A natureza peculiar das cidades
Por: crisslove • 21/11/2017 • Resenha • 331 Palavras (2 Páginas) • 429 Visualizações
Universidade Salvador
Arquitetura e urbanismo
JACOBS, Jane. A natureza peculiar das cidades. In: Jane Jacobs. Morte e Vida de Grandes Cidades. Tradução: Carlos S. Mendes Rosa. 1.ed. São Paulo: WMF Martins Fontes, 2009. Parte 1.
Jane Jacobs em seu livro Morte e vida de grandes cidades demonstra uma nova forma de pensar os fundamentos do planejamento urbano e da reurbanização ora vigente. Na primeira parte do livro – A natureza peculiar das cidades – Jacobs explana acerca das várias funcionalidades de uma cidade de um bairro ou distritos por meio de diversos exemplos vividos por ela. Destacando as vantagens e os pontos forte peculiares às cidades grandes e também suas fraquezas.
Jacobs busca esclarecer em seu texto que o grau de urbanidade de uma cidade, de uma metrópole ou de um bairro depende intrinsicamente do grau de vitalidade urbana ali presente. Em que a base desta vitalidade é o convívio entre as distintas funções urbanas tais como: morar, trabalhar, comprar, conviver, circular entre outras.
Para garantir a vitalidade e o dinamismo, na pratica, Jacobs aponta quatro elementos que são: permitir que as pessoas transitem e se encontrem em horários e por razões diferentes, devido a multiplicidade de funções; criar relações de afinidade com o espaço e a vizinhança, sendo possível com a existência de quadras curtas que ampliam as possibilidades de circulação pela região onde se vive ou trabalha; a ocupação de forma diversificada com a existência de construções com idade e estados de conservação variados; e garantir que as pessoas andem pelas ruas em diferentes horários do dia devido a alta densidade populacional ocasionada pela mistura de residências, comércios, bares, restaurantes, lazer e serviços. Desta forma o que confere às cidades sua particularidade ou sua natureza é a coexistência destes elementos.
Portanto, percebe-se a importante contribuição de Jacobs, para pensa o planejamento urbano em que o urbanista não pode esquecer-se de considerar a natureza peculiar das cidades, para que não se reproduza os problemas que levaram à degradação inicial, com a ausência de vitalidade e dinamismo.
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