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Arquitetura Hospitalares

Por:   •  8/6/2016  •  Trabalho acadêmico  •  1.362 Palavras (6 Páginas)  •  931 Visualizações

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Na Idade Média podemos diferenciar os estabelecimentos hospitalares do Oriente, com uma proposta formal mais evoluída, por já praticarem a cura, dos do Ocidente, mais ligados às ordens religiosas e mais preocupados em dar conforto e abrigo aos necessitados. Com o desenvolvimento das cidades e o êxodo rural, a situação nos hospitais passou a ser de uma grande desordem, surto de doenças, insalubridade e alto índice de mortalidade. Foi nessa época que as grandes transformações começaram a ocorrer.

Baseado nas pesquisas realizadas consta que, considerando as etapas da evolução humana, a busca pela humanização sempre esteve presente em todos os períodos da história. Preocupar com a saúde e com a cura de doenças é inerente à condição humana desde o tempo da medicina primitiva que consta da Idade da Pedra, nos períodos divididos em Paleolítico (até - 8000); Mesolítico (-8000/-6000) e o Neolítico (-6000/-3000) (MORAES; CÂNDIDO; VIERA, 2004).

Com o decorrer dos séculos, surgiram novas formas e possibilidades de uma melhoria mais adequada, como um conforto melhor, um ambiente agradavél, e um bom atendimento.

Na sua origem, o termo hospital vem da palavra hospitalidade, do latim, hospitalis, derivado de hospes (hóspede, estrangeiro, viajante, peregrino). Era o local de abrigo, hospedaria, albergue, que abrigava pessoas que estavam viajando. Mais tarde esses abrigos foram acrescidos de dependências para abrigar também pessoas doentes.

E desde então, com inúmeras tipologias, possibilidades formais e complexidade, a normatização dos projetos de edifícios hospitalares é necessária para orientar, regulamentar e garantir a qualidade de seus ambientes, e em 21/02/2002, foi aprovada a Resolução da Diretoria Colegiada Nº 50, atualmente considerada o parâmetro mais confiável para projetos de ambientes hospitalares.

 A arquitetura e a ambientação dos espaços têm uma função importante na humanização, pois se os medicamentos podem aliviar as dores físicas, o conforto no ambiente, a segurança, entre outros benefícios podem aliviar a ambientação em que pessoas ocupam nos hospitais .Esse assunto está relacionado com a discussão do conforto e qualidade dos ambientes hospitalares em Caxias.

Humanização é a palavra utilizada para falar da melhoria da qualidade do atendimento aos clientes. É o cuidado prestado com respeito, dignidade, ternura e empatia ao cliente e sua família. Os feitos da tecnociência são notórios, abundantemente proclamados pela mídia e até mesmo endeusados. Conseqüentemente, nos deparamos com ambientes tecnicamente perfeitos, mas sem alma e sem ternura. A pessoa que já está vulnerável pela doença deixou de ser o centro das atenções e foi instrumentalizada em função de determinado fim. Esqueceu-se que as coisas têm preço e podem ser trocadas, alteradas e comercializadas, porém, as pessoas têm dignidade e clamam respeito (GHELLERE, 2001: 58).

Um ambiente da área da saúde humano deve ser confortável, transmitir um bem-estar e propiciar um padrão satisfatório de qualidade para todos os seus usuários, sem exceção. Afinal, hospital é, antes de tudo, um lugar para a promoção da saúde.

Há alguns anos, em torno de uma década, nasceu a arquiteturahospitalar, que tem por objetivo oferecer aos clientes da saúde outras condições voltadas ao bem-estar, à segurança, à assistência e à qualidade no atendimento, transformando os hospitais em um complemento do ambiente familiar. (CÂNDIDO; MORAES; VIERA, 2004: 13).

 Portanto , a arquitetura hospitalar resulta em ambientes mais agradáveis e também mais eficientes, graças ao melhor aproveitamento do espaço, maior acessibilidade para deficientes, melhor ventilação , iluminação, um bom atendimento á todos desde a entrada e a saída e segurança, ou seja, um melhor conforto aos clientes e também aos funcionriáos.

A origem do substantivo conforto é o verbo confortar, do latim cumfortare, derivado de cum-fortis (LINDEN, 2004, p. 75), e tem a mesma origem que força. Levar força significava consolar, apoiar, aliviar dor ou fadiga.

Podemos observar o acolhimento e um excelente atendimento num hospital em pequenos gestos de seus colaboradores, como o bom dia do recepcionista, no seu mobiliário confortável, nas cores e materiais usados nos revestimentos… Ou seja, a ambientação correta de um espaço, está totalmente relacionado nas sensações de hospitalidade e acolhimento que um indivíduo terá de um determinado espaço.

Como podemos observar na maioria dos hospitais, carregam consigo o estigma de local frio e desumano, causando aversão em muitas pessoas. Mas, com a ajuda da iluminação, os ambientes podem atender às demandas da atividade ali desempenhadas e, ao mesmo tempo, proporcionar conforto humano. Serviços de saúde precisam de um ambiente relaxante e estimulante. A iluminação certa ajuda os médicos quando eles mais precisam ao mesmo tempo que contribuem para o bem estar dos pacientes, reduzem o consumo de energia e os custos de manutenção.

¨ O conforto é função da relação que o homem estabelece com seu meio-ambiente, relação esta que é dependente daquilo que o meio possibilita ao indivíduo em termos de luz, som, calor, uso do espaço e das experiências próprias de cada pessoa, experiências que por sua vez vão também orientar suas respostas aos estímulos recebidos, suas necessidades e aspirações. ¨ (MASCARÓ,1980, p.31)

Outro ponto importante é conscientizar as pessoas de atendimento ao cliente para a importância vital do atendimento e do tratamento ao cliente, aplicando sempre os princípios éticos comuns aos profissionais de saúde. Para Jan CARLZON “Clientes não compram produtos e nem serviços. Compram satisfação através de uma experiência com você ¨, pois um atendimento médico-hospitalar se inicia antes do cliente ser atendido pelo o médico.

O ser humano necessita de atenção, carinho e de se sentir valorizado, e esta necessidade está presente também no momento da fragilidade, da dor e da doença. De acordo com Pitta (1999: 51) “ao doente cabe confiar no médico e na medicina, comunicando suas experiências íntimas, pessoais e corporais. Em contrapartida não é sequer de bom tom [...], que um gesto afetivo e igual apareça na relação do técnico com o enfermo”. No entanto, esta postura, que pode até ser considerada fria, de animosidade para com o paciente vai de encontro com as necessidades do homem, descritas por Abraham Maslow no estudo da hierarquia das necessidades. Maslow (2000).

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