AS CIDADES E O ESPAÇOS URBANOS
Por: geysa123 • 7/7/2021 • Resenha • 2.239 Palavras (9 Páginas) • 220 Visualizações
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UNIVERSIDADE FEDERAL DO TOCANTINS - UFT
ARQUITETURA E URBANISMO
Disciplina: Estudos Socioeconômicos e Ambientais
Professor: Prof. Dr. José Vandilo dos Santos
Acadêmica: Geysa Maria Bandeira Lopes
RESENHA CRÍTICA – LIVRO “SOCIOLOGIA”
CAPÍTULO 18: AS CIDADES E OS ESPAÇOS URBANOS
Palmas – TO,
2021
GUIDDENS, Anthony. Sociologia.
Lisboa: Fundação Calouste Gulbenkian, 2001. 743.
Conteúdo da Obra
O capítulo em questão se inicia com a caracterização de um espaço urbano de Nova Iorque, Greenwich Vilage – bairro de grande riqueza cultural de Nova York, que possui um dos maiores valores imobiliários do país, no qual a renda média das famílias é de 65 mil dólares por ano.
Entretanto, as ruas desse bairro não transparecem tal riqueza. Foi observando essa discrepância entre a área privada (casas que compõe o bairro) e a área pública (passeios, ruas do bairro) que Denuir se propôs a estudar a distribuição sociocultural e espacial a respeito da vida informal dos passeios de Greenwich Vilage.
Visto que, as maiores cidades dos países industrializados possuem conurbações – conjunto de cidades que se estendem por várias áreas, a mais extrema forma de vida urbana da atualidade está representada pelas megalópoles – junção de grandes centros urbanos.
Tomando por base a Grã-Bretanha, a qual foi a primeira sociedade a passar pelo processo de industrialização – e é tida como a precursora do processo de urbanização, entre os anos 1800 e 1900, tanto na Europa quanto na América do norte, observou-se a transição de uma sociedade predominantemente rural para uma sociedade com sua maior parte da população concentrada em centros urbanos.
Dessa maneira, vê-se a expansão do processo de urbanização para os países em desenvolvimento, especialmente na segunda metade do século XX. Tal processo conta com uma intensa migração de população rural, atraída pela promessa de oportunidades nas cidades e pela concentração das riquezas nos centros urbanos.
No entanto, o surgimento de grandes aglomerados urbanos causou reações sobre o próprio processo de urbanização. Isso porque, alguns autores viam as cidades como a “representação da virtude civilizada”, fonte do dinamismo e criatividade cultural, enquanto outros rotulavam a cidade de “inferno fumegante apinhado de multidões agressivas e portadoras de uma desconfiança mútua, cheio de crimes, violência e corrupção”.
Portanto, para caracterizar os acontecimentos no meio urbanista, foram surgindo teorias a respeito do urbanismo. Dois conceitos desenvolvidos pela Escola de Chicago merecem destaque: a abordagem ecológica na análise urbana e o segundo é a caracterização do urbanismo como modo de vida.
Para caracterizar a abordagem ecológica na análise urbana precisa-se entender a ideia por trás. A ecologia urbana é um termo extraído de ciências naturais que estuda a adaptação de plantas e organismos animais ao seu ambiente.
Desse modo, esse ramo defende que a formação das cidades não se dá de forma arbitrária ou aleatória, mas respeitando certos princípios naturais de distribuição e equilíbrio no espaço como uma resposta a aspectos vantajosos do ambiente.
A Escola de Chicago acreditava que é possível empregar princípios semelhantes ao do mundo animal para interpretar o posicionamento dos principais povoados e a distribuição dos diferentes tipos de bairro dentro destes. Visto que, as cidades crescem como resposta a aspectos vantajosos do ambiente.
Para mais, uma cidade assemelha-se a um grande mecanismo de escolha que inevitavelmente vai selecionar, entre toda a população, os indivíduos que melhor se adaptam à vida em uma região ou ambiente social específicos.
Tais estudos também tratavam do “urbanismo como um modo de vida”, que chamava a atenção ao fato de que há um imenso volume de pessoas dentro das cidades, que convivem muito próximos uns aos outros, mas sem que se conheçam pessoalmente – um contraste fundamental com os pequenos vilarejos tradicionais.
Ademais, toda essa questão é reflexo de um ritmo de vida acelerado, marca trazida com a revolução industrial. As cidades modernas frequentemente envolvem relações sociais impessoais, anônimas, mas são também fontes de diversidade e às vezes, de intimidade.
Desse jeito, a formação das cidades obedecia a um padrão de anéis concêntricos, separados em segmentos. No centro, ficavam as áreas urbanas, uma mistura de grande prosperidade empresarial e casas decadentes. Depois, os bairros antigos com moradores de ocupação estável e os mais afastados eram os subúrbios, onde geralmente estavam os grupos com renda mais elevada.
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