APS - A teria do Humano Sapiens

ARTIGO DE OPINIÃO

TEMA: Direito de adoção para casais homossexuais. O paradoxo do certo e errado.

N

ão se pode negar que o mundo está se modernizando, de forma que os tradicionais conceitos vão se remodelando e adequando a algumas realidades que antes eram negadas e escondidas a sete chaves. O homossexualismo não é visto com bons olhos para a maior parte da população brasileira e até mesmo mundial. Grande parte da culpa por esse fato evidentemente é do cristianismo, que é altamente disseminado em solo brasileiro e repugna tal ato. Entretanto vejamos que a adoção é um tema totalmente a cargo do estado e não da igreja, e o mesmo deve se manter livre de influências religiosas seja qual for a religião.[pic 1]

“Todos os seres humanos nascem livres e iguais em dignidade e em direitos.”

Célebre o primeiro artigo da Declaração Universal dos Direitos Humanos, que afirma que todos são iguais em direito perante a lei, porém sabemos que isso não condiz à realidade que vivemos atualmente.  Com o reconhecimento da união estável homoafetiva, a lei atual não impede os casais homossexuais de adotarem, mas dá preferência a casais heterossexuais no processo de adoção. O que viola diretamente o artigo da declaração dos direitos humanos mencionado anteriormente.

Escrito por: Eduardo Fernando R. da Silva

Há quem diga que a adoção por casais homossexuais influenciaria na formação da personalidade da criança, mas jamais conseguiram provar que isso tenha alguma influência no comportamento das crianças adotadas por pais de mesmo sexo. Mesmo porque se isso fosse verdade, todos os filhos com pais héteros no núcleo familiar seriam consequentemente héteros, o que não acontece. Particularmente conheço vários gays e lésbicas criados com pai e mãe presentes em toda sua vida. Esse infeliz argumento envolve-se de preconceitos e está longe de ser verdade.

A orientação sexual de uma pessoa não determina seu caráter, e sim seus atos como ser humano em sociedade. Há dentro do grupo homossexual obviamente pessoas boas e ruins, tanto quanto em qualquer outro nicho de nossa sociedade. E cabe a justiça julgar quem está apto ou não a adoção, independente de sua sexualidade.

Logo se pode concluir que a adoção deve ser igualitária para parceiros homossexuais, chegou a hora de dar um basta nesse preconceito que só faz mal a todas as partes envolvidas, e que impede milhares de crianças e adolescentes de serem retirados dos orfanatos que só trazem traumas ás suas vidas.

Goiânia, 23 de Abril de 2012.