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A Estética No Ambiente Democrático E Contemporâneo

Por:   •  20/8/2023  •  Trabalho acadêmico  •  1.008 Palavras (5 Páginas)  •  62 Visualizações

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO TOCANTINS

Arquitetura e Urbanismo

Disciplina: Estética

Prof. Marcos dos Santos

Aluna: Juliana Maria Gonçalves Lucio Batista

A Estética no ambiente democrático e contemporâneo

Mesmo com o passar dos séculos de discussão filosófica do que é a estética, ainda se debate sobre o significado do termo tendo em vista que sendo algo belo em uma determinada cultura, pode não o ser em outra, ou ainda com o passar do tempo, o que foi belo um dia pode ter deixado de ser.

Tradicionalmente a estética é entendida como o ramo da filosofia que estuda o belo, as questões ligadas à beleza, ao gosto, aos estilos, termos estes que são alvo de discussões filosóficas desde a antiguidade até os dias atuais.

Aqui procuraremos refletir sobre o modo como a sociedade tem desenvolvido suas narrativas sobre o que aparentemente é considerado estético na cultura democrática e contemporânea, influenciado principalmente pela tecnologia recente como televisão, internet e redes sociais.

Mas antes disso, é importante refletirmos sobre a autonomia do pensar. Segundo Immanuel Kant, a autonomia é o fundamento de toda a moralidade das ações humanas. A autonomia consiste na apresentação da razão para si mesma de uma lei moral que é válida para a vontade de todos os seres racionais.

A autonomia está ligada ao desenvolvimento da consciência moral dos indivíduos, possibilitando que estes tomem decisões, façam escolhas e busquem objetivos, tendo como base valores e limites ensinados ou natos. O indivíduo tem o poder de controlar seu pensamento em relação à vontade, porém, é fraco para tal controle, o que o leva a sempre ceder para o desejo incontrolável, que como veremos mais a frente, pode ser manipulado por outros e nesse caso chegamos ao conceito de heteronomia da vontade que é o princípio contrário à autonomia.

Numa sociedade em constante transformação, tal como vivemos na contemporaneidade, os sujeitos têm suas subjetividades forjadas pelas nuances culturais emergentes, que alteram os modos de ser e de agir em seus contextos específicos.

A percepção estética contemporânea busca a liberdade nas criações visuais, musicais, cinematográficas, não obedecendo a cânones, como acontecia em muitas tendências anteriores, mas caminha em outras direções, numa combinação entre o real e o imaginário, que traduz, reinterpreta e, assim, transforma tradicionais conceitos estéticos em novas possibilidades.

Paralelamente, lembramos que, conforme visto no documentário “Arquitetura da Destruição”, uma reviravolta nos conceitos de estética das artes, como está acontecendo atualmente, não foi aceito pelo nazismo e pelo próprio Hitler, quando aconteceu algo similar com o início do modernismo, resultou em ações extremas do governo nazista como a dizimação do povo judeu e de todos aqueles que desviassem do padrão de beleza higienista nazista. Como consequência deste pensamento, houve um holocausto para além de físico, mas, cultural: o extermínio da produção artística de outros povos e de uma época mais moderna.

Outro conceito interessante e relevante para essa discussão é o conceito de “cultura de massas”, na qual os padrões aceitos durante quase dois séculos da “arte autônoma” se desfazem ao passo que desde o início eram fruto de produção realizada sob medida para o consumo das multidões das metrópoles europeias e norte-americanas, nas primeiras décadas do século XX. Uma das principais técnicas utilizadas pelo mercado para atingir essa conciliação foi tentar desvendar os anseios das massas e oferecer produtos que atendessem a essa demanda não explícita de modo a garantir o maior lucro possível e recorrente.

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Importante mencionar uma das principais características da cultura de massas no Brasil, que é a influência e a relevância da televisão, especialmente a partir da década de 1970 e a partir de meados da década de 1990 com a internet se considerarmos que o Brasil se encontra entre os países do mundo com maior número de conexões à web e perde para poucos outros em número de horas semanais de uso desse recurso.

Voltando a mencionar o documentário “Arquitetura da Destruição”, podemos perceber que Hitler, durante o seu regime, utilizou dos instrumentos difusores como o rádio para disseminar suas concepções de beleza e arte. Neste sentido, a arte reproduzível fez parte de uma política de condicionamento de uma estética totalitária. A cultura de massa que funciona em escala industrial teve seu controle gerido pelo Estado. Dessa forma, os nazistas remodelaram a sociedade alemã a partir de suas percepções. Com apelos de cunho militante ao nacionalismo, à liberdade e ao auto sacrifício, o Partido Nazista recrutava com sucesso aqueles estudantes decepcionados com a democracia alemã e com suas organizações estudantis daquele período.

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