Capítulo : “As leis e medidas do espaço no século XV”e “Volumetria e plástica no século XVI”
Por: lHide • 6/5/2020 • Trabalho acadêmico • 736 Palavras (3 Páginas) • 509 Visualizações
SABER VER A ARQUITETURA – BRUNO ZEVI – PÁGINAS 95 À 113
Capítulo do livro “Saber ver a Arquitetura” de 1948 (Publicado no Brasil em 1992 pela editora “MartinsFontes”
Capítulo : “As leis e medidas do espaço no século XV”e “Volumetria e plástica no século XVI”
As leis e medidas do espaço no século XV e Volumetria e plástica no século XVI
Com o encerramento do período gótico, começa-se uma nova fase, a do renascimento. Ao decorrer do séc XV o Renascimento ainda vinha sendo descoberto, esse período trazem fortes referencias do sec XI e XII, na Itália, onde surgiu o pensamento espacial. Nos séc XIII e XIV o renascimento já mostra sua entrada junto as ideias humanísticas, com documentos como Pórtico de Civita Castellana, a igreja de Santos Apóstulos e o San Miniato , em Florença, que testemunharam o nascimento da renascença. Fazendo um paralelo ao dimensionamento gótico, onde possui como base um eixo diagonal aplicado também nas escolas italianas e não somente nas igrejas, essas obras italianas trouxeram a dimensão da continuidade românica e gótica junto a arquitetura da renascença. Brunelleschi marca o fim do séc XIV com a cúpula de Santa Maria del Fiore, e inicia o séc XV com o Pórtico degli Innocenti.
Existia então dois pensamentos opostos as ideias renascentistas, são elas: A defesa da ideia que a renascença é um período completamente criativo, onde demonstra originalidade em relação ao período anterior. E a defesa que tira esse mérito de originalidade onde retira toda a vitalidade criadora pois é o retorno da arquitetura romana. Foi então que para corrigir isso os pensadores contemporâneos trouxeram primeiramente a ideia de originalidade e em seguida inserem as inspirações clássicas como uma continuidade histórica.
As novidades do desenvolvimento da arquitetura no séc XV está ligado as reflexões matemáticas vindas das medidas românicas e góticas. A ideia passa a ser algo mais real do que as contrações imensas do período gótico, mesmo que ainda apresente um tamanho estrondoso em relação a escala humana, e a casualidade românica (Cita como ex: Igrejas de San Lorenzo e Santo Spirito, onde se seguia medidas matemáticas no espaço) Além disso, junta as proporções e ordens do período clássico. Aqui, já no séc XV, o homem tem controle sobre o espaço arquitetônico, esse pensamento traz a liberdade para os arquitetos, pois se libertam da ideia que o homem era dominado, e sim dominam, nesse espaço é interessante lembrar que antes, as construções gigantescas deixavam o homem com a sensação de inferioridade, e no Renascimento o homem toma posse do domínio e diminui a escala para algo mais próximo e principalmente racional a sua escala, cita-se plantas são mais centrais como nos projetos de Bramante e Mchelaangeo, sendo algumas em formato de cruz latina com braços curtos dando a sensação de proximidade, tudo trazendo o homem ao átrio central (mais próximo de Deus).
A ideia do séc XV e XVI trás além do que já citado, o enriquecer do cenário com formas e volumetria, como base de pensamento sobre o conceito espacial no século XVI temos uma visão do espaço absoluto com uma perspectiva de vários ângulos que traz um equilíbrio e proporção, exemplos disso são o Tempietto de Bramante, o San Pietro in Montorio que trazem uma absoluta afirmação central, valorização das dimensões das partes que compõe o edifício, dos elementos proporcionais. O autor cria paralelo entre o séc XIX e o séc XVI, onde diz que no séc XIX já havia se quebrado vários paradigmas e fragmentado todas as regras, assim assumindo uma originalidade absoluta, enquanto isso, no séc XVI mesmo criando com uma liberdade inteira e traindo todas as regras impostas no período clássico, ainda assim, diziam louvar incondicionalmente os princípios classicistas.
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