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CARACTERÍSTICAS FORMAIS DA TERCEIRA GERAÇÃO – MOTANIER

Por:   •  20/3/2016  •  Resenha  •  1.109 Palavras (5 Páginas)  •  5.123 Visualizações

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  1. FICHAMENTO I – CAPÍTULO 3- CARACTERÍSTICAS FORMAIS DA TERCEIRA GERAÇÃO – MOTANIER.

  1. A CHAMADA “TERCEIRA GERAÇÃO”

O ano de 1945, que assinala o início da terceira fase do Modernismo, é um dos mais marcantes da história. Nessa data, terminava a Segunda Guerra Mundial e começava um período de reestruturação geográfica, política e econômica, guiados pela ex-União das Repúblicas Socialistas Soviéticas (URSS) e o capitalismo. Nas cidades, que cresciam em ritmo acelerado, era comum a construção de novos pensamentos arquitetônicos e a necessidade de modificações nas mesmas.

Os arquitetos da terceira geração, formado por arquitetos nascidos por volta de 1915 e que começaram uma atividade arquitetônica apenas na década de 50, buscavam a continuidade de trabalhos propostos por mestres do chamado Movimento Moderno, primeira e segunda fase, e a afirmação de uma necessária revolução.

  1. ESTRUTURAS SOBRE PLATAFORMAS

No período entre guerras podemos perceber que grandes variações no desenvolvimento e nas características formais da arquitetura e das cidades ocorreram, em sua maioria devido aos novos padrões culturais

Em primeiro momento, temos a mudança do paradigma formal, ao qual o movimento maquinista transformou-se em um modelo mais aberto onde a natureza, a expressividade das formas orgânicas, a textura e forma dos materiais passaram a ter mais relevância. Com isso, cria-se uma preocupação da relação harmoniosa entre o homem e a natureza, o que para muitos arquitetos isso se torna a renovação da perfeição normal.  Entretanto, para outros, o centro urbano cria-se uma maior transcendência e começa a ser entendido de uma maneira complexa. Dessa maneira, entra em debate as leis de renovação formal da arquitetura e onde elas devem ser acrescentadas.

A partir desse momento, os edifícios não são mais considerados isolados na paisagem da cidade e passam a ser introduzidos aos ambientes urbanos, integrados a paisagem urbana e ao contexto topográfico. No contexto urbanístico, percebe-se grandes mudanças no traçado orgânico.

Nas obras de Kahn e Utzon é possível notar que a arquitetura já não usa a lógica de volumes autônomos e repetitivos, mas de volumes singulares que se relacionam sobre grandes plataformas urbanas. Isso se qualifica como resultado importante no momento em que as relações volumétricas estabelecem os edifícios no espaço urbano diverso.

  1. A BUSCA DE NOVAS FORMAS EXPRESSIVAS

A evolução da arquitetura moderna não se baseou apenas na solução mais monumental dos conjuntos desenvolvidos com diversos volumes sobre plataformas, mas também foram lançadas novidades no desenvolvimento das edificações ao longo dos anos.  Essa novidades que vão definindo o processo do edifício autônomo da arquitetura racionalista em edifícios modernos, que se fragmentam para evitar a monotonia e a repetição das fachadas, algo quadrado. Além disso, os arquitetos procuram o desenvolvimento de telhados mais expressivos para as coberturas.

As antigas fachadas eram lisas e homogêneas e, após o pensamento moderno, elas passam a ser tratadas mais individualmente, evitando a repetição modular e produzindo uma diversidade de edifícios.

Em poucas décadas, a concepção da arquitetura deixa de ter como o ideia primordial o espaço para a ideia de lugar. Com isso, deixa-se de observar a essência do espaço físico matemático, passando a entende-la como algo mais concreto, humano e real, a partir de características definidas pela luz e pela textura dos materiais. Tornando, assim, a concepção física em concepção cultural.


3.4. A CRISE DO PARADIGMA DA MÁQUINA: LUIS BARRAGÁN E JOSÉ
ANTÔNIO CODERCH

As modificações vistas até o momento evidenciaram uma mudança de paradigmas, explicitando o abandono da estética maquinista. É neste momento que o projeto arquitetônico passa por uma reinterpretação dos valores formais da cidade e da natureza, começando a se adequar a formas orgânicas expressionistas.


3.5. LE CORBUSIER E A “TERCEIRA GERAÇÃO’: A CAPELA DE RONCHAMP

A obra mais pragmática de Le Corbusier na terceira geração é a Capela de Rochamb, projeto criado em 1950 e finalizado em 1955. Nessa capela alcança-se os mais altos graus de expressividade e épica em uma arquitetura que pretende evocar os valores espirituais. A capela é formada por formas côncavas e convexas em muros muito espessos e na cobertura gigante, com referências aaltianas em seu interior, e seu granulado branco contesta com o concreto puro do telhado e com os muros.

No interior fica expresso que a essência arquitetura está na ideia de lugar, onde o espaço é definido pelas cores, pelas formas e valores simbólicos e também pela qualidade do material. O exterior do edifício conta com a contemplação de cada uma das fachadas, com espaços singulares a um edifício que atua como caixa de ressonância em relação a paisagem ao seu redor.

O convento da La Tourette (1957-1960) é um bom exemplo de reinterpretação da história como adesão ao novo brutalismo. Em La Tourette estão muito presentes os conhecimentos de Le Corbusier sobre a arquitetura, além de demonstrar a sua paixão por cartuxas na juventude. Ao mesmo tempo, podemos observar a todo tempo elementos expressivos do espaço interior.

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