CRÍTICA ARQUITECTÓNICA Fonte (Vontade Invencível) - 1949

CRÍTICA ARQUITETÔNICA

The Fountainhead (Vontade Indômita) - 1949

Howard Roark é um jovem arquiteto decidido a mostrar ao mundo seu jeito particular de projetar, entretanto suas linhas modernas não agradam uma Nova York saturada de releituras de clássicos. Rejeitado pelas massas e pela mídia, Roark vê-se obrigado a ausentar-se de seu ofício.

Trabalhando como operário em uma pedreira, ele conhece Dominique Francon, a herdeira do proprietário do local onde trabalha. Inevitavelmente eles apaixonam-se, mas Roark é obrigado a deixar Dominique e a pedreira após receber a maior proposta de sua vida: um convite para projetar o Edifício Enright.

A nova empreitada de Roark é recebida com desprezo pela cidade dos clássicos medíocres, culminando em uma campanha contra seu edifício encabeçada por Gail Wynand, proprietário do jornal “The Banner”. Mas independentemente disso, a popularidade do arquiteto segue crescendo e ele continua elaborando pequenos projetos para quem se interessa por seu trabalho.

Anos se passam, e este mesmo Gail Wynand descobre-se encantado pela arquitetura de Howard, a quem convida para projetar uma casa de campo para ele e sua jovem esposa. Roark aceita a proposta, mas também descobre que a esposa de Gail é na verdade Dominique Francon, a mulher que conheceu anos antes na pedreira e por quem continua apaixonado. E apesar das circunstâncias, Roark acaba por desenvolver uma amizade sincera com Wynand, e passa a frequentar a casa do casal.

Para ajudar seu amigo, também arquiteto, Peter Keating, Howard concorda em projetar um complexo habitacional sob a condição de que o mesmo não realize qualquer alteração, por menor que seja, eu seu projeto original. Entretanto, tempos depois Roark descobre que as coisas não saíram como o planejado e que seu pedido não foi obedecido. Como solução, ele toma a drástica decisão de explodir o complexo de apartamento, e o assumo como gesto de sua indignação. Como consequência ele é levado ao tribunal para responder pelo crime que cometeu.

Inocentado pelo juiz e pela sociedade após discursar sobre o direito do homem ao seu próprio individualismo, Roark convence a todos de que se ele deu a vida a um projeto, ele tem o direito de destruí-lo se o mesmo não sair com ele desejou. Em seguida é convidado, mais uma vez, por Gail Wynand para realizar um novo projeto: o Edifício Wynand, o prédio mais alto do mundo, como o símbolo da vitória de Howard Roark contra uma sociedade inexpressiva.

O ARQUITETO

Howard Roark é um jovem arquiteto de ideias inflexíveis sobre seu próprio modo de projetar, defende seu estilo próprio custe o que custar. Com uma atitude que beira a prepotência, mantêm-se convicto de que quem quiser seu trabalho, que o procure. E que, se caso o procurem de fato, que aceitem que ele trabalha ao seu próprio modo e não aceita alterações em seus projetos.

Howard tem a típica postura do super-herói: inabalável, incorruptível e que defende seus ideais e está disposto (e extremamente paciente!) a salvar a sociedade de sua mediocridade.

A MÍDIA

        Na primeira metade do filme somos apresentados a uma mídia intolerante que endeusa uma arquitetura sem identidade, mais preocupada em atingir a todos os públicos e que seja rentável. Quando deparam-se com um homem impassível e resoluto como Roark, a primeira coisa que decidem é que é necessário destruí-lo.