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AS UTOPIAS NA PÓS-MODERNIDADE

Por:   •  12/5/2021  •  Trabalho acadêmico  •  871 Palavras (4 Páginas)  •  109 Visualizações

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INTRODUÇÃO

O urbanismo relaciona-se diretamente com a sociedade e seus propósitos, gostos, preocupações e costumes, também com a religião, economia, tecnologia, etc., sendo assim pode-se afirmar que entre elas há uma relação de dependência e se ao longo do tempo em um desses aspectos ocorre uma mudança, há de se mudar também no âmbito urbano.

Ao analisar essa relação entre urbano e sociedade ao longo da história, desde o surgimento do homem até a era pós moderna, podemos observar a existência de 3 principais momentos que o teórico Alvin Toffler nomeia como “ondas”, a primeira seria no período Neolítico, com a invenção da agricultura, que nos transformou de caçadores e coletores nômades em plantadores e criadores de animais, sedentários, dando origem às cidades. A segunda onda ocorre com a industrialização, no começo do século 18. A terceira seria a partir do anos 50, com o surgimento da tecnologia, dos computadores e o alcance facilitado à informação.

É a partir da terceira onda, ou pós-modernidade que as soluções utópicas são deixadas de lado, com o declínio do socialismo e a ascensão do individualismo e do consumo exacerbado, a ideia de bem comum é destruída, ideia esta que é um dos princípios da utopia e portanto desde então não se encontram mais ideias como a Cidade-jardim de Ebenezer Howard ou o Falanstério do filósofo francês Charles Fourier.

AS UTOPIAS NA PÓS-MODERNIDADE

Com a facilidade do acesso à informação, a partir da segunda metade do século XX, a disseminação de ideologias e temores passa a ser maior e mais frequente entre a população. Milton Santos fala que e muito difundida a ideia de que o estado atual da globalização seria irreversível, já que este interfere em todos os âmbitos de nossas vidas, levando-nos a pensar que não há formas de mudar a situação presente.

Sendo assim, ao compreendermos que as utopias são ligadas ao momento histórico, ou seja, ela depende das condições em que são criadas, pois segundo Jerzy Szach, “[a utopia] nasce quando na consciência surge uma ruptura entre o que é, e o que deveria ser; entre o mundo que é, e o mundo que pode ser pensado.” (SZACHI, 1972, p. 13). a partir de tal concepção é perceptível que não há apenas uma utopia, mas uma utopia que se adapta ao tempo e aos contextos.

Como vivemos em um contexto de um capitalismo levado ao extremo - denominado de globalização - e somos levados ao extremo da exploração, do trabalho, das injustiças e desigualdades sociais, resta pensar em que utopia é possível neste momento. Para Milton Santos, a situação atual de ponta com certo temor em relação ao trabalho, mas desponta os valores da valorização do planeta. Nas palavras do autor:

[...] Assistimos, assim, ao império das normas, mas também ao conflito entre elas, incluindo o papel cada vez mais dominante das normas privadas na produção da esfera pública. Não é raro que as regras estabelecidas pelas empresas afetem mais que as regras criadas pelo Estado. Tudo isso atinge e desnorteia os indivíduos, produzindo uma atmosfera de insegurança e até mesmo de medo, mas levando os que não sucumbem inteiramente ao seu império à busca da consciência quanto ao destino do Planeta e, logo, do Homem (SANTOS, 2000, p. 80).

Frente

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