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A TECNOLOGIAS QUE REVOLUCIONARAM A ARQUITETURA ROMANA

Por:   •  16/2/2018  •  Artigo  •  1.404 Palavras (6 Páginas)  •  728 Visualizações

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Teoria e História da Arquitetura e Urbanismo I

Tecnologias que revolucionaram a Arquitetura Romana

Resumo

Roma foi estruturada com os estilos arquitetônicos dos etruscos e gregos, mas por sua vez o império romano demonstrou seu próprio estilo de construção.

Os romanos distorceram os estilos recebidos quando revelou a arte como demonstração de grandeza. Pois o espírito romano se apresentou mais prático e menos lírico, tomando por si a forma de construir com mais funcionalidade e utilidade, também não esquecendo da força e grandeza material.

Primeiros construtores a utilizar o opus cimenticium (concreto armado) e o opus latericium (ladrilho), com função a permitir construção de arcos, abóbadas e cúpulas em enormes dimensões. Considerados os primeiros a vantagar as técnicas construtivas nas suas obras e permitir monumentos com valores mais estruturais e estéticos.

Palavras-chaves: arquitetura romana, técnicas construtivas, concreto armado, tecnologias da arquitetura romana.

1. INTRODUÇÃO

A arquitetura romana mesmo por ter utilizado os gregos e etruscos como alicerces, cresceu de forma diferente das quais foram citadas. Mesmo por ter tomado os dois estilos; os romanos através da sua grande preocupação com o poder da grandeza revolucionaram as suas construções civis e arquitetônicas.

E neste breve relato procura-se apresentar as técnicas construtivas em que os romanos se propuseram a evoluir com novos materiais e tendências na utilização, empregando valores estéticos e estruturais.

Pois se acredita que os romanos foram os primordiais no uso do concreto armado, e revolucionários na questão da sua utilização.

  1. ARQUITETURA ROMANA

A civilização etrusca surge na Itália durante a Idade do Ferro, ao se instalar na costa tirrênia, logo depois se expande desde a Planície do Pó até a Campânia, e entra em contato com os gregos.

Os etruscos recebem de tal forma uma transformação pelos romanos, quando os romanos avançavam o norte da Europa e a Ásia. Os etruscos são de origem oriental e mantinham com outros povos da bacia do Mediterrâneo contato comercial. E estes por sua vez, grandes construtores em pedras, hábeis fundidores de bronze e grandes pintores de afrescos.

A arquitetura dos etruscos é a passagem da arquitetura grega para a romana. No entanto a maior discussão na historia da arquitetura é que os romanos não tiveram o seu estilo próprio de arquitetura e sim uma junção de elementos gregos e etruscos com uma versão romana. O plano do templo é herdado dos etruscos. Quanto à ornamentação, é grega, sendo coríntia a ordem preferida.

O espírito romano, mais prático e menos lírico, não demorou muito a oferecer sua própria versão do estilo. Da fusão dessas tendências é que se formou o chamado “estilo romano”.

Embora não haja dúvida que as obras arquitetônicas romanas tenham resultado da aplicação das proporções gregas à arquitetura de abóbadas dos etruscos.

Para a construção de abóbadas de enormes dimensões e muito leves, os romanos dispunharam dois novos materiais: O opus cementicium, tipo de concreto armado e o Opus latericium, ladrilho.

A arte foi utilizada em Roma como uma demonstração de grandeza (Figura 1 e 2).

Palácios, casas de veraneios, arcos de triunfo, colunas com estelas comemorativas, alamedas, aquedutos, estátuas, templos, termas e teatros foram erguidos ao longo e ao largo dos vastos e variados domínios do império romano.

   

     [pic 1][pic 2]

Figura 1 – Aqueduto Pont-Du-Guard,         Figura 2 – Coliseu (séc. I d.C.)

França (séc. I d.C.) Fonte: Unisciesp.                          Fonte: Unisciesp

3. TECNOLOGIAS QUE REVOLUCIONARAM ARCOS, ABÓBADAS E CÚPULAS ROMANAS.

O mais interessante na Arquitetura Romana é o desenvolvimento da técnica construtiva.

Por isso que se afirma que os romanos foram os primeiros construtores, dando funcionalidade aos estilos recebidos dos gregos e dos etruscos.

Os romanos também foram os primeiros a reconhecer as vantagens dos arcos, das abóbadas e das cúpulas.

Segundo Robertson, tanto o arco como a abóbada cilíndrica já eram utilizados de longa data no Egito e na Mesopotâmia, mas nenhum construtor conseguiu empregar o verdadeiro valor estrutural e estético como os romanos.

É difícil acreditar que algum arquiteto helenístico se ocupasse com o desenvolvimento das estruturas arqueadas, afirma Robertson. Onde o arco teve um pequeno reconhecimento ao progresso na Ásia Menor. E foi utilizado em Acarnânia, no noroeste da Grécia, em portões municipais normalmente atribuídos ao século V a.C., mas seu aparecimento nos portões de Priene por volta de 300 a.C., marca uma época, pois jamais até então, ao que se tem notícia, recebeu tal proeminência em uma cidade grega de elevados padrões arquitetônicos.

Robertson alega dúvida se a abóbada ou a cúpula teriam conhecido algum desenvolvimento substancial em mãos romanas caso o único material de que se dispusessem fosse a pedra lavrada, assentada a seco ou argamassada.

Essa dúvida foi deixada logo ao saber que os romanos encontraram no concreto, um material ideal. Era barato, uma vez que seus principais componentes eram encontrados em abundância na Itália; era econômico, pois aproveitava tudo quanto era desperdiçado pelo pedreiro.

Tal material tinha resistência incomparável e contornava todas as dificuldades relacionadas à lavragem.

O concreto romano se difundiu apartir do uso, entre os revestimentos sólidos de pedras, de uma mistura de pedras brutas e argila. Robertson também cita uma novidade fundamental, que é a substituição da argila pela argamassa de cal, normalmente fabricada, nas obras romanas de maior qualidade, com cinzas vulcânicas.

Porém, uma vez considerados todos os predecessores, deve-se admitir que o concreto, tal como os romanos o utilizaram do século II a.C.em diante, constituía, na verdade, um material novo e revolucionário.

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