A Evolução do Conceito de Planejamento Territorial
Por: Gabriel Carvalho • 26/3/2020 • Resenha • 662 Palavras (3 Páginas) • 241 Visualizações
UNIVERSIDADE DE UBERABA
PLANEJAMENTO DE DESENHO URBANO
ALUNA: GABRIEL CARVALHO DE ALMEIDA |RA: 5143126
DATA: 17/02/2020
Resenha do Capítulo 5 "A cidade na região" do livro "Cidades do amanhã"
O capítulo V aborda a questão do planejamento regional, este que nasceu com Patrick
Geddes após um encontro com Lewis Mumford em Nova York na década de 20. Junto com um
brilhante grupo de planejadores, suas ideias se espalharam em um primeiro momento na
América, influenciando o New Deal de Roosevelt e posteriormente, sobre o planejamento das
capitas europeias.
Geddes teoriza o conceito de região natural, apoiado nos estudos de dois geógrafos,
Reclus e Vidal, e de um sociólogo, Le Play. Através deste conceito, Geddes busca estudar o cerne
da região, sem o seu vínculo com a grande metrópole. Para Geddes, é de extrema importância
ter em mãos os levantamentos da região natural antes de elaborar o planejamento. Assim,
Geddes aponta três processos de levantamento: geográfico, histórico e social.
Desenhada por Geddes, a partir de um corte transversal na região natural, passando
pelas montanhas até o mar, seria possível encontrar a famosa “Seção de Vale”. Nesse desenho,
seria nítido o estudo das relações culturais e sociais com o espaço natural, revelando um
ambiente vivo e sistêmico.
Em certo ponto, é nítida a influência da geografia anarquista de Reclus e Kropotkin em
suas ideias, pois para Geddes, a região não é só um elemento a ser estudado, e sim um ambiente
que devia fornecer bases para se construir a vida social e política. Assim, a centralização de um
governo e a difusão das indústrias corrompe a evolução cultural. Ambos eram adeptos em
acreditar que a sociedade seria livre com esse pensamento anarquista de descentralização.
Geddes chega a escrever um livro – Cidades em Evolução – onde expõe de forma mais
coerente suas ideias, e explica as implicação das novas tecnologias, estas denominadas de
neotécnicas, na dinâmica das cidades, um desses fatores é o que Geddes denomina como
conurbações, onde as cidades vão se espraiando e consequentemente se agregando a outras
zonas urbanas.
Esse aglomerado de cidades se compara à antiga era paleolítica, com um grande
desperdiço de recursos naturais e energéticos, além disso, esses espaços eram danosos para as
pessoas, produziam o desemprego, diminuía a qualidade de vida e aumentava a criminalidade
e as enfermidades. Ele traduz esse quadro à falta de relação entre cidade e o campo, seria
necessário produzir um crescimento botânico nessas cidades.
Geddes foi quem forneceu a base para o trabalho de planejamento de Mumford e os
membros da Regional Planning Association
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