasil, os quais continuam seguindo os modelos de projetos de edificações de programas educacionais europeus.
No período do Império o Brasil possuia uma grande influência na arquitetura escolar na qual apresentavam em seus projetos a monumentalidade seguidas de características religiosas medievais com o intuito de causar deslumbramento e proporcionar um sentimento de respeito e contemplação, tal apelo simbólico era propagado pelas influências das elites sócio-políticas. A preocupação com o conforto ambiental, a higiene e as tecnologias e materias já fazia parte da realidade na arquitetura escolar desde a metade do século XIX quando as inovações pedagógicas impulsionavam esse avanços.
Uma rara fotografia do prédio da escola Estadual "Culto à Ciência" - Campinas, SP, provavelmente nos últimos 5 anos do século XIX, logo após ter sofrido algumas alterações, executadas em 1895, em sua concepção original, de 1874. Seu estilo é baseado na arquitetura clássica francêsa do século XVII.
II - ARQUITETURA CLASSICISTA PARA OS EDIFÍCIOS PÚBLICOS ESCOLARES
No Brasil, esse estilo se destacou a partir do final do século XIX e primeiras décadas do século XX. Apresentava como características básicas o apelo à racionalidade e a evocação dos valores universais. Com a nova proposta pedagógica os edifícios públicos escolares correspondia-se perfeitamente. Como doutrina o Classicismo confere maior importância às faculdades emocionais no processo da concepção artística
“Buffa e Pinto (2002) ressaltam que, ao entrar numa escola pública construída à época da Primeira República (1989-1920), nota-se a importância atribuída à educação por meio do estilo e da imponência de seus edifícios, com detalhamento voltado à sofisticação, com entrelaçamento harmonioso entre projeto arquitetônico e projeto pedagógico.”
A arquitetura com viés modernista rejeitava estilos históricos que apresentavam devoção ao ornamento, pois a preocupação ornamentativa era tida como supérflua, e por isso devia ser combatida.
No momento em que o Brasil torna-se república (1889), a ausência de prédios escolares e as precárias condições dos espaços utilizados para a prática de ensino foram motivo de crítica pelos higienistas da época. Aliado a isso, ocorreu a valorização da educação, passando a ser vista como sinônimo de progresso.
É neste panorama que surge a preocupação, na esfera governamental, em construir
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