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Arquitetura: A Evolução da Arquitetura das Escolas Paulistas

Por:   •  30/3/2016  •  Resenha  •  1.613 Palavras (7 Páginas)  •  836 Visualizações

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  1. INTRODUÇÃO

Nesse trabalho mostrara a evolução da arquitetura das escolas paulistas, focando principalmente as escolas da rede pública urbana do estado de São Paulo, sem enfoque no desenvolvimento do mesmo e sim em seus projetos.

Foram construídos entre 1890 e 1920 cerca de 170 edifícios de 6000 que fazem parte atualmente a rede pública escolar urbana do estado de São Paulo. Devido a ação do tempo muitos desses prédios estão descaracterizados e também tiveram alterações para se adaptar aos novos estilos de ensino e atividades educacionais o que muitas vezes se levava a ampliações, mas ainda eles representam a história da arquitetura escolar paulistana.

A Primeira análise sobre esses prédios foi feita em 1997, por Nestor Goulart Reis Filho em edifícios escolares de interesse cultural –identificação e classificação preliminares, para a Conesp. Em 1987 foi criada s Fundação para o Desenvolvimento de educação sendo ele responsável pela manutenção dos edifícios escolares. Por causa desse setor criado conseguiu-se obter uma quantidade considerável de materiais sobre tais edifícios, sendo importante para a preservação de tal acervo.

  1. HISTORIA

Com o começo da republica começou a se dar a devida prioridade ao ensino, principalmente primário, pois acreditava-se que com a educação da população o brasil iria não iria ser mais um pais atrasado. Por causa da prosperidade da cafeicultura e a aumento da industrialização, o estado tem boas condições para a divulgação no ensino primário. A crescente sociedade não somente em função demográfica, mas nas grandes áreas urbanas começa a ver a necessidade da educação para participar das atividades que a própria cidade oferece porem que exige a instrução primaria.

Conforme o tempo foi passando o poder público começou a levar o ensino primário para vários estados, porém, o modelo ideal não pareceu muito efetivo e inadequado, criando assim várias leis e decretos para tentar corrigir esse modelo. Assim também se cria várias classificações e organizações escolares: Grupos escolares, Escolas Normais, preliminares etc.

Em 1984 sai um decreto que fala sobre como os alunos devem ser distribuídos, são 4 salas para cada sexo e que correspondem ao 1º ,2º ,3º ,4º anos do curso preliminar, com isso mostrou-se um avanço na educação pois até pouco tempo em uma mesmo sala tinha vários alunos com níveis de aprendizado diferentes e apenas um professor.

Conforme os anos foram passando teve um grande crescimento na construção de escolas e também um grande incentivo para formação de novos professores. Depois foram criadas as 4 Secretarias de Estado começando a criar alguns padrões nas plantas das escolas.

“As primeiras construções possuíam projetos-tipo (padronização em planta) e eram construídas em diversos pontos de São Paulo. Sendo erguidas de modo mais rápido, em maior quantidade e com custo reduzido, contratavam-se arquitetos apenas para desenharem fachadas distintas, para que as edificações fossem distinguidas umas das outras (RAMALHO e WOLFF[1], 1986, apud BUFFA e PINTO, 2002). ”

O programa arquitetônico dos grupos escolares era simples possuindo: salas de aula, poucos ambientes admirativos, banheiros e um pátio. As edificações possuíam algumas características, como simetria em suas plantas, rígida separação em entre as seções masculino e feminina, que era exigida pelo regimento dos grupos escolares, tanto em salas como nos recreios que eram separados por um muro bem no eixo do edifício.

Por causa do código sanitário de 1894 que possuía algumas características comuns aos prédios escolares os banheiros eram localizados fora do prédio principal nos fundos ou nas laterais dos prédios dependendo do lote, existiam galpões que eram as quadras esportivas e eram ligados ao prédio principal por meio de passadiços cobertos assim os banheiros ficavam junto as essas quadras.

Os projetos das escolas não possuíam aparentemente interesse em conforto ambiental, não ligando a posição nas salas quanto a insolação e o código sanitário não comentam nada sobre isso.

As escolas Normais além do programa básico igual ao do grupo escolar ele é um pouco mais complexo, pois tem: bibliotecas laboratórios anfiteatros. E percebemos que a qualidade da construção é bem melhor, com detalhes e acabamentos bem feitos, ou seja, uma excelente mão de obra, e até os grupos escolares simples são de um bom nível construtivo. Os edifícios escolares receberam ornamentações próprios de diversos repertórios estilísticos, bem de acordo com ecletismo reinante na arquitetura do período.

  1. ESCOLA MODELO DA LUZ 1893 – RAMOS DE AZEVEDO

Em 1932 o prédio foi destruído por um incêndio. Depois foi feito estudos para a construção de um novo edifício, porém não ocorreu, só em 1950 é feita uma nova escola no local.

O edifício possui 40ms, 20ms de frente e 20ms de fundo, fica no centro de um lote retangular que mede 6,772m²,50. O edifício tem 3 pavimentos sendo que o superior e o médio têm 6 salas medindo 9m,5x7m.

Em todas as salas a luz é projetada pelo sistema bilateral de 5 janelas, em seus corredores superiores foram construídos armários para aparelhos de química e física.

  1. GRUPO ESCOLAR DE JUNDIAHY 1894

Possui dois pavimentos, em cada pavimento tem duas salas de 8mx7,52m e outras duas menores com 7,50mx3,93 e mais outras duas com6,50x3m,45

Possui apenas 4 salas de aula, o pavimento superior é para meninas e o inferior para os meninos. As salas das meninas interligavam-se com as salas de trabalho já a dos meninos com as antessalas dos professores, e ainda cada sala dá acesso ao seu próprio vestiário com sanitários.

O revestimento é liso, destacando os cunhais decorados, e o coroamento das janelas com tijolos aparentes, e o beiral é sustentado com mãos francesas de madeira

  1. TIPOLOGIA BOTUCATU 1895

Seguindo uma mesmo planta de distribui 8 salas em dois pavimentos, um para meninos outro para meninas, foram criadas fachadas para grupos escolares diferentes em 9 municípios no estado de são Paulo, algumas de autoria de Victor Dubugras e Antônio By.

Várias escolas tinham as fachadas de tijolos aparentes com emolduramentos de argamassa e tetos íngremes, as vezes na fachada tinha um grande relógio, em alguns edifícios além das salas alguns corredores centrais eram destinados aos vestuários, para guarda chapeis e casacos.

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