A Estrutura em Aço Edifício Concordia

UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS

ARQUITETURA E URBANIS

ALICE SÁ FORTES

BRUNA DE MOURA RESENDE

MARIANA ELLEN FERREIRA LIMA

NATÁLIA PEQUENO DE PAIVA

PRIMEIRO TRABALHO PRÁTICO DE ESTRUTURAS DE AÇO

Edifício Concórdia

BELO HORIZONTE

2021

1- INTRODUÇÃO ............................................................................................. 3

2- DESENVOLVIMENTO .................................................................................. 6

2.1- PARTIDO ARQUITETÔNICO, MODULAÇÃO, VÃOS E OUTROS PARÂMETROS RELACIONADOS COM A ARQUITETURA. ..................................... 6

2.2- CONCEITUAÇÃO DAS FUNDAÇÕES E DAS PLACAS DE BASE ................... 11

2.3- CONCEITUAÇÃO DA SUPERESTRUTURA...................................................... 14

2.4 - CONCEITUAÇÃO E DESCRIÇÃO DOS PISOS CONSIDERADOS COMO SUBSISTEMAS ESTRUTURAIS................................................................................ 17

2.5 - CONCEITUAÇÃO DAS VEDAÇÕES CONSIDERADAS COMO SUBSISTEMAS ESTRUTURAIS OU APENAS COMO SUBSISTEMAS DE VEDAÇÃO .................... 20

2.6- CONCEITUAÇÃO DAS COBERTURAS DESTACANDO SUBSISTEMAS ESTRUTURAIS E DE VEDAÇÃO .............................................................................. 22

2.7- CONSIDERAÇÕES SOBRE FABRICAÇÃO, TRANSPORTE E MONTAGEM DA SUPERESTRUTURA, DOS PISOS, DAS VEDAÇÕES E DAS COBERTURAS ...... 24

2.8- SOLUÇÕES RELACIONADAS COM A ENGENHARIA/ARQUITETURA DE SEGURANÇA CONTRA INCÊNDIO .......................................................................... 25

3- ANÁLISE CRÍTICA E CONCLUSÕES ....................................................... 28

4- REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ........................................................... 29

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1- INTRODUÇÃO

A edificação estudada para desenvolvimento deste trabalho foi dada como terminada em janeiro de 2018, e foi então considerada a torre mais alta de Minas Gerais e também a estrutura mista de aço e concreto mais alta do país. Situado na Av. Alameda Oscar Niemeyer, número 20, no bairro Vila da Serra, na região metropolitana de Belo Horizonte (MG), o edifício chama atenção por suas dimensões, inovação construtiva e beleza arquitetônica, e foi pensado para fins corporativos. As fachadas, em cortina de vidro, sobre a estrutura mista de concreto e aço, permitem uma vista panorâmica do entorno. Os vidros com controle térmico e fator solar calculados, contribuem para a redução de consumo de energia do empreendimento.

Figura 1

Fonte: https://www.doisamaisalimentos.com.br/home/conheca-a-torre-em-estrutura-metalica-mais-alta-do-brasil/#prettyPhoto

São 172 metros de altura divididos em, 30 pavimentos-tipo com lajes em steel deck (área média de 1.000m²), 8 níveis de garagem e 3 pavimentos técnicos. Ainda, conta com 12 pilares mistos de seção circular (pilotis) e costura helicoidal, mezanino e heliponto, os usuários da torre serão atendidos por 15

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elevadores, e um conjunto de equipamentos empresariais, incluindo auditório para 240 lugares e centro de convenções. Quanto à implantação em diagonal em relação à rua, esta permite a vista das montanhas para o maior número de pessoas nos pavimentos, bem como facilita a aerodinâmica da torre, em benefício do sistema de contraventamento do núcleo rígido. O paisagismo caracteriza-se pela criação de três ambientes diferentes no nível térreo do Concórdia, definidos como praças. A primeira delas é a Praça Verde localizada na esquina do empreendimento, a seguir a Praça das Águas caracterizada pela presença de um grande espelho d'água que acolhe o pedestre que adentra o lobby do Edifício, e, por fim, a Praça do Mirante que recebe o deck do restaurante Chalezinho, âncora do empreendimento, e se caracteriza como uma área de socialização e um ponto de observação das montanhas da região. Ainda, um pórtico em alumínio branco, de 10m de altura se destaca no acesso principal da torre. O efeito espiral da torre é uma variação de um prisma ortogonal em que os planos horizontais se rotacionam ao longo da altura. A intervenção gera, por meio da extrusão do quadrado de projeção da planta, uma “estrela” única a cada pavimento. O desencontro entre os dois planos de cada fachada dá origem a uma lacuna, ou fenda visível, que se repete em cada uma das quatro faces da fachada e é vedada com venezianas de alumínio, no intuito de realizar a ventilação dos pavimentos, como ponto de tomada de ar para o sistema de condicionamento. O vidro é o principal elemento de vedação/revestimento da fachada da torre, mesmo com a utilização de brises, venezianas e ACM no acabamento do ‘gap’ em cada fachada. As condições topográficas exigiram a definição de um plano em etapas para a implantação das contenções e escavações, com execução escalonada das fundações da parte mais alta para a mais baixa. Nas fundações dos pilares foram utilizadas estacas escavadas. Já a fundação do Núcleo de Rigidez foi projetada com estacas do tipo barrete, este núcleo que se estende pelos 45 andares do edifício (considerando subsolos, planos intermediários e pavimentos-tipo) é o responsável pela estabilidade do edifício. As soluções de contenções, variaram de acordo com as condições locais.

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Figura 2 Fonte: https://www.doisamaisalimentos.com.br/home/conheca-a-torre-em-estrutura-metalica-mais-alta-do-brasil/#prettyPhoto

No embasamento e subsolos, onde se localizam as garagens, a estrutura é inteiramente em concreto armado, com trechos com vigas e lajes protendidas moldadas no local. A partir do pavimento térreo, optou-se por estrutura mista de aço e concreto, incluindo um núcleo rígido de concreto. A estrutura dos pavimentos tipo é resolvida com vigas metálicas e pilares mistos periféricos. Estes pilares ligam-se ao núcleo pelas lajes dos pavimentos e por ele são contraventados. As lajes mistas da torre seguem o sistema steel deck. A interação