A MORFOLOGIA DO TECIDO URBANO

RELATÓRIO - UNIDADE 21: MORFOLOGIA DO TECIDO URBANO (AVA)

Rafaela Meireles

ARQURB8M

Projeto Urbano II

Prof. Cecília Maria Rabelo Geraldo

Data 06/10/2020

        O texto em questão trata, como o próprio título antecipa, a respeito da morfologia do tecido das cidades e a organização das estruturas urbanas no espaço geográfico, que resultam na formação socioespacial.

        As formas urbanas são produto de uma cadeia de fatores e dinâmicas ocorridos em um determinado espaço geográfico, sejam eles históricos, políticos, culturais, econômicos, entre outros.

        O tecido é constituído por setores urbanos, núcleos que se caracterizam de acordo com as dinâmicas determinadas pela economia, política e pela sociedade. Contudo, inicialmente, no período de formação das cidades, geralmente não ocorreu o planejamento desses setores, de modo que o desenvolvimento do município se deu a partir do centro. Conforme as áreas centrais foram sofrendo adensamento populacional e espacial, surgiu a necessidade de expansão dos limites da cidade. Isso fez com que áreas privilegiadas sofressem uma grande especulação imobiliária, promovendo a segregação de classes e marginalização dos indivíduos menos favorecidos. A forma como a expansão urbana se consolidou está condicionada a dois fatores: a sociedade e a natureza.

        Os setores foram sendo implantados de maneira desorganizada, de acordo com necessidades imediatas que se alteraram inúmeras vezes ao longo do tempo. Como resultado, áreas urbanas descontínuas, segmentadas e abandonadas.

        A respeito do tecido urbano, considera-se o desenho da cidade uma trama, que compõe a forma como uma sociedade se organiza dentro do espaço físico, com três elementos principais: sistema de lotes (confere funcionalidade à cidade), sistema de edifícios e sistema viário (distingue o espaço público do privado e do misto, além de determinar quarteirões e promover a vivência acessível a todos). O tecido urbano é fundamental paro o funcionamento da cidade, disposição de fluxos e configuração espacial.

        Entender o funcionamento do parcelamento do solo é indispensável para a compreensão da cidade nos dias atuais, considerando, principalmente, o fator histórico, uma vez que, no Brasil, durante o período colonial, muitas terras foram parceladas e doadas com o objetivo de colonizar o país e implantar atividades econômicas. Isso fez com que se iniciasse um processo de urbanização ao redor dessas terras, que, muitas vezes, começava a partir de uma praça.

        Ao longo do tempo, houveram diversas formas de parcelamento de solo que modificaram as relações interpessoais e homem-espaço, até a forma atual, e garantiram diferentes padrões de tecidos urbanos, que evoluíram conforme as necessidades contemporâneas demandaram.

        Para controlar a expansão desordenada, em 1979 foi aprovada a Lei do Parcelamento do Solo Urbano, sendo considerada um importante recurso dentro do planejamento urbano. Porém, na prática, o parcelamento do solo correto funciona de maneira precária em áreas periféricas carentes, que agregam muitas zonas de risco ocupadas.

        Por fim, relacionando o conteúdo avaliado ao Projeto Urbano a ser desenvolvido, é possível extrair informações importantes, principalmente no que diz respeito ao parcelamento do solo e estruturação viária, os quais serão itens que nortearão o processo projetual, dentro das diretrizes.